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Acima de 100 mil vagas no PIM

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18/11/2021

O faturamento PIM voltou a acelerar, entre agosto e setembro, tanto em dólares, quanto em reais. As vendas da indústria incentivada de Manaus também mantiveram trajetória ascendente em relação aos patamares do ano passado –período de recuperação pós-primeira onda, apesar do gargalo dos insumos já estar presente. Outra boa notícia é que a média de empregos se manteve acima das 100 mil vagas. É o que revela a edição mais recente dos Indicadores de Desempenho do Polo Industrial de Manaus, divulgada pela Suframa, nesta quarta (17).

As vendas do PIM em moeda americana ficaram praticamente estáveis em relação a agosto (+0,37%), passando de US$ 2.72 bilhões para US$ 2.73 bilhões, mas superaram a marca de 12 meses antes (US$ 2.31 bilhão) por uma margem de 18,18%. Convertido na divisa nacional (R$ 14,83 bilhões), o resultado apontou para acréscimo de 6%, ante o mês anterior (R$ 13,99 bilhões), além de alta de 13,81% em relação ao mesmo período de 2020 (R$ 13,03 bilhões). O acumulado do ano segue positivo em ambos os casos. Houve uma escalada de 37,78% em dólares (US$ 21.92 bilhões) e uma decolagem de 42,27%, em reais (R$ 116,60 bilhões).

A Suframa estima que o faturamento do PIM até dezembro deve ficar entre R$ 140 bilhões e R$ 145 bilhões,sendo impulsionado pelo crescimento do segmento de bens de informática. Na análise em reais, 25 dos 26 subsetores encerraram o acumulado do ano no azul.

As principais influências positivas vieram de bens de Informática (R$ 31,88 bilhões e alta de 48,69%), eletroeletrônico (R$ 25,38 bilhões e +22,77%), duas rodas (R$ 14,84 bilhões e +44,34%), termoplástico (R$ 10,18 bilhões e +76,26%), metalúrgico (R$ 9,95 bilhões e +46,87%), químico (R$ 9,43 bilhões e +36,48%) e mecânico (R$ 8,13 bilhões e +69,48%), entre outros.

O mesmo se deu na medida em dólares, com a mesma quantidade de subsetores do parque fabril de Manaus fechando o aglutinado anual no terreno positivo. Responsáveis por praticamente a metade das vendas do PIM, os polos de bens de informática (US$ 5.99 bilhões e 27,36% do total) e eletroeletrônico (mais de US$ 4.77 bilhões e 21,76% de participação) cresceram 45,22% e 18,75%, respectivamente. Já o polo de duas rodas (US$ 2.80 bilhões) cresceu 38,59% em nove meses, apesar de ter reduzido sua fatia no faturamento global do PIM, entre agosto (12,93%) e setembro (12,75%).

Produtos e empregos

Assim como ocorrido nos meses anteriores, os principais resultados nas linhas de produção vieram de bens de informática e eletrônicos, até setembro. Os maiores aumentos proporcionais de produção vieram de home theaters (83.942 unidades e +154,95%), tablets (1.437.576 e +148,85%), tocadores de dvd e blu ray (318.734 e +132,50%), e microcomputadores portáteis (761.786 e +84,39%). Outros produtos que tiveram destaque no período incluem motocicletas, motonetas e ciclomotores (913.943 e +31,36%), condicionadores de ar do tipo split system (4.694.487 e +47,63%) e relógios de pulso e de bolso (5.572.447 e +65,38%).

Outra boa notícia veio dos empregos, a despeito da desaceleração mensal no ritmo das contratações. Em setembro, o PIM registrou média de 102.555 postos de trabalho, entre trabalhadores efetivos, temporários e terceirizados. O desempenho superou em 4,57% a marca do mesmo mês de 2020 (98.073), apesar de ficar 1,28% abaixo do dado de agosto deste ano (103.891) –em dado já revisado pela Suframa. Ainda assim, foi o sexto melhor número do ano, superando abril (102.063), maio (101.555) e junho (101.943).

A média mensal de mão obra do parque fabril de Manaus, no acumulado do ano, foi de 101.794 postos de trabalho, sendo 7,76% superior à média registrada ao longo do “ano cheio” de 2020 (94.460) – em dado revisado. Foi também o melhor número desde 2016 (86.161), embora ainda tenha ficado distante do patamar de 2015 (105.015) –ano inicial da crise anterior, e já de PIB negativo para o país. Levando em conta apenas a mão de obra efetiva, o saldo no aglutinado até setembro de 2021 foi de 5.783 vagas, dado o predomínio das contratações (25.617) sobre os desligamentos (19.834). Também foi o melhor desempenho da série histórica fornecida pela Suframa –iniciada em 2016 (-6.123 vagas).

“Momento positivo”

Em material divulgado pela assessoria de imprensa da Suframa, o titular da autarquia, Algacir Polsin, voltou a comemorar os resultados mais recentes do Polo Industrial de Manaus, especialmente no que diz respeito ao volume de vendas expresso em faturamento global e à manutenção dos empregos diretos acima de 100 mil, nos últimos meses. No entendimento do superintendente, combinados com o levantamento dos investimentos de implantação, diversificação, atualização e ampliação no PIM, os números indicam boas perspectivas para a ZFM.

“Estamos em um momento muito positivo para a indústria da Zona Franca de Manaus. Além dos resultados positivos do PIM, também estamos observando um crescimento nos projetos de investimentos aprovados pelo CAS (Conselho de Administração da Suframa). Em 2020, foram 146 projetos aprovados e, até agora, em 2021, foram 156. São fatores que nos permitem ter muito otimismo para a sequência do trabalho e para o reforço das ações de geração de emprego e renda na nossa área de atuação”, afiançou.

Sazonalidade e desafios

O presidente da Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos), José Jorge do Nascimento Júnior, salientou à reportagem do Jornal do Commercio que o segmento vem alcançando índices de crescimento de produção “bastante satisfatórios”, “há algum tempo”. Da mesma forma, lembrou que o isolamento social fez com que as pessoas ficassem muito dentro de casa, em tendência que se estendeu até o primeiro semestre deste ano, quando os índices de vacinação começaram a decolar. Apesar da mudança de cenário, o dirigente avalia que os indicadores já refletem a demanda do comércio para as festas de fim de ano, mas não deixa de demonstrar preocupação quanto ao que vai acontecer no “pós-Natal”.

“Agora, neste segundo semestre, a gente já entrou na fase da Black Friday e do Natal, que são datas em que os nossos produtos são muito procurados e consumidos. Por isso o destaque tão grande aos eletroeletrônicos e bens de informática [nos dados dos Indicadores da Suframa]. Esperamos que isso se mantenha no próximo ano. O primeiro trimestre é sempre desafiador. Não é tão fácil e os números tendem a ter uma queda. Mas, para este fim de ano, estamos muito contentes com esse resultado”, finalizou.

Fonte: JCAM

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