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16 mil desligamentos neste ano

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08/10/2013

O número de demissões segue alto no PIM. Com 16.229 desligamentos, sendo 9.666 homens e 6.563 mulheres, entre janeiro e agosto de 2013, o polo industrial mantém os números equivalentes a 2012 que teve 16.455 demissões em igual período. Se compararmos com 2011, os números apresentam quase o dobro de desligamentos. Em 2011, nos oito primeiros meses do ano o número de demissões foi de 8.626.

Na avaliação do presidente do Cieam (Centro das Indústrias do Estado do Amazonas), Wilson Périco, os números estão dentro da realidade do mercado e são furtos da alta rotatividade. “Há um número muito grande de substituições. Pessoas que trocam de empresas. Isso ocorre tanto por vontade da empresa, como por vontade da pessoa. Mas a visão que temos é que o número de empregos do polo está aumentando”.

Somente em agosto foram 2.198 desligamentos, com 322 desligamentos a mais que julho, mas inferior ao mesmo mês do ano passado que apresentou 2.453 desligamentos. O presidente do Sindmetal-AM, (Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas), Valdemir Santana, também disse acreditar que há uma rotatividade grande no PIM. “É comum nas empresas, alguns são despedidos e outros são contratados, os números seguem essa tendência. É a lei do mercado”, destacou.

A empresa que mais demitiu no ano segue sendo a Hbuster, que enfrentou problemas com a justiça no início do ano e teve 1.174 desligamentos em 2013. Em seguida temos a Jabil do Brasil com 984 desligamentos e a Samsung com 944 desligamentos. A empresa com o maior número de demissões em agosto foi a Technicolor Brasil com 144 desligamentos.

Realidade do Polo de Duas Rodas prejudica resultado


Para Périco há alguns setores que puxam o PIM para baixo, enquanto outros estão alavancando, equilibrando a situação dos empregos, deixando o ano com uma leve melhora mas em um patamar semelhante ao de 2012. “Em 2013 temos uma situação diferente por causa do Polo de Duas Rodas. O setor não reagiu como estávamos esperando. Estávamos vendo que o PIM não deve crescer esse ano, ficando apenas entre 2% e 4% de crescimento. O Polo de Duas Rodas não consegue alavancar. Os dados da Fenabrave mostram que o volume está 8% abaixo do ano passado. A fabricação de televisão está andando de lado, mas temos o tablet que está bem e equilibra um pouco”.

Périco destacou que não há perspectivas do polo voltar a obter desempenhos semelhantes aos de dois anos atrás. “Para voltar para o patamar de 2011 não depende da indústria, depende de mercado, de perspectiva de governo. A gente não vê nenhuma movimentação que nos leve a acreditar que o cenário vai mudar em longo, médio ou curto prazo. Esperávamos que houvesse uma solução/definição para questão do Polo de Duas Rodas, a guerra fiscal, política de governo, que não define prioridade e segmentos em cada região.”

Sobre o número de novos empregos, Périco afirmou que são esperados cerca de 3 mil empregos temporários esse ano, enquanto em anos anteriores os números chegavam a torno de 7 mil. “Não sendo pessimista, mas esperávamos que o ano fosse melhor. Os números estão dentro dessa nova realidade, mas poderia ser melhor. Medidas para inibir concorrência desleal com produtos contrabandeados, pirateados e subfaturados que afetam a manutenção de emprego aqui. O país está perdendo fôlego. Temos uma cidade industrial sendo invadida por produtos importados”, reclamou.

Fonte: JCAM

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