CIEAM | Centro da Indústria do Estado do Amazonas CIEAM | Centro da Indústria do Estado do Amazonas

Coluna do CIEAM

Palavra do Presidente do Cieam, Wilson Périco

  1. Principal
  2. Coluna do CIEAM

19/12/2014 15:57

Estamos terminando um ano de muitos desafios, alguns superados outros ainda a superar. Ano marcado por eventos que influenciaram diretamente nossas vidas e nossos negócios. Copa do Mundo, Eleições, Prorrogação do modelo ZFM...

Foram muitas as contribuições da Indústria para nossa região, além das contribuições para a UEA, os fundos de interiorização, gostaria de ressaltar 2 delas:

O Barco SAMAÚMA II que vem reforçar a educação itinerante na Amazônia, atendendo não só o Amazonas mas também Acre, Amapá, Rondônia, Roraima e Pará, com a qualificação técnica e melhoria da qualidade de vida da população, e ainda a Unidade SESI/SENAI em Parintins que poderá atender mais de 1200 alunos, na perspectiva mesmo de promoção das pessoas, especialmente os jovens.

Por outro lado, os resultados do Polo Industrial não foram bons, faturamento e geração de empregos abaixo das expectativas e piores que 2013. Ajustes econômicos são necessários e urgentes, por isso prevemos que 2015 e 2016 não serão anos fáceis, razão pela qual precisamos, sempre, estar atentos e preparados. Gostaria, nesse sentido de focar em 2 pontos:

1 – Prorrogação do modelo ZFM:

A prorrogação em si não nos garante de crescimento ou atração de investimentos. Prorrogação sem equacionamento dos gargalos de infraestrutura remete ao momento em que tivemos a escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo. O País se encheu de alegria; promessas de “legados” como mobilidade urbana, hospitais, aeroportos e portos... À exceção das Arenas e da alegria dos dias dos jogos, nada de legado nos foi deixado. Destacamos 7 (número cabalístico) desafios imprescindíveis para que essa prorrogação deixe de ser miragem e realmente permita continuar a trabalhar de forma competitiva assegurando o crescimento:

Logística


Precisamos de uma vez por todas acabar com os embaraços da nossa estrutura logística de transporte, onde perduram preços e prazos não competitivos sem solução para o problema da agilidade portuária para reduzir o tempo de acesso às mercadorias e o escoamento dos produtos de nosso Estado; e ainda essa cantilena sem fim da falta de ligação terrestre com o restante do país, pelo adiamento da recuperação da BR 319;

Energia Elétrica


Não podemos continuar convivendo com a péssima qualidade de distribuição de energia, variações e interrupções e o alto custo comprovadamente provocados pela falta de planejamento e transparência onde os problemas são debitados nas ligações clandestinas: se é este, efetivamente, o problema que o Poder Público o corrija e deixem de repassar os custos para quem paga suas contas rigorosamente em dia;

Comunicação


Continuamos pagando um preço muito alto por uma comunicação de voz e dados de baixa capacidade e qualidade e isso é um diferencial negativo quanto a competitividade, além de afastar investidores.

Suframa


Precisamos resgatar a representatividade e a autonomia administrativa da autarquia; se o PPB foi instituído para balizar a atividade do PIM é no CAS que ele deve ser discutido e debatido; e ainda, que os recursos da TSA sejam aplicados na Amazônia Ocidental e não utilizados para outros fins como item de ajuste ao superávit primário; preocupa-nos e muito a questão do sistema operacional da SUFRAMA, até então suportado pela FUCAPI e que agora foi assumido pelo SERPRO; outra preocupação é a inoperância do CAPDA, razão pela qual trabalharemos fortemente para resgatar os direitos que a legislação nos confere;

P&D


Precisamos garantir que os recursos aqui recolhidos sejam investidos em favor de nossa região; qualquer País sério faria uma revolução com o que se arrecada em P&D; nosso Estado pode fazer essa revolução; se enganam os que pensam não termos, as competências para utilização desses recursos. FUCAPI, UEA, UFAM, Fundação Paulo Feitosa, entre outras instituições, contam com capital intelectual e competências mais que suficientes para desenvolvermos qualquer projeto dentro das normas de utilização dos recursos de P&D.

Diversificação: precisamos tirar o nosso Estado da dependência que tem hoje do que se faz no PIM, precisamos desenvolver novas matrizes econômicas explorando todas suas potencialidades e distribuir a geração de riquezas e empregos; aqui os recursos P&D também tem um papel preponderante, sobretudo se pensarmos na aplicação desses recursos nos estados e municípios alcançados pela ação de uma Suframa resgatada em suas funções originais na legislação, mecanismo capaz de trazer para o nosso lado a bancada parlamentar federal da Amazônia Ocidental.

CBA


Precisamos de um centro com recursos de tecnologia e inovação para desenvolver essas novas competências e possibilidades e o CBA é instrumento fundamental para consolidar essas novas matrizes; Muitas são as possibilidades e oportunidades basta vontade política e fazer. A UEA, toda ela mantida com os recursos repassados pela indústria, é de suma importância para qualificar os recursos humanos e desenvolvermos novas alternativas econômicas e distribuir a geração de riquezas para todos os municípios amazonenses. Estou certo de que com a participação efetiva da FIEAM e do CIEAM no Conselho da nossa Universidade podemos contribuir, ainda mais, para o desenvolvimento desses novos caminhos.

2 – Tão importante quanto o item 1 é destacar que o momento, mais do que nunca, exige mobilização e cumplicidade operativa onde devemos estar focados nos objetivos prioritários do modelo. Essa mobilização alcança todas as entidades de classe – laboral e patronal – assim como todos os atores da classe política, empenhados na somatória de esforços para equacionar os embaraços e superar os novos desafios. No contexto deste embate, quero me dirigir ao companheiro Antonio Silva, pelas conquistas asseguradas, pelo carisma de mobilização e articulação, prestígio e acolhida nos escalões da indústria e da gestão federal, estamos convencidos de que assegurar sua recondução à presidência da FIEAM – ele que hoje ocupa também a 2ª Vice-Presidência da CNI – é mais que uma simples decisão de composição chapa, é o reconhecimento das empresas e entidades afiliadas, uma escolha do bom senso e discernimento, por sua representatividade no cenário industrial local e nacional. Estou certo, Antonio, de que seu excelente relacionamento com o novo ministro do Desenvolvimento Industria e Comércio, Armando Monteiro, ex-Presidente da CNI, é mais um caminho promissor para a ZFM. São razões, entre outras, que nos ajudarão, e muito, a atingir nossos propósitos.

As eleições já acabaram!!! Precisamos garantir que os interesses de nosso Estado e da sociedade estejam acima dos interesses individuais e partidários, por isso conclamamos todos: Deputados Federais, Senadores, Prefeito de Manaus e Governador, para trabalharmos juntos por um futuro melhor para cidade e para nosso Estado!!!

Feliz Natal, com muita PAZ, SAÚDE e um 2015 de muitas realizações a todos.

Esta Coluna é publicada às quartas, quintas e sextas-feiras, de responsabilidade do CIEAM. Trazendo hoje a Mensagem do Presidente Wilson Périco. 

Coluna do CIEAM Ver todos

Estudos Ver todos os estudos

Diálogos Amazônicos Ver todos

CIEAM | Centro da Indústria do Estado do Amazonas © 2023. CIEAM. Todos os direitos reservados.

Opera House