11/04/2019
Terminamos um trabalho de 8 meses com a FGV – Fundação Getúlio Vargas que foca as atividades do estado do Amazonas e da ZFM, seus impactos e efeitos. Um custoso estudo acadêmico, profissional e privado patrocinado pela ABRACICLO, BEMOL, CIEAM, DD&L, ELETROS, FIEAM, FOGAS, SINAES, e WHIRLPOOL.
Esperamos que este único e inédito trabalho responda e esclareça definitivamente questões importantes da região e que influencie em futuras, esperamos que acertadas, decisões tanto no governo estadual quanto no federal.
Algumas conclusões amplamente explicadas no anexo:
• Quanto menor foi a atividade industrial na ZFM, maior o desmatamento no Estado;
• Em percentual dos gastos tributários totais do país, ZFM caiu de 17,1%, em 2009, para 8,5%, em 2018. Este percentual nominalmente vem caindo enquanto o resto do pais aumenta;
• A arrecadação federal do Amazonas compensa, em parte, as renúncias da ZFM;
• Presença da indústria na região permite a geração de elevada arrecadação estadual e municipal;
• Segundo o IBGE, o Amazonas é o 3º Estado com maior participação dos tributos no PIB Estadual;
• Amazonas é o 7º Estado com maior participação na Arrecadação Federal em relação ao PIB Estadual;
• Para cada R$ 1,0 gasto com incentivos para a ZFM, a renda da região metropolitana de Manaus cresce mais do que R$1,0. No Brasil, na média geral, gastos governamentais tem multiplicador fiscal bem inferior a unidade;
• Criação da ZFM permitiu a constituição de um sofisticado parque industrial na região;
• O quanto se adiciona de valor no estado de Amazonas 49,2%, no restante do Brasil está em 43,6%;
• A indústria no Amazonas agrega mais valor por cada R$1,0 produzido do que a média da indústria de transformação brasileira;
• Promoveu o crescimento da renda per capita acima da média nacional;
• Em 2010, a renda per capita do São Paulo (R$30 mil) era 1,8 vezes maior do que a do Amazonas (R$17 mil). Em 1970, no começo da ZFM, a renda per capita de São Paulo (R$17,4 mil) era 7 vezes maior do que a do Amazonas;
• Proporcionou a expansão da escolaridade na região;
• A escolaridade média dentre os trabalhadores da indústria de Manaus é cerca de 3 anos superior a média se ela não existisse;
• Melhoria da infraestrutura e nas condições de moradia da população;
• Representatividade do emprego formal na RM de Manaus é significativamente maior do que nas regiões que formam o grupo de controle;
• Os salários na indústria se mantém estável e acima da média.
Faça bom uso e divulgue onde achar necessário e importante.
Atenciosamente
Wilson Périco
Presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas - CIEAM