10/07/2014 10:07
Quase parando...
A empresa contratada para recuperar as vias do Distrito está com seu cronograma físico e financeiro comprometido. Já são passados quase dois anos da assinatura do Convênio celebrado entre a Suframa e o Estado, com o aval da Prefeitura, a quem compete diretamente a manutenção viária. Passado todo este tempo menos de 25% do valor conveniado foi repassado ao Estado, que ora utiliza recursos próprios para que a empresa responsável execute drenagem e outras tarefas viáveis e adequadas para não desmobilizar os recursos humanos e de equipamentos envolvidos. Cabe lembrar que o projeto atende apenas as vias do Distrito I, mas não preenche as expectativas de recomposição geral da paisagem e dos estragos crônicos que se foram acumulando. O cenário do Distrito II é simplesmente aterrador em alguns trechos, com intersecções simplesmente intransitáveis. E não há promessa nem movimentação para enfrentar objetivamente o agravamento da encrenca. A quem recorrer se, doravante, nada de objetivo pode ser feito pela interdição da legislação eleitoral.
Debate emergencial
Neste último fim-de-semana começou, oficialmente, a campanha eleitoral, um exercício precioso e oportuno para debater novos caminhos e descaminhos da economia e de seus reflexos na vida social. Afinal, toda a montagem histórica de criação e implantação da ZFM se dá – na estratégia de redução das desigualdades regionais – na perspectiva de promover a melhoria da qualidade de vida das pessoas, aumentar e assegurar os Índices de Desenvolvimento Humano dos grupamentos sociais e equilibra, objetivamente, os indicadores regionais e redução das disparidades regionais entre a economia urbana e a condição de vida das populações ribeirinhas. É constrangedor para a reputação e imagem das empresas aqui instaladas empreenderem num estado onde despontam 11 municípios entre os 50 derradeiros em IDH em todo o país. É óbvio que não compete às empresas responder por essa paisagem, sobretudo no caso do modelo ZFM – que tem imagem de paraíso fiscal quando na verdade é o paraíso do fisco, como dizia o respeitável professor Samuel Benchimol, estudioso impar da economia regional. As empresas repassam mais de R$ 2,5 bi/ano para interiorizar o desenvolvimento, qualificação dos jovens no ensino superior e para a pesquisa e desenvolvimento. Esse é um item inadiável para debater com a classe politica e dela exigir o resgate de fortalecimento institucional da Suframa, o órgão responsável historicamente pelo reconhecido acerto deste modelo de desenvolvimento.
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Esta Coluna é publicada às quartas, quintas e sextas-feiras, de responsabilidade do CIEAM. Editor responsável: Alfredo MR Lopes. cieam@cieam.com.br
Publicado no Jornal do Commercio do dia 10.07.2014