18/01/2024 08:46
“Hoje um novo tempo de um novo ano está começando, convidando ao protagonismo os atores que geram riqueza e que tem a clareza de que é preciso compartilhar, equilibrar, civilizar…”
Por Alfredo Lopes - Coluna Follow-up
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O CIEAM começa 2024 com fôlego renovado e com a responsabilidade imediata de cuidar das demandas da indústria na elaboração da legislação ordinária da Reforma Tributária. O objetivo que se impõe é transformar em nova luta a segurança jurídica que a conquista da RT representou.
É importante destacar que a Entidade priorizou a governança compartilhada, liderada pelas Comissões Setoriais do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM). Em outras palavras, há muita tarefa nas agendas e miríades de desafios a enfrentar. Ainda bem. Isso traduz uma jornada em incessante movimento e intensa vibração que apenas recomeça por conta da vitalidade institucional que as lideranças femininas incrementaram na condução institucional.
Um dos eixos dessa embarcação multifuncional e de interação transversal são os frutos dessas Comissões Setoriais no ano que passou. Elas foram formadas por afinidades e interesses corporativos, seleção de prioridades e identificação de necessidades e um só pressuposto - que também é um lugar comum - unidade na diversidade. Isso torna as pessoas mais fortes e seus projetos imbatíveis.
Podemos ilustrar essas afirmações com os avanços da Comissão ESG (Environmental, Social and Governance), um time vibrante em busca de práticas sustentáveis e responsáveis, fundada numa agenda obrigatória e inadiável para as empresas que desejam manter negócios saudáveis e competitivos.
Não por coincidência, essa Comissão surge, exatamente, num programa de trabalho voluntário e mobilização solidária a partir dos compromissos humanitários que reuniu, na Ação Social Integrada das entidades do setor produtivo e laboral, atores públicos, profissionais liberais, colaboradores, prestadores de serviços, em suma, todos os que se dedicaram a ajudar pessoas, os servidores da saúde e a população alcançada pela vulnerabilidade social, e manter funcionando a base econômica do amparo social.
A Agenda ESG (Environmental, Social and Governance) tem avançado nas iniciativas que confirmam a responsabilidade socioambiental das empresas do Polo Industrial de Manaus na proteção florestal, historicamente relacionada à conservação do bioma florestal pelo fato de propiciar meio milhão de postos de trabalho. E, assim, indiretamente, impedir que essa população avance sobre a mata, transformando-a em mecanismo de sobrevivência coletiva.
Essa conduta, porém, não destaca ações mais efetivas do setor produtivo, como, por exemplo, a manutenção integral da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), presente em todos os municípios do Amazonas, qualificando as gerações de acadêmicos na perspectiva da realização profissional. A indústria de Manaus, neste mesmo paradigma, no total, repassa R$ 4 bilhões, a cada ano, para o desenvolvimento sustentável, visando a interiorização do desenvolvimento e a atribuição de uma finalidade econômica ao propósito da proteção florestal.
O fomento ao turismo e a outras cadeias produtivas não predatórias estão na base, também, de programas setoriais, como o Programa Prioritário de Bioeconomia da Suframa, administrado pelo IDESAM, uma entidade não-governamental que foi confirmada pela renovação de seu contrato, com bases em seus avanços: fomento na disseminação de empreendimentos por toda a Amazônia. A boa notícia é que este avanço se deve aos recursos que a indústria repassa para Suframa.
Proteger a floresta é espalhar arranjos produtivos sustentáveis para gerar renda e oportunidades ao tecido social. Este, também, é o modo ESG da Comissão ESG do CIEAM, em nome da indústria em movimento. Essa prática é orientada por normas, premissas e exigências da sustentabilidade em seu sentido amplo. Isso assegura as melhores práticas do desenvolvimento inteligente que preserva os serviços ecossistêmicos, gera empregos e renda de forma justa, valorizando a cultura e tradição local.
A bioeconomia amazônica, eixo genético/ambiental do programa deve ser o fio condutor das estratégias competitivas das organizações envolvidas, visando a longo prazo, a geração de oportunidades econômicas e o fomento das cadeias produtivas da sociobiodiversidade.
Ficamos décadas fazendo diagnósticos e prognósticos, a debater e planejar essas iniciativas. Hoje eles estão brotando, crescendo e se desenvolvendo a partir do Polo Industrial de Manaus, o provedor dos recursos materiais e financeiros. Sem eles, os recursos naturais presentes na Amazônia seriam apenas recursos naturais, cantados e decantados em verso, prosa e narrativas. Hoje um novo tempo de um novo ano está começando, convidando ao protagonismo os atores que geram riqueza e que tem a clareza de que é preciso compartilhar, equilibrar, civilizar…
(*) Alfredo é consultor do CIEAM e editor do portal BrasilAmazoniaAgora