10/01/2014
Anunciada no ano passado, a regra deveria começar a valer no mês que vem e beneficiar o consumidor que faz menor uso de aparelhos elétricos durante o horário de pico --das 19h às 21h.
É a segunda vez nas últimas semanas que uma medida que pode ajudar o consumidor a racionalizar o gasto de energia é adiada.
Em dezembro a Aneel também adiou para 2015 a entrada em vigor das "bandeiras tarifárias", mecanismo que tornaria mensal o repasse dos gastos ao consumidor com usinas termelétricas.
Pelo sistema de aviso, que começaria neste ano, os consumidores podem ajustar seu consumo, optando por economizar no valor a ser pago.
No caso da Tarifa Branca, o problema é que é preciso instalar medidores mais modernos --responsabilidade das distribuidoras de energia.
Esses aparelhos, porém, ainda não foram homologados pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).
A previsão é que a certificação dos dez modelos existentes no mercado comece no próximo mês, o que impede o cumprimento do prazo.
"A diretoria da agência deve definir a nova data no fim deste mês. A intenção é viabilizar a Tarifa Branca o mais rápido possível. Certamente neste ano ainda", disse Hugo Lamin, assessor da Aneel. "Estimamos redução média de 5% para quem aderir."
Em 2013, o diretor da agência Edvaldo Alves disse que a redução poderia chegar a 45% da fatura mensal. O percentual, porém, só se aplicaria ao consumidor que zerasse o uso de energia durante parte da noite e redistribuísse-o para outros momentos do dia.
Horários
O conceito da nova tarifa é criar três valores diferentes para o consumo de energia de acordo com o horário. Durante todo o dia, a tarifa será mais baixa que a atual. Das 19 h às 21h, horário de pico, a tarifa será mais cara.
Às 18h e às 22h --pouco antes e pouco depois do horário de pico-- a tarifa ficará em um valor intermediário. Mais cara que a atual e mais barata que a do horário de pico. No fim de semana não haverá distinção de horários. Será cobrada apenas a menor tarifa.
Os valores exatos serão definidos individualmente para cada uma das 63 distribuidoras de energia do país, que hoje já praticam tarifas diferentes entre si e serão conhecidos assim que houver o lançamento oficial da Tarifa Branca. Podem aderir à nova tarifa todos os clientes residenciais e comerciais.
Os interessados terão de fazer a solicitação à distribuidora e podem desistir a qualquer tempo.
Fonte: Folha de São Paulo