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Coluna do CIEAM

Rebecca, um voto integral de confiança

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28/10/2015 18:02

Por seu portfólio acadêmico, empresarial e político, pela presença nas ações e discussões do modelo ZFM, em sua prorrogação, a repercussão da escolha de Rebecca Garcia entre os conselheiros do CIEAM foi a melhor possível. Seguem algumas ponderações pautadas na manifestação de alguns deles. Em sua primeira entrevista, e desde que aceitou a indicação de seu nome, a disposição para trabalhar em equipe, prestigiar os técnicos, integrar a luta pela justeza de suas reivindicações salariais, desburocratizar procedimentos e resgatar autonomia da autarquia, entre outros prognósticos, foram traduzidas como indicadores do diálogo e de união pelo Amazonas, pela Amazônia Ocidental e pelo empenho de resgatar o crescimento, os empregos e a arrecadação do Estado. Esta é a síntese que ampara a boa acolhida e recomenda apoio irrestrito aos compromissos da nova gestora da Suframa. Por todas as manifestações dos associados, conselheiros e direção desta Entidade, portanto, o CIEAM saúda o nome, o posicionamento e o comprometimento da empresária e companheira Rebecca Garcia, que merece aqui um voto integral de confiança. A hora, pois, é de união, resgatando o sentido maior e melhor da política, que é a busca da ordem e da justiça na Polis, isto é, no tecido social, local, regional, nacional e continental, para assegurar presença deste modelo ZFM no contexto global. E quando se fala em união, entendemos que, neste momento, mais do que nunca, em nome do Amazonas, as diferenças precisam ser deixadas de lado. Sem ingenuidade, e sim com altruísmo inteligente que identifica na construção do crescimento a melhor vitrine da luta política, é hora de somar pela recuperação da Suframa, dos pressupostos legais, históricos, institucionais do modelo, resgatar seus acertos, diversificar e regionalizar seus benefícios e oportunidades. Isto significa dar uma resposta positiva ao Congresso Nacional na medida em que o modelo ZFM, com seus benefícios fiscais prorrogados, pode seguir gerando empregos em todo território nacional, ao longo de toda a cadeia produtiva que está presente na vida dos brasileiros, com preço justo e qualidade destacada. Afinal, a ZFM tem que ser a Zona Franca do Brasil, inserida no sumário da política industrial do país, com seus desdobramentos ambientais, científicos, tecnológicos e de inovação.

Instrumentos vitais


Nesse contexto, resgatar a Suframa significa dar ao Amazonas o protagonismo que lhe compete. Suframa e Governo do Estado, portanto, em nome da recomposição deste modelo, que é o maior acerto de redução das desigualdades regionais, podem chamar para si a condução deste movimento que é político, econômico, ambiental e de ciência, tecnologia e inovação. E qual é o orçamento para realizar o papel da Suframa em 2015, a fim de que se possa estabelecer ações imediatas de protagonismo? A primeira certeza é a de que não será necessário correr de pires na mão os corredores de Brasília. Nas contas da própria Suframa, facilmente podemos identificar mais de R$ 50 bilhões canalizados para a União nos últimos anos. Aqui não é um Paraíso Fiscal, como a mídia desavisada e a opinião pública distanciada costumam afirmar. Temos sido o Paraíso do Fisco, recolhendo para os cofres federais mais de 54% da riqueza aqui produzida. E é por isso que deter essa transformação perversa e desastrosa da ZFM em duto fiscal e financeiro para o Brasil Central é o maior desafio que precisamos ajudar a Rebecca Garcia enfrentar. Temos um mecanismo melhor para retribuir a renúncia fiscal para a redução das desigualdades regionais. Ajudar o Brasil é consolidar o modelo ZFM, dar-lhe competitividade com infraestrutura logística ágil, com taxas portuárias justas, e hidrovias, ferrovias, aerovias e rodovias integradas e adaptadas às demandas regionais. Suframa e Governos estaduais, as bancadas parlamentares, os prefeitos precisam aderir a essa visão holística, estratégica e de médio e longo prazo. Um pacto regional proposto pelo Amazonas em nome de toda a região e em favor do país. Os recursos aqui gerados podem e devem ser aqui aplicados, para alavancar o polo de tecnologia da comunicação e informação, o CT-PIM, o polo de biotecnologia com a definição do modelo de gestão do CBA, o polo gás-químico, para gerar o polo de fertilizantes, com o potássio do Baixo Amazonas, e abastecer as indústrias com insumos acessíveis e competitivos. De quebra, e com recursos, aqueles que a União tem confiscado, fica decretado o começo do fim dos buracos, de todos os buracos, se todos, efetivamente, quisermos, com a retenção dos recursos na Suframa, com o compromisso do governador José Melo de integrar essa caravana cívica, relacionada às crateras do Distrito Industrial, contando com a prefeitura de Manaus, legalmente responsável, e beneficiária dos impostos generosos que o município ali arrecada, juntos, saberão remover o constrangimento desta mazela. Quanto aos demais buracos, o convite da nova Superintendente e a disposição de todos, não deixam margem para dúvida. Buscar a via da discussão, do entendimento, do planejamento e do compromisso de deixar falar bem alto o Amazonas e a Amazônia que nos unem e descartar as eventuais diferenças que nos separam. Voltaremos a este tema, com alguns palpites de planejamento,

Flávio Dutra


Neste domingo, deixou-nos um grande companheiro. Um gaúcho que se fez amazônida, aqui fincou raízes, vestiu a camisa do modelo Zona Franca e hasteou todas as bandeiras de luta em sua defesa. Uma presença humana, excepcionalmente acolhedora, um abraço fraterno a cada encontro, com um aperto da alegria de reencontrar os irmãos de briga pela infraestrutura, adensamento, diversificação e interiorização do desenvolvimento, da prosperidade e das oportunidades. Mais recentemente, depois de dar sua contribuição na Fucapi, onde ajudou Isa Assef a adensar o caminho da inovação, Flavio assumiu a Coordenação das diversas frentes de atuação do Sistema FIEAM, acolhendo as demandas dos setores e serviços que a entidade oferece. Com Muni Lourenço, vibrando de empolgação, desembarcou na integração da indústria com o setor primário, consciente de que um polo de desenvolvimento tem que ser nutrido com qualidade e diversidade. Fica o exemplo, Flávio, e nossa sincera gratidão, um apreço especial, de sua presença carinhosa, de quem olha no olho e diz sem falar que estamos todos juntos nesta travessia em nome do crescimento inteligente, sustentável, e da prosperidade geral. Descanse em paz, irmão, amigo!!!!
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Esta Coluna é publicada às quartas, quintas e sextas-feiras, de responsabilidade do CIEAM. Editor responsável: Alfredo MR Lopes. cieam@cieam.com.br

Publicado no Jornal do Commercio do dia 28.10.2015

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