31/10/2014 15:43
Presença oportuna e estratégica
A presença da representação do poder produtivo do Amazonas como protagonista de evento que deu posse ao empresário Robson Braga de Andrade e os demais membros da diretoria da Confederação Nacional da Indústria (CNI), na última terça-feira, para um novo mandato à frente da entidade, não poderia ser mais significativa e estratégica para este momento delicado de uma economia preocupante e de mudanças na condução da Suframa. O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), Antonio Silva, ocupa novamente a 2ª vice-presidência, ao lado do presidente da FIESP, Paulo Skaf, na 1ª vice-presidência, num colegiado que reúne 27 presidentes de federações dos Estados e do Distrito Federal. Para seus pares do setor produtivo do Estado, esta presença dá alento e certeza de luta nos próximos quatro anos, no enfrentamento de desafios que continuam e se ampliam na direção de tornar a indústria brasileira mais competitiva: enfrentar as carências crônicas que emperram o crescimento do setor, combater a elevada burocracia e promover a qualificação para os jovens e trabalhadores brasileiros e do Amazonas, na capital e no interior. Antônio deixa claro que é preciso maior atenção para os problemas, como a burocracia que afeta toda a estrutura produtiva, além dos gargalos de infraestrutura. E defende mais investimentos para o ensino e inovação. Eleito presidente da FIEAM em 2007, e reeleito em 2011, está mantido na 2ª vice-presidência da CNI desde 2010. Bacharel em administração de empresas, ele é membro do Conselho Administrativo do Grupo Simões, onde ingressou como acionista. Esteve à frente da criação da 1ª fábrica da Coca-Cola na região. Atuante desde 1995 no movimento sindicalista patronal, Silva responde pela presidência dos sindicatos da Indústria de Bebidas em Geral de Manaus e das Indústrias Químicas e Farmacêuticas de Manaus. Na Confederação, ele tem a oportunidade de mostrar com detalhes a densidade e a importância do modelo ZFM e ajudar, assim, a preparar os requisitos geopolíticos de integração deste modelo no sumário de uma nova política industrial, ambiental, de ciência, tecnologia e inovação para o país.
Codam: festa e desagravo
A manifestação do secretário de Fazenda, Afonso Lobo, durante a reunião do CODAM, o Conselho de Desenvolvimento do Amazonas, nesta quarta-feira, 29, deu uma noção exata do momento que passa o setor produtivo do Estado. Ao destacar os novos investimentos, que confirmam a teimosia e a resistência do modelo ZFM, ele aplaudiu a decisão popular que reelegeu o governador José Melo, e ainda a recondução do presidente Antônio Silva ao núcleo dirigente da Confederação Nacional da Indústria, cuja presença nesta entidade ajuda a projetar no cenário brasileiro os avanços, demandas e importância do modelo local de desenvolvimento. Em seguida, ele sugeriu que fosse feito um pedido de retratação do secretário-executivo do MDIC, o ministério de Desenvolvimento, por sua entrevista a uma rádio local, na semana passada, onde ele desabona a conduta do superintendente da Suframa, Thomaz Nogueira, transferindo a ele a responsabilidade pelo não atendimento das demandas dos servidores da autarquia, que ensaiam retomar a greve, exatamente pelo descumprimento dos acordos com o governo federal. Para Afonso, a responsabilidade integral é do ministério, pois Thomaz não dispõe de autonomia e de recursos para resolver esses e outros gargalos da autarquia porque as verbas de suas taxas são confiscadas pelo Tesouro. Isso representa, segundo o portal da Receita, algo em torno de R$1,4 bilhão na última década. Na mesma direção, o presidente do CIEAM, Wilson Périco, repercutiu as críticas do Superintendente, defendeu a agenda da Suframa, sua revitalização e autonomia, na direção de exigir a contrapartida para o volume de recursos recolhidos ao Tesouro, para assegurar a diversificação e interiorização de novas matrizes econômicas.
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Esta Coluna é publicada às quartas, quintas e sextas-feiras, de responsabilidade do CIEAM. Editor responsável: Alfredo MR Lopes. cieam@cieam.com.br
Publicado no Jornal do Commercio do dia 31.10.2014