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Suframa vive estado de greve mais uma vez

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26/11/2014

Foi deflagrado estado de greve, com mobilizações e/ou paralisações préaprovadas e por tempo determinado, pelos servidores da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus). A decisão foi tomada durante assembleia realizada pelo Sindframa (Sindicato dos Funcionários da Suframa), ontem, na sede da autarquia. Diferentemente da greve, que via de regra, paralisa de imediato todos os servidores e os serviços realizados pela autarquia, o estado de greve ameniza a situação com paralisações pontuais que poderá ocorrer até o final deste ano tanto na indústria quanto no comércio.

Segundo o presidente do Sindframa, Anderson Belchior, a falta de um interlocutor para tratar dos pleitos dos servidores juntos aos mistérios do Planejamento e do Desenvolvimento da Indústria e Comércio Exterior, foi determinante para decidirem pelo estado de greve. “Quando o sindicato retornou de Brasília, nós sentimos que o clima não era do mais favorável para greve e na reunião nós percebemos que o governo não tem a mínima ideia do que está fazendo”, desabafou.

De acordo com o superintende da Suframa em exercício, Gustavo Igrejas, o governo federal deverá reagir referente a decisão, até que pelo menos seja apresentado uma reestruturação não só de cargos e salários dos servidores, como também, uma reestruturação organizacional da Suframa. “Na reunião que nós tivemos na sexta-feira passada me pareceu que o Ministério do Planejamento está muito decidido em por enquanto não dar o aumento. Igrejas defende o estado de greve na Suframa por um direito dos servidores e uma forma legal deles se manifestarem. “Hoje a Suframa tem um nível de salário muito baixo. Eu já estou aqui há 27 anos, e digo que não é compatível com as atividades que desenvolvemos, a importância da Suframa com a região e a complexidade dos trabalhos com que são feitos”, ratificou.

O superintendente em exercício, ainda informou que já havia um grupo fixado pelo ex-superintendente, Thomaz Nogueira para trabalhar esse assunto num prazo de 120 dias que vence no final deste mês de novembro, que servirá como base para outra proposta. “Nós vamos pegar esse trabalho agora e estamos pensando em criar um grupo de trabalho até novo para trabalhar esse assunto”, disse.

O novo prazo para ser elaborada a nova proposta do PCCS (Plano de Cargos, Carreira se Salários) dos servidores da Suframa, foi estimado para este final de ano ou até o início de 2015. “Mas de pendendo do que tiver já feito por esse grupo anterior, nós esperamos que pelo menos até o final de dezembro, no máximo em janeiro, nós já tenhamos essa editoração pronta para ser apresentada ao Ministério”, estimou. Impacto no PIM.

Quanto ao impacto que o estado de greve vai causar às empresas instaladas no PIM (Polo Industrial de Manaus), a sociedade e própria autarquia, Igrejas prefere manter a cautela e aguardar. “Eu também sou servidor e hoje me manifestei com algumas ponderações em relação a situação de reestruturação que a Suframa passa no momento”, disse. Ele acredita que a decisão foi equilibrada e de alguma forma, houve uma preocupação em prejudicar a sociedade e ao mesmo tempo mostrar que o sindicato fazer manifestações e mostrar a indignação em não conseguir os aumentos salariais que os servidores almejam Há muito tempo.

“O sindicato foi bastante ponderado”, avalia. O presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), Wilson Périco, avalia a decisão dos servidores da Suframa, de forma branda e consciente, após longos períodos de negociação com o governo federal que não cumpriu o acordado. “E o que mais me frustra é esse governo que vem de uma base de trabalhadores, tratar com descaso as reivindicações dos servidores públicos”, desabafou. Périco acredita que apesar de ser deflagrado o estado de greve, o que não significa que haverá paralisações, mas que poderá afetar a indústria e ainda mais o comércio, no último momento de recuperação com as vendas no período de festas de final de ano. “Afeta sim os investimentos e os trabalhadores de forma geral, num período em que se espera um aquecimento no comércio e também na economia do Estadodo Amazonas”, lamentou.

Fonte: JCAM

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