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"Se estivermos coesos..."

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06/02/2015 13:25

O momento exige soma de esforços, talentos e muita ousadia. "Capacidade não nos falta. Precisamos apenas de pessoas que acreditem e nos auxiliem a construir caminhos para um futuro melhor". Assim concluiu seus votos de bom ano para todos, o presidente da Abraciclo, Paulo Takeuchi, em seu artigo, publicado nesta semana: 2015, o ano da superação. Alguém já disse: quando muitos estão chorando é hora de ampliar a produção de lenços. Este é o espírito do documento lido nesta quinta-feira, dia 5 de fevereiro, abaixo transcrito, por ocasião do encontro entre as entidades da Ação Empresarial do Amazonas e o governador do Estado, José Melo de Oliveira, durante a primeira reunião ordinária de 2015, da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas.

Manaus, 5 de fevereiro de 2015

Exmo. Sr. Prof.: José Melo de Oliveira.
DD. Governador do Estado do Amazonas.
MANAUS AM.

Senhor Governador,

Ao cumprimentar Vossa Excelência, e reafirmar nossos compromissos em favor do Amazonas, queremos realçar a importância - neste momento de muitas dificuldades e apreensão em todo o Brasil em relação aos desdobramentos das recentes medidas governamentais – de estarmos juntos e focados no enfrentamento conjunto de desafios que nos são postos. É positiva e alentada a expectativa do setor produtivo no Amazonas em relação ao seu governo e uma consciência clara de que iremos vencer os embates de sobrevivência e crescimento do modelo se estivermos coesos, assim como estivemos desde o momento de sua candidatura nesta Casa.

Senhor Governador: a prorrogação da Zona Franca, por si só, não é passe de mágica para resolver problemas agudos, antigos e crônicos, deste que é o maior e melhor arranjo tributário/operacional de renúncia fiscal para redução das desigualdades regionais do país. Prorrogar incentivos, porém, sem assegurar autonomia da Suframa e a infraestrutura de transporte, energia e comunicação – e os recursos para qualificação técnica e educacional – significa ir a lugar algum. Construímos, em menos de 50 anos, o terceiro PIB industrial do Brasil que cumpre a façanha de devolver para a União mais de 54% da riqueza que produz. E mais da metade da arrecadação pública em impostos da região Norte é gerada em Manaus, pelos setores da indústria, comércio e serviços. Entretanto, pela falta da contrapartida justa, a região aparece com Índices deploráveis de Desenvolvimento Humano.

A Suframa foi atrofiada institucionalmente, frente a nossa passividade. Perdemos autonomia para aplicar na região os recursos do setor produtivo pagos à autarquia, bem como as verbas de P&D, direcionadas para outras finalidades, alheias às demandas regionais e ditames legais. Nos próximos 50 anos, certamente, não teremos a sustentabilidade econômica ora propiciada pelo Polo Industrial de Manaus. Por isso, não podemos ficar reféns do voluntarismo político da União. Importa, pois, lutar para que a riqueza aqui produzida seja, prioritariamente, aqui investida, na geração de novas matrizes econômicas na agricultura, no setor mineral, na silvicultura e aquicultura, com ênfase na produção de alimentos, em todos os municípios do interior, como sabemos, Senhor Governador, estão previstas em seu plano de ações. As crateras das ruas do Distrito se somam ao abandono dos municípios da Amazônia Ocidental, que outrora recebiam convênios para infraestrutura e desenvolver pesquisas visando novas atividades econômicas. São quase R$ 3 bilhões nos últimos anos confiscados para outros objetivos e compromissos federais.

Sabemos quão difícil é reverter essa situação que se arrasta por tanto tempo, por isso, propomos, sob sua liderança, mobilizar, de imediato, os governadores e parlamentares da Amazônia Ocidental, incluindo Macapá/Santana, nas Áreas de Livre Comércio, para formar uma força política que possa resgatar a autonomia da Suframa, reivindicar soluções aos entraves do PPB, as verbas de P&D, das Taxas recolhidas pela autarquia, os incentivos fiscais para o comércio e setor primário, entre outras demandas para prover infraestrutura e assegurar o respeito à legislação constitucional e ordinária que dá respaldo à Zona Franca de Manaus. Eis as pautas mais urgentes que precisamos enfrentar, permitindo que todos, através dos Conselhos que administram os recursos com as diversas contribuições do setor produtivo, possamos participar das decisões e do acompanhamento das ações que envolvem o futuro desta região e de nossa gente. Para tanto, conte com nosso irrestrito e fraterno apoio. Atenciosamente. Antônio Silva – Presidente da FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO AMAZONAS (FIEAM); José Roberto Tadros – Presidente da FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DO AMAZONAS (FECOMÉRCIO); Muni Lourenço Silva Júnior – Presidente da FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DO AMAZONAS (FAEA); Ismael Bicharra Filho – Presidente da ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DO AMAZONAS (ACA) e Wilson Luiz Buzato Périco – Presidente do CENTRO DA INDÚSTRIA DO ESTADO DO AMAZONAS (CIEAM).”
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Esta Coluna é publicada às quartas, quintas e sextas-feiras, de responsabilidade do CIEAM. Editor responsável: Alfredo MR Lopes. cieam@cieam.com.br

Publicado no Jornal do Commercio do dia 06.02.2015

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