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A ZONA FRANCA MOSTRA FORÇA - Editorial

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13/04/2022

A Zona Franca de Manaus acaba de dar mais uma demonstração de força no cenário industrial brasileiro. Enquanto diversos centros produtivos sofrem para retomar os níveis de produção pré-pandemia, o setor de duas rodas instalado em Manaus exibe crescimento de 8,4% sobre o ano anterior. Os números revelam um setor aquecido e que acelera para recuperar as perdas dos dois últimos anos, quando todo o mercado foi prejudicado pelos efeitos da pandemia de covid-19.0 desempenho chama especial atenção porque se dá em um cenário de inflação em dois dígitos, juros altos e ameaças à competitividade da Zona Franca. Para a cúpula da Associação Brasileira de Fabricantes de Motocicletas (Abraciclo), não resta dúvida que a recuperação do setor se daria de forma ainda mais acelerada não fossem esses fatores adversos. Na verdade, o que se espera é mesmo uma “freada” nos próximos meses devido aos efeitos da inflação, dos juros e das eleições. Isso sem falar na possibilidade sempre presente de que alguma canetada em Brasília reduza ainda mais a já combalida competitividade local.

O fato é que, apesar dos pesares, o modelo industrial amazonense, que completou 55 anos em fevereiro, demonstra resiliência e fôlego para resistir a ataques e manter-se firme com bons resultados, tanto em empregos quanto em produção. Os números do setor de duas rodas são o exemplo mais recente. Só nos três primeiros meses do ano, foram mais de 327 mil unidades produzidas em Manaus, um crescimento de quase 38%. É evidente que a base de comparação é fraca, já que foi no primeiro trimestre de 2021 que a segunda onda da pandemia se abateu sobre o País causando uma série de restrições e incertezas. Ainda assim, que segmento industrial pode ostentar um resultado tão positivo no País?

Entristece saber que, se houvesse mais estímulos, apoio e menos ataques, os dados do setor seriam ainda melhores. O País precisa abrir os olhos para a Zona Franca, e parar de ver o modelo como um ralo de arrecadação, mas como o gerador de receitas e empregos que realmente é. Evidente que ajustes são necessários, como a diversificação da base produtiva, o aproveitamento da biodiversidade e valorização de produtos regionais. Mas isso não reduz os méritos da ZFM, que mesmo imperfeita, ainda é o motor da nossa economia.

Fonte: Acrítica

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