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CIEAM: a agenda ESG, a bioeconomia e a descarbonização da indústria na ZFM

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14/07/2023 11:43

“E foi na porta do INPA que o CIEAM foi bater para buscar o conhecimento dos impactos provocados pela indústria no meio ambiente amazônico. Como resultado, já podemos dar a boa notícia de que é possível demonstrar por A+B que as empresas industriais da ZFM ja podem preparar sua certificação de descarbonização climática.”

Por Alfredo Lopes

Alfredo Lopes é filósofo, consultor do CIEAM e editor-geral do portal BrasilAmazoniaAgora

Às vésperas de seus 44 anos, e movimentado por um Conselho com destacada presença de mulheres, e um presidente reeleito, o CIEAM – Centro da Indústria do Estado do Amazonas tem muito a celebrar e miríades de desafios a enfrentar. Anda bem. Isso traduz uma jornada em incessante movimento e intensa vibração por conta da vitalidade institucional que representa.

Um dos eixos dessa embarcação multifuncional e de interação transversal são as Comissões Setoriais, formadas por afinidades e interesses corporativos, seleção de prioridades e identificação de necessidades e um só pressuposto: unidos somos fortes e imbatíveis. Hoje falaremos da Comissão ESG (Environmental, Social and Governance), um time vibrante em busca por práticas sustentáveis e responsáveis, fundada numa agenda obrigatória e inadiável para as empresas que desejam manter negócios saudáveis e competitivos.

Não por coincidência, essa Comissão surge, exatamente, num programa de trabalho voluntário e mobilização solidária a partir dos compromissos humanitários que reuniu, na Ação Social Integrada das entidades do setor produtivo e laboral, atores públicos, profissionais liberais, colaboradores, prestadores de serviços, em suma, todos os que se dedicaram a ajudar pessoas, os servidores da saúde e a população alcançada pela vulnerabilidade social, e manter funcionando a base econômica do amparo social.

A Agenda ESG (Environmental, Social and Governance) tem avançado nas iniciativas que confirmam a responsabilidade socioambiental das empresas do Polo Industrial de Manaus na proteção florestal, historicamente relacionada à conservação do bioma florestal pelo fato de propiciar meio milhão de postos de trabalho. E, assim, indiretamente, impedir que essa população avance sobre a mata, transformando-a em mecanismo de sobrevivência coletiva. Essa conduta, porém, não destaca ações mais efetivas do setor produtivo, como, por exemplo, a manutenção integral da Universidade do Estado do Amazonas, presente em todos os municípios do Amazonas, qualificando as gerações de acadêmicos na perspectiva da realização profissional.

A indústria de Manaus, neste mesmo paradigma, no total, repassa R$4 bilhões, a cada ano, para o desenvolvimento sustentável, visando a interiorização do desenvolvimento e a atribuição de uma finalidade econômica ao propósito da proteção florestal. O fomento ao turismo e a outras cadeias produtivas não predatórias estão na base, também, de programas setoriais, como o programa prioritário de Bioeconomia da Suframa, administrado pelo IDESAM, uma entidade não-governamental que fomenta a disseminação de empreendimentos por toda a Amazônia. Proteger a floresta é espalhar arranjos produtivos sustentáveis para gerar renda e oportunidades ao tecido social. Este, também, é o modo ESG da indústria em movimento.

Essa prática é orientada por normas, premissas e exigências da sustentabilidade em seu sentido amplo. Isso assegura as as melhores práticas do desenvolvimento inteligente que preserva os serviços ecossistêmicos, gera empregos e renda de forma justa, valorizando a cultura e tradição local. A bioeconomia amazônica, eixo biótico do programa. deve ser o fio condutor das estratégias competitivas das organizações envolvidas, visando o longo prazo, a geração de oportunidades econômicas e o fomento das cadeias produtivas da sociobiodiversidade.

Ficamos décadas a debater e planejar essas iniciativas. Hoje eles estão brotando, crescendo e se desenvolvendo a partir do polo industrial de Manaus, o provedor dos recursos materiais e financeiros. Sem eles, os recursos naturais presentes na Amazônia seriam apenas recursos naturais, cantados e decantados em verso, prosa e narrativas. Hoje um novo tempo está começando. Esses recursos naturais, que oferecem um enorme potencial de negócios, ganham recursos financeiros , no caso do PPBio, o Programa Prioritário de Bioeconomia, da própria indústria que decide investir suas verbas de P&D na região, alcançando desde os pequenos empreendedores até as grandes empresas.

Mas a Agenda da Comissão ESG não se envolve, apenas, com a expansão da Bioeconomia como efeito demonstrativo dos avanços socioambientais do Polo Industrial de Manaus. Desde seus primórdios, a indústria procurou a companhia da academia, sempre atenta à pesquisa, por exemplo, do INPA, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, 70 anos de investigação científica na floresta, consolidado como o maior centro mundial de pesquisa tropical. E foi na porta do INPA que o CIEAM foi bater para buscar o conhecimento dos impactos provocados pela indústria no meio ambiente amazônico. Como resultado, já podemos dar a boa notícia de que é possível demonstrar por A+B que as empresas industriais da ZFM ja podem preparar sua certificação de descarbonização climática.

Tudo isso, baseado na Dinâmica do Carbono, um estudo robusto que teve a liderança do cientista Niro Higuchi e que mobilizou 32 universidades e/ou Centro de Pesquisas do clima ao redor do mundo. Entre outros incontáveis benefícios, a partir de então, que descrevem a contribuição da floresta amazônica para o combate ao aquecimento global, a atividade do polo industrial de Manaus já pode ser, cientificamente, equilibrada do ponto de vista de sua performance de descarbonização. Voltaremos

Fonte: BrasilAmazôniaAgora


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