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CIEAM, a luta continua!

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26/06/2015 14:35

Encerrado o processo eleitoral que reconduziu a atual direção do Centro da Indústria do Estado do Amazonas, o presidente da entidade Wilson Périco, repetiu o mote dos antigos movimentos da luta pela Democracia: a luta continua. “Temos muito a relatar, outro tanto a agradecer pela equipe de gestão, os colaboradores e associados que acreditam nesta plataforma de resistência pelo modelo ZFM, sua diversificação, reconhecimento e autonomia, comprometida com a criação de NOVAS MATRIZES ECONÔMICAS. Os dias são difíceis, o sentido mais amplo da greve a simbolizar o descaso federal com um modelo tão generoso com os cofres da União. Tudo isso nos motiva a renovar esforços, redobrar parcerias, divulgar na mídia local e nacional nosso direito ao trabalho, às condições de infraestrutura para tanto, uma contrapartida justa para quem devolve 54,42% da riqueza aqui produzida, em troca da renúncia fiscal. O gigante não acordou, como sonhávamos em 2013. Estamos passivos e é preciso voltar às ruas para recuperar a confiança no Brasil e nas instituições”. Para Maurício Loureiro, presidente do Conselho Superior do CIEAM, é preciso manter a guarda erguida e as armas da informação em punho. “As indústrias contribuíram com R$ 1,4 bilhão em 2014, com os fundos estaduais, de UEA, FMPES, FTI e PSDH. É um volume generoso cuja destinação legal é clara, entretanto, alguns de seus Conselhos de acompanhamento devem satisfação à sociedade sobre seu funcionamento, balanço e resultados, notadamente no FTI, quase um bilhão de reais, que precisa ser acompanhado em seus objetivos e resultados.

ACA - 144 anos, uma História maiúscula


Num momento em que a História do Amazonas nos obriga a uma reflexão profunda e urgente para detalharmos o futuro que queremos e o caminho a trilhar, precisamos render tributos e registrar agradecimentos às lições e testemunhos de luta obstinada da Associação Comercial do Amazonas, 144 anos, retomada, nesta quarta-feira, pela Assembleia Legislativa. Uma História que, praticamente, coincide com os primeiros passos da elevação do Amazonas à categoria de província, nosso ensaio de autonomia que precisamos visitar todos os dias. A celebração da ACA equivale a um paradigma para a compreensão da hora presente e convite a costurar, a partir daí, e com especiais cuidados, a trama de nosso amanhã. ACA, uma vetusta e sábia senhora, a entidade da qual as demais eclodiram e que, por isso mesmo, é preciso reverenciar, homenagear sua presença, destacar seu papel e conspirar, fraternalmente, na direção de seu resgate institucional. Vida longa à ACA, a Ismael Becharra, Mário Guerreiro, Gaitano Antonaccio, Phellipe Daou, Cosme Ferreira, Emílio Moreira, Miranda Leão, Guilherme Moreira, José Azevedo, Edgar Monteiro de Paula, Petronio Pinheiro, Antônio Simões, Belmiro Vianez, pai e filho, presentes, entre tantos, que construíram a rotina diária da vida econômica e social do Amazonas, cumprindo um papel estratégico e de fomento das atividades que desembarcaram no ciclo de pujança que perdurou no Amazonas até a segunda década do século XX, quando entrou no mercado internacional a borracha produzida racionalmente pelos ingleses em seus domínios asiáticos. No fausto que as folias do látex produziram e na penúria que se seguiu a seu esvaziamento, ali estava a Associação Comercial do Amazonas, promovendo os interesses das forças produtivas e a comercialização de seus produtos, criando soluções, cobrando a contrapartida do poder público. Em suma, uma entidade permanentemente empenhada em fazer girar a roda da economia.

Os avanços da UEA


Há dois anos apostamos em aproximar academia e economia. Entre os resultados, além da parceria tecnológica firmada entre a UEA, Samsung, Honda da Amazônia, pioneira no polo industrial, foi superada a escassez de professores na área de engenharia e tecnologia, onde a sociedade só tem a ganhar com essa interação promissora. De quebra, essa interatividade vai atuar no enfrentamento da competitividade capenga, o pecado capital da indústria local, carente de infraestrutura, desoneração burocrática e, especialmente, de mão-de-obra qualificada para disputar espaço no mercado global. É inquietante constatar que o Brasil, ZFM inclusa, entrou em tendência decrescente nos indicadores internacionais de educação, competitividade e inovação. A Embraer migrou parte de sua planta industrial para os Estados Unidos, empurrada pela pesada carga tributária e escassez de mão-de-obra qualificada. E no âmbito educacional, a carência maior se dá no ensino dos números, daí a ojeriza nacional à Matemática e a consequente fragilidade cientifica e tecnológica do país. Por isso, a UEA é a melhor notícia da ZFM. A certeza de uma união fecunda entre pesquisa e desenvolvimento, objetos do acordo de cooperação e intercâmbio científico e tecnológico com inúmeros companheiros dessa viagem da transformação.

A greve, os danos


O presidente da FCDL, a federação das entidades lojistas do Estado, Ralph Assayag, foi enfático: "São 500 colaboradores demitidos no comércio do Amazonas, que amarga prejuízos estimados em R$ 70 milhões. As perdas são decorrentes da greve deflagrada pelos servidores da Suframa, há mais de um mês parados e sem perspectiva de solução. Já falamos com o governador, deputados, e não há perspectiva de solução. São 1300 carretas com prejuízos diários de R$ 300 milhões para o setor produtivo". Para o segmento varejista de supermercados, faltam 200 itens nas prateleiras, número que pode chegar a 1,5 mil nos próximos 15 dias.
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Esta Coluna é publicada às quartas, quintas e sextas-feiras, de responsabilidade do CIEAM. Editor responsável: Alfredo MR Lopes. cieam@cieam.com.br

Publicado no Jornal do Commercio do dia 26.06.2015

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