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Coluna do CIEAM

Saudações e proposições

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08/10/2014 11:26

Cumpre a esta Coluna saudar a festa da Democracia – poluição ambiental da propaganda atirada no espaço urbano à parte – e felicitar os eleitos até aqui, convidando-os a seguir, com as demais entidades e instituições do Estado de Direito, na defesa do Amazonas, de nossa economia, na promoção da qualidade de vida das pessoas e no enfrentamento dos desafios e das ameaças que o modelo ZFM enfrenta, promulgados os incentivos fiscais que o amparam para os próximos 59 aos. Uma saudação especial para o senador eleito, Omar Aziz, que completa o quadro de representação do Amazonas no Senado, ao lado dos novos deputados federais: Artur Bisneto, Silas Câmara, Alfredo Nascimento, Marcos Rotta, Hissa Abrahão, Pauderney Avelino, Atila Lins e Conceição Sampaio. Eles se juntam a uma nova bancada estadual que, renovada, integram o poder público, ao lado dos vereadores, para legislarem em favor do cidadão. Neste momento, enquanto as movimentações de segundo turno aguardam o desfecho da temporada eleitoral, já poderemos iniciar interlocução preliminar com a bancada federal, à vista de seu papel mais destacado na discussão e encaminhamento das decisões que definem os rumos da economia e da gestão do modelo Zona Franca de Manaus. Nunca foi tão oportuno, essencial e decisivo, exigir o compromisso do novo governo, prorrogados os incentivos, na direção do aperfeiçoamento do modelo, resgatar o arcabouço legal original da Suframa, reconfigurar e revigorar o papel gerencial de seu Conselho de Administração, assegurar as condições essenciais e infraestruturais de competitividade e revisar a aplicação dos recursos recolhidos pelas empresas nos diversos fundos e contribuições.

Indicadores de desempenho


Estas considerações remetem a um dever de casa. Temos obrigação de reunir elementos de conhecimento, os chamados indicadores socioeconômicos, que permitam sustentar, com visão estratégica e embasamento técnico, os novos caminhos que pretendemos para o modelo ZFM, sua ampliação, diversificação, regionalização das matrizes econômicas que irão, progressivamente, reduzir a dependência fiscal e assegurar a integração da economia local ao sumário nacional da política industrial, ambiental e de ciência, tecnologia e inovação nacional. Sem produção de estudos técnicos, sem compreensão da dinâmica econômica estribada em indicadores de desempenho, iremos a lugar algum. Portanto, avançar em termos institucionais de consolidação de indicadores é uma pauta das mais urgentes a ser debatida com a participação da representação política que ora se define. Este desafio, inadiável e de dimensões nacionais, vai exigir estudos interdisciplinares e interinstitucionais, como premissas de uma sinergia construtiva que possa nortear a produção atual e das novas matrizes estribadas na pesquisa e desenvolvimento, socialmente justa e ambientalmente sustentável.

A trilha cerâmica


Enquanto avança o projeto ISI Microeletrônica, para apostar em Inovação, na perspectiva de fortalecimento das cadeias produtivas de tecnologia do Polo Industrial de Manaus, a Agência de Treinamento do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI Amazonas) do município de Iranduba deu início nesta segunda-feira (6) a uma turma do curso NR-10 para profissionais do segmento cerâmico. Esta é a mais antiga atividade industrial dos 15 mil anos de presença humana na floresta amazônica e uma das atividades mais promissoras para algumas comunidades que vivem às margens dos rios amazônicos. Civilizações marajoaras e tapajônicas relatam a beleza e a grandeza cultural dos povos tradicionais da região. O curso do SENAI é, do ponto de vista da quantidade de alunos, discreto, e vai focar as Normas Regulamentadoras de segurança e saúde aos trabalhadores que interagem com instalações e serviços em eletricidade. A presença do SENAI, entretanto, é mais uma parceria entre tantas da instituição, para diversificar, regionalizar e adensar o setor produtivo em todo o Estado. Dessa vez, e com a entidade local dos Oleiros, a meta é tornar a indústria de Iranduba e Manacapuru, da produção do Polo Cerâmico-Oleiro, mais competitiva, produtiva e com menos acidentes de trabalho. O curso de NR-10 é de grande importância para qualquer segmento que desenvolva serviços de eletricidade, qualificando seus profissionais nas normas instituídas pelo Ministério do Trabalho.

Novos Arranjos produtivos


Na década de 70, quando a economia da ZFM começou a mudar a paisagem do desenvolvimento local, o setor cerâmico-oleiro já estava a pleno vapor na região de Manaus, produzindo tijolos, combogós, telha e tubos para a construção civil. A partir dos anos 80 ocorreu a migração para a região de Cacau-Pirêra, distrito de Iranduba, local tradicional de indústrias cerâmicas, onde há ocorrência de extensos depósitos naturais de argila. Além disso, a proximidade com o centro consumidor de Manaus e os incentivos fiscais para a ZFM, ajudaram na instalação das empresas, apoiadas com elevada oferta de mão de obra. Esses fatores consolidaram a produção do polo cerâmico/oleiro de Iranduba/Manacapuru, estreitamente vinculados à demanda da capital, que concentra quase a metade da população e mais de 90% da renda gerada no Amazonas. Hoje, a SEPLAN, órgão responsável pelo planejamento regional, estende seus estudos e recomendações para seis municípios, na formulação de um APL, Arranjo Produtivo Local, do polo cerâmico/oleiro: Manaus, Iranduba, Manacapuru, Careiro da Várzea, Manaquiri e Careiro do Castanho, tendo como centro irradiador das bases econômicas e estratégicas a cidade de Manaus, a sexta maior renda per capita do país. Através de convênio da SEPLAN com SEBRAE-AM, a conjugação de recursos técnicos e financeiros será criada a Central de Processamento de Resíduo Sólido Madeireiro para fornecimento de combustível de queima para empresas do Polo Oleiro-Cerâmico de Iranduba e Manacapuru no AM, com apoio das indústrias do Polo Industrial de Manaus.
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Esta Coluna é publicada às quartas, quintas e sextas-feiras, de responsabilidade do CIEAM. Editor responsável: Alfredo MR Lopes. cieam@cieam.com.br

Publicado no Jornal do Commercio do dia 08.10.2014

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