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Coluna do CIEAM

Enigmas pendentes

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12/11/2014 16:20

Enfim, o Diário Oficial da União desta segunda-feira (10) publicou a portaria 764 da Casa Civil da Presidência da República exonerando, a pedido, Thomaz Afonso Queiroz Nogueira do cargo de superintendente da Zona Franca de Manaus. A saída de Nogueira, fruto de ações obscuras e de manobras que envolveram os arautos da cizânia e do descredenciamento da autarquia, não pode ser ignorado em suas implicações e antecedentes. Ao reconhecer o compromisso da presidência da República, ele denunciou a conduta contrária dos gestores federais, confirmando tudo aquilo que tem sido anotado em relação ao desempenho da instituição. E isso precisa ser explicitado. O bombardeio em cima da rotina administrativa da Suframa contou, ainda, com parcelas da representação parlamentar, do Ministério Público e do boicote sistemático a todas as ações de defesa, consolidação e autonomia local para gerir a economia da Zona Franca de Manaus. É inaceitável que conflitos de ordem política que separa interesses de grupos partidários atinjam de morte um modelo que há quase meio século, mesmo com a fachada de paraíso fiscal, cumpra o papel de paraíso da compulsão arrecadatória. O processo de demissão de Nogueira apenas traz à tona um volume razoável de embaraços: como o embargo de gaveta do PPB, licenciamento do processo produtivo que autoriza a produção e a fruição dos incentivos, o descaso com a aplicação das verbas de P&D – o CAPDA, que gerencia essas verbas, R$ 1,3 bilhão em 2013, não se reúne há mais de um ano. A lista é enorme e inclui incursões em Manaus, por parte do ministério do Desenvolvimento, à revelia da Suframa, para definir o modelo de gestão do CBA, ou seja, mais um processo de embromação deste desacato crônico em torno de um polo, o mais adequado para as vocações de bionegócios da região. Um modelo financiado pelas verbas pagas pelas empresas sob a rubrica das TSAs, as taxas da Suframa. É bem verdade que biotecnologia não é objeto de gestão da Suframa, mas é com a autarquia que foi gerada essa promissora alternativa de negócios.

Apelo dramático


A lista de descasos, “assuntos pendentes”, é imensa e não para de crescer. Alguns assuntos, provavelmente, escaparão às prioridades do levantamento, até porque extrapolam as atribuições legais da autarquia, como incluir Manaus no Programa Nacional de Banda Larga, tirar do papel o item balizamento e dragagem das hidrovias. Mas há outros que seriam alvo de seminários técnicos de conteúdo analítico e ilustrativo de encaminhamentos efetivos, como a revisão dos critérios de aplicação das verbas de P&D. A primeira iniciativa do superintendente interino, Gustavo Igrejas, foi reunir-se com todos os superintendentes-adjuntos e coordenadores-gerais da autarquia para executar um levantamento minucioso sobre a situação de cada setor. O item mais relevante, porém, é viabilizar a recuperação institucional e os atributos legais/constitucionais da Suframa. E tomara seja este o resultado final do apelo dramático do novo titular: “Vamos buscar respostas para tudo o que for urgente e deixar a máquina administrativa funcionando com total eficácia e eficiência para qualquer um que venha a assumi-la. Estamos vivendo um momento histórico na Suframa, em que se discute seu papel nos próximos 50 anos da Zona Franca de Manaus, e não vamos deixar este momento passar em branco”.

Perna manca


Na revisão de Gustavo, caberia incluir um estudo mais aprofundado das dificuldades da economia local, sobretudo na identificação dos gargalos de competitividade, para explicitar as razões pelas quais a autarquia deixou de cumprir seu papel de gestora do projeto ZFM, tanto industrial, como comercial e agroindustrial. E aí poder entender, eventualmente, uma das pilastras que sustentam o modelo ZFM, o polo de duas rodas, atravessa tantas dificuldades. Aqui, uma das apostas mais sólidas e mais antigas do polo industrial, ao lado da produção de televisores e demais itens do mundo da eletrônica, começa a apresentar sintomas de encolhimento. A produção de motocicletas atingiu 144.596 unidades em outubro, queda de 16,3% sobre as 172 826 motos fabricadas em outubro de 2013, mas uma alta de 13,1%, ante setembro, quando foram produzidos 127.813 veículos, de acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). No acumulado do ano até outubro, a produção de motocicletas atingiu 1,307 milhão de unidades, baixa de 9% sobre as 1,436 milhão de motos fabricadas entre janeiro e outubro de 2013. A fabricação nacional de motocicletas é majoritariamente concentrada no Polo Industrial de Manaus (PIM) e está entre as cinco maiores do mundo. No segmento de bicicletas, o Brasil se encontra na terceira posição entre os principais produtores mundiais. No total, o Setor de Duas Rodas gera em suas indústrias cerca de 20 mil empregos diretos.

A Luz de Shinyashiki


Uma palestra pra lá de motivacional! Dessa vez, com Roberto Shinyashiki, um dos campeões de público do Encontro com Notáveis, teremos a psicóloga Ana Da Luz Monteiro, responsável pelo programa de qualificação e motivação pessoal do CIEAM, há 15 anos, a convite do festejado conferencista, para integrar o conjunto de depoimentos sobre a relação de pessoas no cotidiano do trabalho. Seu tema é muito singular e valioso: “Atitudes Essenciais para Carreiras Vitoriosas, aquilo que não está nos livros e que emerge de toda uma experiência de vida, das descobertas, da partilha, do caminhar e trocar soluções e proposições de crescimento integral. Ana é gestora de recursos humanos em grandes corporações, instituições financeiras e do país e do exterior. Nas Atitudes Essenciais, ela se permitiu falar de duas para não quebrar a expectativa das demais. Uma carreira vitoriosa precisa mais do que uma escolaridade adequada e dedicação intensiva ao trabalho. Essas atitudes são universais mas não são as essencialmente definitivas. Para Ana Da Luz é essencial a atitude impulsionadora – aquela que propicia saltos no desempenho, e que permite ao indivíduo ir além. Over delivery, isto é, entregar mais do que recebeu ou do que foi combinado. Essa atitude se agrega a outra, a do solucionador profissional, aquele que diante dos obstáculos, em lugar de reclamar, ou de apontar para outro em busca de responsáveis ou mesmo de adotar a chamada “cara de paisagem”, do imobilismo omisso, é capaz de criar e efetivar soluções, dar respostas, diluir conflitos, apontar novos caminhos e posturas. Este é o abecedário criativo e proativo de Ana, a Luz convocada por Roberto Shinyashiki.

Lições do Rock ‘n’ Roll

O que tem a ver uma pegada de Rock com o mundo corporativo. Esta é a grande sacada de Roberto Shinyashiki e sua banda na apresentação, desta quinta-feira, em mais um Encontro com Notáveis, após a palestra de abertura de Ana Da Luz Monteiro. Aplicar lições de sucesso do Rock ‘n’ Roll no mundo corporativo para motivar o espírito de equipe e o comprometimento dos colaboradores, a fim de alcançar as metas de uma empresa. O método nada convencional criado e apresentado por Roberto Shinyashiki para a palestra “Lições do Rock para a Vida Corporativa” foi uma alternativa encontrada para aumentar a autoestima dos profissionais e despertar a paixão por resultados e metas dentro da empresa onde eles trabalham. “Hoje em dia, percebo que o mundo empresarial precisa descobrir novas maneiras de tocar o coração de seus profissionais para que eles incendeiem, fiquem cada vez mais motivados, criativos e, principalmente, comprometidos. Pensando nisso, idealizei uma palestra com influência nas lições do Rock ‘n’ Roll”. Ainda de acordo com Shinyashiki, toda empresa deve cuidar bem da sua equipe e dar força e energia para seus colaboradores trabalharem juntos. “A união entre todos é fundamental para que os desafios sejam superados. As lições do Rock ‘n’ Roll são lições muito poderosas. Depois da palestra eu e minha banda fazemos um grande show, que é como tem que ser todo dia na sua empresa, com paixão pelas metas e garra para alcançar os resultados. Afinal, o show não pode parar!”.
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Esta Coluna é publicada às quartas, quintas e sextas-feiras, de responsabilidade do CIEAM. Editor responsável: Alfredo MR Lopes. cieam@cieam.com.br

Publicado no Jornal do Commercio do dia 12.11.2014

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