14/08/2013 10:42
Verbas contingenciadas – Ainda em sua exposição, Thomaz Nogueira mencionou a recuperação e conservação do Calçadão, área de lazer da comunidade, ora completamente deteriorada pela falta de manutenção. E anunciou que a Suframa já definiu parceria com a Prefeitura Municipal de Manaus para disciplinar as atividades, com levantamento e readequação ao uso dos boxes comerciais, visando envolvimento também das empresas no planejamento e gestão. Questionado sobre a buraqueira do Distrito II, especificamente com relação à Rua Palmeira do Miriti, o Superintendente admitiu que essa área não foi contemplada nesse pacote de obras. E que é evidente a emergência de intervenção naquela área por ocasião da voçoroca que ali se encontra. Em outras palavras explica que os órgãos públicos não se eximiram de colaborar com as soluções para aquele problema, mas a obrigação legal é da Prefeitura. À parte a responsabilidade legal do Município, as adversidades climáticas e pluviométricas de sempre, e as restrições evidentes às reivindicações de recursos por parte do Município, retratadas em reportagens recentes, sugerimos que a mesma fonte de recursos do Distrito I – o Ministério do Desenvolvimento - seja invocada para equacionar o Distrito II. Afinal, o ministro Pimentel acaba de confirmar presença na reunião do Conselho da Suframa no dia 19. Cabe recebê-lo com a saudável lembrança de que o crédito das verbas contingenciadas continua pendente e que foi recolhido pelas empresas. São verbas absolutamente fora do Orçamento público.
Recursos de Pesquisa & Desenvolvimento – Além dos recursos recolhidos pelas empresas para dar suporte à Universidade do Estado do Amazonas que, se somados aos recursos do turismo e das cadeias produtivas dos municípios do interior, alcançam R$ 1 bilhão a cada ano, o Superintendente destacou ainda a retomada da discussão do uso e aplicação das verbas de Pesquisa & Desenvolvimento, e das medidas que serão tomadas para encontrar metodologia adequada para medir a qualidade das aplicações efetuadas e os reais benefícios diretos e indiretos a sociedade. Thomaz estimou em R$ 1,3 bilhão para desembaraçar e encontrar mecanismos para fomentar e integrar centros de CT&I no âmbito da Amazônia Ocidental, visando o desenvolvimento integral da região, com foco nas vocações regionais a partir do patrimônio genético, energético e de alimentos. E comentou que qualquer outro país com projetos e planejamento já teriam transformado esses recursos em programas de transformação social. Mauricio Loureiro, presidente do Conselho Superior da entidade, apontou que os recursos de P&D são natureza de contrapartida de renuncia fiscal, e que todo o processo envolvido precisa, obrigatoriamente, de celeridade, transparência e evidências do retorno a sociedade. Explica que esses recursos, à luz das demandas de inovação e agregação de valor aos itens produzidos na área de abrangência da ZFM, abrigam a possibilidade de desencadearmos, a diversificação e a regionalização dos empreendimentos aqui instalados.
Prorrogação – Depois de discorrer sobre expectativas, demandas e embaraços dos PPBs em análises, da abertura de novos concursos para contratação de novos técnicos para a autarquia, Thomaz abordou o momento em que se encontra o país para levar adiante a discussão da prorrogação dos Incentivos Fiscais da ZFM. Para ele, é preciso analisar calmamente a conjuntura. Ocorreram algumas audiências públicas para discutir o assunto. E o risco é que esse encaminhamento seja confundido com a discussão do ICMS. Na concepção geral o que se percebe é que a PEC deve ter parecer favorável dentro das comissões que a avaliam, mas no Congresso Nacional a temática da prorrogação deve ser melhor acompanhada pela bancada de parlamentares amazonense para que a questão do ICMS não sofra prejuízos.
À procura de talentos – Faltam profissionais em diversos setores da economia. E as empresas também precisam de gente especializada em caçar talentos e retê-los. Chegamos ao ponto em que faltam talentos para caçar talentos, daí a escassez de pessoal qualificado para identificar e contratar pessoal qualificado. Foi essa a origem da Junior Achievement, fundada nos Estados Unidos em 1919, a maior e mais antiga organização de educação prática em negócios, economia e empreendedorismo do mundo. Atualmente, atua em 120 países e, no Brasil, possui unidades em todos os Estados e no Distrito Federal. Trata-se de uma associação educativa sem fins lucrativos, mantida pela iniciativa privada, cujo objetivo é despertar o espírito empreendedor nos jovens, ainda na escola, estimulando o seu desenvolvimento pessoal, proporcionando uma visão clara do mundo dos negócios e facilitando o acesso ao mercado de trabalho. No Brasil, já foram 2,6 milhões de alunos beneficiados e 100 mil voluntários envolvidos.
Sinergia emergencial – É simples a equação que explica o sucesso da Junior Achievement. Trata-se de uma fórmula a um tempo antiga e eficaz: sinergia e dedicação de todas as partes envolvidas: empresas, escolas e alunos, tendo como principal vínculo entre eles os voluntários. O processo em todo o País é avaliado pela Junior Achievement Brasil, buscando a satisfação de todos e o máximo retorno do investimento, traduzido na qualidade de nossas ações e na quantidade de jovens atendidos. As atividades da Junior Achievement se desenvolvem através de programas educativos criteriosamente formulados, aplicados junto aos voluntários dispostos a compartilhar suas experiências e conhecimentos com estudantes de diferentes faixas etárias. Globalmente, 10 milhões de jovens ao ano participam dos programas da Junior Achievement, consolidando a formação de uma cultura empreendedora ao redor do mundo, dentro de uma perspectiva ética e responsável.
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Esta Coluna é publicada às quartas, quintas e sextas-feiras, de responsabilidade do Centro da Indústrria do Estado do Amazonas. Editor responsável: Alfredo MR Lopes. cieam@cieam.com.br