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CIEAM 44 anos, a energia limpa dos bons propósitos

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11/08/2023 12:17

“De quebra, CIEAM 44 anos depois, é a certeza de que é possível gerar a energia limpa e contagiante dos bons propósitos que, por serem comuns, são efetivos na construção de um futuro mais justo e mais próspero que já começou”.

Por Alfredo Lopes
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Uma festa para ficar na história e avançar na direção da diversificação, adensamento e interiorização da economia e fortalecimento de seus parâmetros socioambientais do Polo Industrial e da Zona Franca de Manaus. Uma reafirmação e atualização dos compromissos dos fundadores, representados no Memorial dos Presidente da entidade, suas experiências e batalhas para afirmar direitos e expandir oportunidades. A partir deste 10 de Agosto de 2023, as pessoas que quiserem navegar pela história dos pioneiros da Zona Franca de Manaus e seus estandartes de luta, já podem visitar o CIEAM e revisitar sua memória, o melhor jeito de compreender o presente e planejar o amanhã. Em breve, uma publicação sobre a Trajetória do CIEAM, com Augusto Rocha e Alfredo Lopes

A celebração foi concorrida. Atores do passado, que já cumpriram suas missões e propósitos, mas conseguiram convencer, com o próprio testemunho, que seus descendentes seguissem na frente de batalha. Um dos primeiros presidentes, Francisco Garcia Rodrigues, um dos primeiros gestores do CIEAM, deu sequência à jornada corporativa através de Rebecca Garcia, na Comissões de Assuntos Legislativos.

Ele recordou a Conferência da ONU no Rio de Janeiro, em 1992, quando a Amazônia e supostas queimadas foram responsabilizadas pelo aquecimento global. As acusações escondiam as tentativas dos países poluidores em arranjar um bode expiatório. Garcia destacou a figura de Gilberto Mestrinho, um líder defensor da economia e de sua interiorização. Um líder que governava com as entidades de todas as classes sociais, sempre atento a zelar pelo desenvolvimento como política social pra valer.

O fundador do CIEAM, Mário Guerreiro, aos 103 anos, foi representado por seu filho Sebastião Guerreiro, que contou um pouco da jornada inovadora de defesa da economia diretamente relacionada ao tecido social. A agroindústria da juta e da malva, fibras vegetais importantes na cadeia produtiva, compatibilizaram o setor primário com o comércio e a indústria, numa integração que precisa ser revisitada. Resgatar a memória significa, também, entender a resiliência de uma socialidade tecnologicamente primitiva, com dificuldades de toda ordem.

Os Monteiro de Paula, filhos de Edgard Monteiro de Paulo, fundador de primeira hora do Centro da Indústria, trouxeram informações preciosas para as novas gerações compreenderem porque o Amazonas, entre os estados, é aquele mais afeiçoado ao conhecimento que inaugura o espírito da modernidade. Nos anos 70, energia solar e éolica eram usadas nos inventos do seo Edgard. Foi ele que trouxe a montadora Jeep para Manaus, onde as primeiras unidades desse veículo icônico foi montado anos a fio. As modalidades esportivas que renderam medalhas de ouro ao Estado foram trazidas por seo Edgard.

No depoimento do presidente Iuquio Ashibe a lembrança da presença nipônica na história do Polo Industrial de Manaus, suas empresas, nossas parcerias, nossa identidade ancestral. Hoje, conselheiro honorário do CIEAM, Iuquio é um dos mais ativos colaboradores da entidade na visita aos associados. Juntamente com Lúcio Flávio, o presidente executivo, toda semana é dia de visitar associados. Existe melhor maneira de estreitar conhecimento, fortalecer relacionamentos e partilhar a luta?

Na mesma linha, o depoimento do empresário Nelson Azevedo, ex-gestor da MotoHonda da Amazônia e um pregador insistente da unidade que agrega diversidades de opiniões e interesses para o fortalecimento institucional da Zona Franca de Manaus. Uma tarde noite para nunca esquecer. O depoimento de Daniel Feder, lido por Isper Ibrahim, comoveu a todos pelas recordações das amizades como fator de aproximação entre empreendedores desembarcados e os atores locais. O depoimento singelo, objetivo e aglutinador de Maurício Loureiro, muito aplaudido, sinalizou o peso de sua passagem e sua presença marcante na gestão da entidade. O Sr. Bruno Caloi, um pioneiro no setor de Duas Rodas, foi lembrado e aplaudido pelo entusiasmo e gratidão que seu nome simboliza.

Wilson Périco, na impossibilidade de seu comparecimento, gravou um vídeo de felicitações, agradecimentos e votos de novas conquistas para a entidade que dirigiu por mais de uma década. A família de Fernando Bonfim se fez presente e em seu pronunciamento destacou a dedicação e o compromisso do presidente com o Amazonas e com a Amazônia. No desfecho, Régia Moreira, Cláudio Barrela, Armando Ennes, Rildo Silva, Genesse Freire, Jeanete Portela, deram a seu modo e com seu charme o recado da energia que move a comunhão construtiva. Rogério Amado, que havia confirmado presença, teve que ser internado por um desconforto de saúde.

O presidente do Conselho, Luiz Augusto Barreto Rocha, não conseguia disfarçar a emoção que o evento lhe impôs. Todos foram unânimes em destacar sua iniciativa de homenagear os presidentes com o retrato de todos eles no Memorial CIEAM ali inaugurado. E não apenas isso: com a pandemia da Covid ele liderou um movimento interinstitucional de sobrevivência das pessoas e da economia. No leme de uma entidade que escolheu crescer para atender seus associados com serviços e suportes preciosos, e agregar valor, energia e obstinação pelo fortalecimento do Programa Zona Franca de Manaus, Luiz foi incansável.

A celebração dos 44 anos da entidade, retomada em algumas horas de muita satisfação, ficou registrada no semblante de todos, a certeza de que, juntos, todos são capazes de fazer história em favor das pessoas e da região. Uma celebração da vida, que poderia ser bem melhor, e será. De quebra, CIEAM 44 anos depois, é a certeza de que é possível gerar a energia limpa e contagiante dos bons propósitos que, por serem comuns, são efetivos na construção de um futuro mais justo e mais próspero que já começou.

Fonte: BrasilAmazôniaAgora

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