02/12/2020 15:21
Fonte: Brasil Amazônia Agora
“Funcionam em Manaus em torno de 600 empresas, e a maior parte delas trabalha com protocolos de produção extremamente sigilosos. A gestão desses protocolos, com frequência, esbarra no fator humano, passível de falhas e inconformidades. E é por isso que se torna vital a nova cultura corporativa dos empreendimentos, essencialmente focada no sigilo, conceito rigoroso de privacidade, garantindo aos colaboradores o mínimo de conhecimento sobre ameaças digitais e o melhor jeito de enfrentá-las”.
Alfredo Lopes
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Desde que as primeiras expedições europeias desembarcaram no Novo Mundo, com elas vieram os piratas. Passados mais 500 anos, a pirataria se modernizou e hoje trabalha com plataforma digital. Eis a razão pela qual as empresas e os internautas se empenham, cada um a seu modo, em brecar os chamados ataques cibernéticos. A todo instante, os novos e-piratas se dedicam a mapear/invadir para se aproveitar das vulnerabilidades digitais. A invasão do espaço virtual tem o propósito de roubar, manipular, extorquir e desestabilizar a rotina do uso de dados e arquivos digitalizados. Golpes fulminantes, ataques ao cerne digital corporativo, o risco ao patrimônio não acaba nem fica pouco…
Certificação em segurança
Na semana passada, a Fundação Paulo Feitoza – Tech certificou/qualificou colaboradores da empresa LG – uma das gigantes do Polo Industrial de Manaus – em segurança cibernética. Com a onda da pirataria devastadora, pouco adianta apenas implementar medidas técnicas para mapear o fluxo de dados e gerenciar o consentimento de sua manipulação. É essencial criar uma cultura corporativa que valorize a privacidade e resguarde os sigilos corporativos. Este é o espírito da Lei Geral da Proteção de Dados, que entrou em vigor em setembro último, e que enfatiza a necessidade de uma cultura da privacidade(LGPD 14.058/2020). Essa cultura supõe qualificação técnica e educação ética segundo o doutor em segurança cibernética, Thiago Rocha, colaborador da FPF-Tech, uma instituição focada em Indústria 4.0, onde Segurança Cibernética tem atuação destacada e demanda em alta
Prevenção bem sucedida
No último sábado, a Polícia Federal deflagrou a Operação Exploit para desarticular uma ação criminosa que teria promovido os ataques de hackers aos sistemas do Tribunal Superior Eleitoral-TSE, durante o primeiro turno das eleições 2020. Vale lembrar que o TSE havia montado um Comitê de Segurança Cibernética, o que evitou a invasão pretendida pelos hackers brasileiros e portugueses envolvidos no ataque. A Polícia Federal, em conjunto com as autoridades portuguesas, abortaram a pirataria prendendo os responsáveis. Graças a montagem deste Comitê, a despeito do atraso no primeiro turno, no último domingo, os candidatos a prefeito foram definidos em menos de 60 min sem qualquer intercorrência.
Resguardo do patrimônio
Funcionam em Manaus em torno de 600 empresas, e a maior parte delas trabalha com protocolos de produção extremamente sigilosos. A gestão desses protocolos, com frequência, esbarra no fator humano, passível de falhas e inconformidades. E é por isso que se torna vital a nova cultura corporativa dos empreendimentos, essencialmente focada no sigilo, conceito rigoroso de privacidade, garantindo aos colaboradores o mínimo de conhecimento sobre ameaças digitais e o melhor jeito de enfrentá-las. Segurança Cibernética, segundo Thiago Rocha, da FPF-Tech, significa garantir os protocolos de segurança e, principalmente, resguardo inteligente do patrimônio empresarial. Na opinião de Roberto Garcia, diretor de novos negócios, esta é uma das áreas em que a FPF-Tech está capacitando seus clientes rumo ao nível de maturidade da Indústria 4.0. A instituição tem formalizado acordos de cooperação na área de Segurança Cibernética com a Schneider e TI Safe, empresas referência nacional/global nesta área. Ambas são integrantes da Sociedade Internacional de Automação, (ISA), uma das maiores organizações profissionais do mundo na definição de padrões e educação de profissionais da indústria de automação. A TI Safe é empresa brasileira, voltada para a proteção de plantas de manufatura, empresas de utilidade pública e outras operações críticas sob risco cibernético. A ZFM já pode se proteger dos e-piratas.
Esta Coluna é publicada às quartas, quintas e sextas-feiras, de responsabilidade do CIEAM. Editor responsável: Alfredo MR Lopes. cieam@cieam.com.br – Editor-geral do BrasilAmazoniaAgora – https://brasilamazoniaagora.com.br.