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Embrapa 50 anos e a bioeconomia sustentável da Amazônia

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04/05/2023 09:26

A ABRACICLO acompanha e apoia a iniciativa Diálogos Amazônicos da Fundação Getúlio Vargas – FGV, que reúne profissionais de alto nível científico, lideranças acadêmicas, entidades de classe do setor privado e gestores públicos relacionados à defesa da bioeconomia, entre as alternativas do desenvolvimento socioeconômico e ambiental da Amazônia, nos parâmetros sagrados da sustentabilidade, sua proteção florestal e prosperidade social.

Paulo Takeuchi (*)

Celebrar os 50 anos da Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, ocorrido no último dia 26, nos enche a todos de orgulho e de confiança no Brasil. E a razão é a convicção unânime de que o desenvolvimento regional e sustentável da Amazônia ocorrerá em proporção direta às apostas de investimentos em Ciência, Tecnologia e Inovação. As empresas associadas à ABRACICLO – Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares, são testemunhas disso. Nossa performance fabril se converte em investimentos diretos em C&T&I e será, sempre, sua maior garantia de evolução, eficiência e sustentabilidade.

Celebrar o cinquentenário da Embrapa, abraçar a iniciativa que ela sinaliza e os resultados que apresenta, significa destacar uma decisão política e administrativa para valer, fazer acontecer, assim como o programa Zona Franca de Manaus – ZFM, que deu certo e trouxe excelentes resultados para a região e para o país. Os dois exemplos demonstram que as questões vitais danação precisam ser abraçadas, ou seja, avaliadas como desafio de antecipação das grandes utopias. Afinal, utopia nada mais é do que um grande e belo projeto que precisa sair do papel e para o canteiro de plantações e obras. Há cinquenta anos, o Brasil importava alimentos, e isso sinalizava constrangimento de país do Terceiro Mundo. Hoje, com tecnologia, sol, água e, sobretudo, Embrapa, que nos envaidece e equilibra a balança comercial do Brasil, somos um dos maiores exportadores de alimentos e damos suporte diretamente a 23 países pelo mundo afora com assistência tecnológica da Embrapa.

Entre outras boas notícias, estão alguns dados intimamente relacionados à Bioeconomia da Amazônia, um consenso nacional a ser adotado como diversificação – não substituição -, adensamento e interiorização do desenvolvimento econômico propiciado pelo Polo Industrial de Manaus – PIM. Os dados a que nos referimos são os recursos genéticos.

A Embrapa, desde seus primórdios, se propôs a construir um Banco Genético –hoje, o maior da América Latina e o quinto maior do planeta. Foi assim que fez evoluir a biotecnologia no campo, gerando riqueza agropecuária sem precedentes. Isso só foi possível com o controle de pragas e biossegurança. E muito desse acervo, imensurável do ponto de vista de seus benefícios e valor, é originário da Amazônia, onde a Embrapa tem 9 unidades.

Há dois anos, uma expedição científica da Embrapa percorreu 6 mil km de rios – a Amazônia registra 20 mil km de vias fluviais – coletando na bacia hidrográfica micro-organismos para a indústria alimentícia, farmacêutica, de defensivos agrícolas, papeleira, corantes naturais… – um verdadeiro tesouro biológico que, submetido a pesquisas avançadas, vão gerar soluções diversas para problemas da humanidade e para os ativos da prosperidade. Este inestimável patrimônio supõe abraços incessantes de parcerias público privadas para saltar da biotecnologia do agronegócio para a bioeconomia da prosperidade sustentável da Amazônia.

A ABRACICLO acompanha e apoia a iniciativa Diálogos Amazônicos da Fundação Getúlio Vargas, que reúne profissionais de alto nível científico, lideranças acadêmicas, entidades de classe do setor privado e gestores públicos relacionados à defesa da bioeconomia, como uma das alternativas do desenvolvimento socioeconômico e ambiental da Amazônia, nos parâmetros sagrados da sustentabilidade, sua proteção florestal e prosperidade social. Os Diálogos têm por objetivo debater estudos, análises, condições e vocações de negócios e oportunidades para a região. Este apoio é, sem dúvidas, um dos papéis mais relevantes de uma entidade que congrega as empresas do polo de Duas Rodas, que atuam na Amazônia gerando emprego, renda e oportunidades, com o compromisso de participar do mutirão amazônico e nacional de proteção da floresta.

(*) Paulo é engenheiro e diretor executivo da ABRACICLO

Fonte: Jornal do Commercio

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