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5G começou com velocidade oscilante em Brasília e pode atrasar em Manaus e Belém

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07/07/2022

O dia de estreia do 5G no Brasil, ontem, foi marcado por dúvidas, velocidade oscilante e corrida às lojas em Brasília para comprar planos e aparelhos. A capital do país foi a primeira a ligar o serviço, após autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

As demais capitais devem ter o o serviço até setembro, mas Manaus e Belém correm risco de sofrer atraso no início da tecnologia.

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Ontem, em Brasília, os clientes das operadoras não conseguiram saber se o símbolo “5G” que aparece nas telas é a nova tecnologia de fato, ou apenas uma versão atualizada do 4G. O governo e a Anatel determinaram a implantação do chamado 5G “puro”, que permite mais velocidade e tempo de resposta menor.

Até agora, as operadoras vinham disponibilizando velocidades similares às do 5G, mas por meio da rede 4G. A partir de agora, são obrigadas a prestar o serviço em uma rede separada.

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Nas ruas, o consumidor não consegue saber qual rede está conectada a seu aparelho, se pura ou não. O GLOBO fez o teste com dois aparelhos compatíveis com a tecnologia comprados há menos de um mês. Na área central de Brasília, esses testes feitos com o aplicativo oficial da Anatel mostraram diferentes velocidades ao longo do dia, e com conexão alternando entre 4G, 5G e até 3G.

O que muda com o 5G?

Quando funciona no 5G, a rede é substancialmente mais veloz, em itens como exibição de vídeos e músicas.

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Em Brasília, a TIM instalou 164 antenas; a Claro, 82; e a Vivo, 78, de acordo com a Anatel. Com 324 antenas, juntas, elas passaram a cobrir 80% da cidade. A concentração de antenas é maior no Plano Piloto e na região do Lago Sul, área nobre da capital.

Em um shopping em Brasília, a procura por informações do 5G foi alta mesmo pela manhã, horário tradicionalmente de menor movimento. Juliana Alves, de 22 anos, estava fazendo a compra de seu primeiro aparelho 5G. Ela ficou sabendo da novidade pela TV pela manhã, já precisava de um novo celular e aproveitou uma oferta para adquirir o novo produto. Ela, que costuma assistir muitos vídeos no celular, espera ter mais rapidez na conexão.

“Pelo preço que a gente paga, espero que tudo seja melhor”, disse.

O engenheiro Fernando Silva não sabe qual conexão tem em seu celular nem se será preciso trocar de plano, mesmo com seu aparelho sendo compatível com o 5G.

“Além da dúvida, eu vi que oscila muito ao longo da cidade”, afirmou.

Já a 20 quilômetros dali, em Taguatinga, região administrativa do DF, o 5G também era assunto. Na manhã de quarta, Raimunda de Lima Lopes cuidava da loja de acessórios para celular que fica no Taguacenter, centro comercial da região. Ela conta que vai esperar para analisar o 5G, já que o plano de dados que tem hoje já atende suas necessidades de uso de redes sociais e WhatsApp:

“Tem que ver as condições, se é de fato melhor”.

Ainda no Taguacenter, Maria Leite estava em sua barraquinha de açaí conversando pelo WhatsApp. Para pagamentos, ela aceita cartão, dinheiro e aderiu ao Pix há dois meses, mas ainda não tinha ouvido falar do 5G.

“O 4G resolve meus problemas, não penso em buscar o 5G não”, contou.

Atraso nas capitais

Enquanto quase todas as capitais do país devem ter o 5G puro liberado no fim de agosto, Manaus e Belém devem atrasar e ficar para depois de setembro, destacou Moisés Queiroz Moreira, conselheiro da Anatel e presidente da Gaispi, grupo responsável por acompanhar a instalação da nova rede. Fontes do mercado afirmam que nessas duas cidades a tecnologia pode ficar disponível até o fim do ano.

“Manaus é um pouco mais problemática. A cidade tem uma estação de recepção de satélite bem no Centro. Vamos ter que alterar esse local. Isso está sendo pensado. Então, vamos chegar no fim de agosto com tudo praticamente concluído e talvez duas tendo de ser prorrogadas, como Manaus e Belém”, disse Moreira.

O tema deve ser debatido na próxima quarta-feira em reunião do Gaispi. Alejandro Adamowicz, diretor da GSMA, lembra que a ampliação do 5G vai exigir a ampliação dos investimentos em infraestrutura das teles, como a instalação de antenas e a construção de fibra óptica, que deve ficar acompanhada de maior flexibilização das regulamentações municipais.

Segundo a Omdia, o Brasil tem hoje ao todo 104 mil antenas instaladas para todas as tecnologias. Na China, esse número é de 1 milhão só para o 5G. Estimativa da GSMA aponta que é preciso instalar até dez vezes mais antenas 5G em relação ao 4G no Brasil.

“A rede 5G pura é mais cara porque é totalmente nova. E precisa de mais antenas “, disse Adamowicz.

Fonte: JCAM

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