CIEAM | Centro da Indústria do Estado do Amazonas CIEAM | Centro da Indústria do Estado do Amazonas

Notícias

A indústria em 2013: sem forças

  1. Principal
  2. Notícias

13/01/2014

Atualmente ocorrem mudanças relevantes na indústria, muito embora a dimensão e o estágio em que se encontram ainda não sejam conhecidos. Está em curso uma modernização do parque industrial incentivada pelo subsídio no financiamento de longo prazo oferecido por programas como o PSI do BNDES. A maior automação daí resultante certamente enfraquecerá o aumento do emprego no setor e aumentará a produtividade, fortalecendo a capacidade de concorrência da produção nacional no mercado interno e em mercados de exportação.

A indústria também vem melhorando sua competitividade em razão das desvalorizações cambiais que cedo ou tarde irão se traduzir em ganhos na balança comercial e de serviços. Nesse ano, os efeitos conjuntos desses processos, juntamente com as reduções de custos promovidas pelo governo na folha de salários e na energia, podem vir à tona com maior plenitude, de forma a permitir um crescimento mais regular e de maior magnitude da indústria, a despeito das incertezas do período eleitoral e de um crescimento ainda baixo da economia e do comércio mundial. Essa reação industrial enseja perspectiva de maior crescimento do PIB brasileiro para 2014.

No ano passado a indústria ainda revelou uma grande fraqueza. Em novembro, sua produção declinou 0,2% com relação a outubro, interrompendo três meses de evolução. Mais grave como revelador de um quadro de fraco dinamismo: no período janeiro-novembro de 2013 a produção industrial aumentou somente 1,4%, o que sequer compensou a queda de 2,7% em 2012. Outro resultado potencialmente negativo: entre os grandes setores, na passagem de outubro para novembro, a produção teve recuo em bens de capital (-2,6%) após três meses de elevação. Isto pode estar associado a uma retração dos investimentos na economia.

Ao nível dos ramos de produção, o destaque negativo vai para veículos automotores, um segmento que pode ter esgotado o seu recente dinamismo impulsionado por incentivos fiscais do governo. Nesse caso houve queda de 3,2% em novembro, talvez prenunciando um ano de 2014 de maiores dificuldades. Em outro ramo incentivado pela política econômica, máquinas e equipamentos, o revés de 3,0% também pode estar indicando a perda de eficácia de reduções de impostos e da oferta de crédito a baixas taxas de juros. Em meio a esses resultados pouco animadores, dois pontos positivos se destacam nos dados da pesquisa industrial de novembro.

Primeiro, a produção de bens intermediários, o setor de maior peso na indústria, teve variação significativa: 1,2%. A majoração não é suficiente para reverter o quadro adverso do ano de 2013 como um todo, já que o setor teve variação zero em sua produção entre janeiro e novembro, mas acena com perspectivas mais promissoras para 2014.

Há quatro meses o setor repete índices positivos de produção, o que pode ser um sinal de que os efeitos da desvalorização cambial estão começando a se fazer presentes. Segundo, a referida queda de 0,2% na produção da indústria brasileira se deu por causa do desempenho negativo da extração mineral (-3,1%). Já a indústria de transformação, que mais propriamente espelha os movimentos do setor industrial, cresceu 0,1%, reproduzindo pelo quarto mês taxas positivas.

Fonte: Brasil Econômico

Coluna do CIEAM Ver todos

Estudos Ver todos os estudos

Diálogos Amazônicos Ver todos

CIEAM | Centro da Indústria do Estado do Amazonas © 2023. CIEAM. Todos os direitos reservados.

Opera House