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Abraciclo questiona falta de crédito

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25/07/2013

Mesmo com os incentivos concedidos pelo Governo do Estado para alavancar a produção e comercialização das motocicletas fabricadas no Polo de Duas Rodas, aliado ao resultado de 8% de crescimento nas vendas no primeiro semestre do ano, ainda persiste a crise de crédito que impede a recuperação do setor. A restrição na liberação de crédito para aquisição de motocicletas foi a justificativa unanime registrada pelos representantes dos governos municipal, estadual e federal, e da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares) durante a 17ª edição do MotoCheck-Up, realizado em Manaus entre os dias 24 a 27 de julho, na Casa do Trabalhador Fieam/Sesi, zona Leste da cidade.

De acordo com o secretário da Sefaz/AM (Secretaria de Estado de Fazenda do Amazonas), Afonso Lobo, o segmento de duas rodas gera mais de 25 mil empregos diretos entre empresas de bem final, bem intermediário e de logística, importante para a economia do Amazonas. No âmbito nacional a cadeia como um todo entre concessionárias, logística e produção geram mais de 140 mil empregos. “É um segmento muito empregador, por isso a preocupação do governo do Estado em manter esse setor sempre muito ativo”, disse o secretário de Fazenda.

Crédito reprovado

Afonso Lobo disse que segundo os concessionários a cada dez pedidos de financiamento apenas um é aprovado, fato que dificulta a comercialização das motocicletas produzidas no PIM (Polo Industrial de Manaus). “Estamos renovando a expectativa de um crescimento econômico que permita uma queda na inadimplência e consequentemente uma maior oferta de crédito para o segmento”, estima Lobo.

Segundo o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, os aspectos positivos tem surtido efeito no sentido de recuperar o desempenho do setor de Duas Rodas, como a parceria com a caixa econômica obtida através de outra parceria - Abraciclo e Suframa -, no momento em que os grandes bancos privados brasileiros estão apresentando um equilíbrio nos indicadores de inadimplência. “Já começaram a dar sinais de queda, mas que ainda estão em patamares elevados, mas que até o final do ano a carteira de crédito consiga ter uma redução significativa na inadimplência e com isso os grandes bancos privados retornem com força maior em 2014, com crédito voltado para o segmento de Duas Rodas”, explicou.

Desoneração do ICMS


Para alavancar a competitividade do Polo de Duas Rodas, o governo do Estado desonerou do ICMS incidente sobre a energia elétrica utilizada na produção do bem final e do bem intermediário, resultando numa redução significativa de custos para as empresas. “São ações para fazer com que os produtos cheguem com o preço menor na ponta e consequentemente estimular a venda”, informou Afonso Lobo.

Além dos incentivos ao setor, o governo do Estado vem buscando junto ao governo federal e aos bancos na tentativa de fazer com que o financiamento seja destravado. “Demanda para aquisição de motocicleta existe o que não existe é financiamento”, afirmou o secretário de Fazenda.

Inclusão Social


O superintendente da Suframa, Thomaz Nogueira, destacou o papel da motocicleta como fator de inclusão social. “Isto importante destacar a motocicleta, como aqui foi dito, sendo o mais acessível veículo de locomoção permitindo um nível de inclusão que talvez não se consiga avaliar dada a importância. E o Polo Industrial contribui para realizar essa inclusão social, num esforço coletivo”, frisou Thomaz Nogueira.

Em diversos países do mundo se encontra motocicletas nas ruas conduzidas de forma segura, por executivos de empresas, servidores, trabalhadores de todas as camadas sociais, melhorando a qualidade de vida e de mobilidade urbana. “Fato que contribuiria, e muito, para ganho de qualidade de vida e na recuperação de um promissor segmento da economia, inclusive no Brasil”, disse Thomaz Nogueira.

Segundo semestre


De acordo com as projeções demonstradas pela Abraciclo o segundo semestre deverá obter um desempenho semelhante ao de 2011, o que não foi bom com 1.600 milhão motocicletas produzidas e vendidas se comparadas ao resultado de 2009 quando ultrapassou 2 milhões de motos comercializadas. “A expectativa é que encerremos o ano de 2013 com um desempenho muito próximo do que aconteceu em 2012. Que já foi um ano ruim para o segmento”, lamentou Afonso Lobo.

PPBs para novos fabricantes

Pioneira na fabricação de motocicletas a montadora norte-americana Indian Motorcycle, do grupo Polaris, em breve irá diversificar sua atividade no Brasil com uma provável montagem de motocicletas no PIM. Por se tratar de um mercado em constante ascensão no país, onde mantém uma linha de produção de quadriciclos, a Indian Motorcycle deverá competir com grandes marcas como a Harley Davidson, Honda e Yamaha.

Em regime CDK, no qual as motocicletas são montadas no PIM e as peças são importadas, modelo utilizado por grandes montadoras como BMW, Ducati e Harley Davidson, por sua eficiência. E para atender ao mercado brasileiro, a Indian Motorcycle pretende dobrar o número de lojas até o final do ano.

De acordo com o superintendente da Suframa, Thomaz Nogueira, aqueles que desejam produzir, ganhar dinheiro, gerar emprego e renda, pagar impostos, ter uma atividade econômica que contribua para o desenvolvimento da região, serão bem vindos. O importante é proporcionar e manter um ambiente de negócios.

Fonte: JCAM

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