17/07/2024 08:46
“Comissões CIEAM de Logística e Competitividade recomendam a importância de uma abordagem estratégica de integração multioperacional e produtiva para desenvolver a Nova Indústria Brasileira, baseada na sustentabilidade e inovação”.
Anotações de Alfredo Lopes para a Coluna Follow-up - 16.08.2024
Com a sensibilidade e sabedoria de quem acompanha o dia a dia da economia da Amazônia, o professor Augusto Rocha alerta para os avanços e solavancos da indústria do Amazonas, destacando a importância da sustentabilidade florestal e convidando críticos a conhecerem a realidade deste conglomerado fabril. Uma indústria que cresce no coração da maior floresta tropical do planeta, descarbonizada, uma economia singular que, ao mesmo tempo, produz riqueza e protege a mata. Isso é feito sem a concorrência do recurso público.
Sustentabilidade Florestal
A indústria na Amazônia é vista como uma maneira de conservar a floresta, atribuindo-lhe função econômica e aproveitando seus bioativos de maneira sustentável. Seus programas prioritários de desenvolvimento de Bioeconomia e Tecnologia da Informação e Comunicação foram pensados para agregar inovação tecnológica numa Bioeconomia 4.0. E assim, resguardar o novo objetivo de integrar essa produção ao projeto industrial do Brasil, promovendo a Nova Indústria Brasileira.
Bioeconomia e Tecnologia da Informação e Comunicação
A indústria da Zona Franca de Manaus (ZFM) ganha atenção da Nova Indústria Brasileira por seu PIB industrial, com performance relevante e um programa historicamente aprovado em sua agregação tecnológica que registra investimentos significativos em semicondutores. Esses aportes estão chegando com duas iniciativas já avançadas no crivo da SUFRAMA, responsável pela gestão da contrapartida fiscal. São indicadores de reversão do declínio da indústria nacional.
Disparidade de Investimentos
O Plano Safra recebeu um investimento significativamente maior que o destinado à indústria, evidenciando a disparidade de prioridades entre os setores. Alfredo Lopes cita Graciliano Ramos, destacando que, apesar dos desafios, a floresta e sua indústria representam uma oportunidade inusitada e surpreendente de desenvolvimento tecnológico e econômico.
Investimentos em Educação e Descarbonização
O programa federal para inserir Mestres e Doutores na indústria alocará R$ 61 milhões para projetos, mas o valor é considerado insuficiente. Comparativamente, um convênio do Brasil com a Alemanha destinou R$ 136 milhões para projetos de descarbonização da indústria nacional. No Polo Industrial de Manaus, essa movimentação se repete. A nova gestão federal começa a enxergar os benefícios do desenvolvimento industrial regionalizado para potencializar estruturas produtivas existentes.
Indústrias do Futuro
A academia identifica a necessidade de desenvolver indústrias de drones e veículos autônomos em Manaus, além de ampliar iniciativas como a Lume Robotics. A construção de uma indústria do presente-futuro é fundamental, focando nas necessidades atuais e futuras, ao invés de olhar apenas para o passado.
Logística e Competitividade
A potencialização da indústria brasileira, a partir da performance da indústria regional florestal que responde por 30% da geração de riqueza no Norte do país, é uma necessidade fundamental que pode ser acelerada ampliando o que já existe. O professor Augusto Rocha, responsável pelas Comissões CIEAM de Logística e Competitividade, recomenda uma abordagem estratégica de integração multioperacional e produtiva para desenvolver a Nova Indústria Brasileira, baseada na sustentabilidade e inovação.
Fonte: BrasilAmazôniaAgora