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Faturamento do PIM avança em real, mas tem queda em dólar

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07/04/2021

Fonte: Marco Dassori

O faturamento do PIM em dólares voltou a encolher na virada do ano. As vendas desaceleraram 0,52% entre dezembro de 2020 (US$ 1.91 bilhão) e janeiro de 2021 (US$ 1.90 bilhão), além de caírem 9,60% em relação a 12 meses atrás (US$ 2.10 bilhões). Contabilizado em reais, houve incremento anual de 13,71%, com R$ 10,22 bilhões (2021) contra R$ 8,99 bilhões (2020) e expansão de 3,13% ante o último mês do ano passado (R$ 9,91 bilhões). Os dados são dos Indicadores de Desempenho do Polo Industrial de Manaus e foram divulgados pela Suframa, nesta terça (6).

A diferença de desempenho das vendas da indústria incentivada da capital amazonense entre ambas as comparações, que aponta “o melhor resultado da história” em moeda nacional, conforme assinala o texto de divulgação da pesquisa da autarquia, e um novo tombo em dólares, se deve à escalada cambial. A cotação da moeda norte-americana avançou 28,10%, entre o último dia útil de janeiro do ano passado (R$ 4,27) e o final do mesmo mês de 2021 (R$ 5,47), de acordo com a base de dados do BC (Banco Central).

A Suframa destaca que o resultado em reais sofreu influências positivas dos crescimentos anuais das linhas de produção dos polos eletroeletrônico (R$ 2,32 bilhões e +6,42%), de bens de informática (R$ 2,56 bilhões e +33,79%), metalúrgico (R$ 1,09 bilhão e +36,08%), químico (R$ 1,04 bilhão e +13,39%), termoplástico (R$ 987,51 milhões e +60,62%) e mecânico (R$ 735,63 milhões e +2,54%). A autarquia chama a atenção ainda para o “crescimento exponencial” de vestuário e calçados (R$ 3,41 milhões e +252,54%).

Em dólares, apenas oito dos 26 subsetores do parque fabril de Manaus listadas pela Suframa avançaram na mesma comparação: bens de informática, termoplásticos, metalúrgico, madeireiro, papel e papelão, vestuário e calçados, mineral não metálico e ótico. Responsáveis por perto da metade das vendas do PIM, os polos eletroeletrônico (US$ 430.32 milhões e 22,69% de participação) e de bens de informática (US$ 475.34 milhões e 25,12%) tiveram alta de 6,36% e queda de 15,40%, respectivamente. Já o polo de duas rodas (US$ 163.693 milhões) retrocedeu nada menos do que 45,40%.

Produtos e empregos

Assim como ocorrido no ano passado, os principais destaques das linhas de produção foram os microcomputadores portáteis (37.180 unidades e +25,49%) e os tablets (128.080 e +89,76%). O mesmo se deu para rádios e aparelhos reprodutores e gravadores de áudio portátil (55.977 e +22,61%), artigos e aparelhos para cultura física (4.115 e +20,32%) e aparelhos de barbear (167.962 e +8,94%). Na outra ponta, a fabricação de produtos tradicionais, como TVs LCD (818.187 e -24,51%), celulares (1.004.500 e -25,59%) e condicionadores de ar split system foi menor (466.531 e -5,75%).

As boas notícias também incluíram as contratações. Em janeiro, o PIM registrou média de 100.005 postos de trabalho, entre trabalhadores efetivos, temporários e terceirizados. Foi o melhor desempenho para o mês, desde 2015 (117.916), ano inicial da crise econômica anterior. Houve elevação de 7,01%, no confronto com janeiro de 2021 (93.453), e expansão de 1,13%, em relação a dezembro do ano passado (98.884).

Em janeiro, o PIM registrou média de 100.005 postos de trabalho
Foto: Divulgação

“Nova onda”

Em texto divulgado pela assessoria de imprensa da Suframa, o titular da autarquia federal, Algacir Polsin, salientou que, embora os números dos Indicadores de Desempenho do Polo Industrial de Manaus referentes a janeiro ensejem comemorações, há a necessidade de se manter prudência em relação aos resultados dos próximos meses para o PIM, principalmente em virtude do agravamento dos efeitos da pandemia da covid-19 em todo o Brasil.

“Aproximadamente 98% do nosso faturamento é oriundo do mercado nacional. Então, precisamos avaliar o quanto esta nova onda da pandemia impactará o ambiente de negócios e, consequentemente, o nosso desempenho do primeiro semestre. Contudo, começar o ano de forma tão positiva foi muito importante e nos permite, sem dúvidas, ganhar um otimismo e vigor que, neste momento de dificuldades, são fundamentais”, asseverou.

“Cenário controlado”

Na mesma linha, o presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), Antonio Silva, lembrou que a imagem capturada pelo levantamento da Suframa ainda era favorável ao PIM. O dirigente observa que a segunda onda ainda estava contida em Manaus e ainda não havia se alastrado pelo restante do país – gerando restrições econômicas e derrubando a confiança do consumidor, em seu rastro.

“Os números de janeiro refletem um cenário que imaginávamos positivo antes do agravamento da crise sanitária no Amazonas e, posteriormente, no restante do país. As outras unidades da federação apresentavam um cenário controlado da pandemia em janeiro passado, o que impactou positivamente a produção de alguns bens, branda variação positiva que também pode ser observada na mão-de-obra empregada. As perspectivas, contudo, mantidas as variáveis constantes, é de que os números subsequentes não sejam tão alvissareiros”, arrematou.

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