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“Em 2023, a BDS consolidou seu Núcleo de Projetos de Defesa e Segurança, fortalecendo sua capacidade de desenvolver soluções tecnológicas avançadas. Este núcleo é responsável pela criação de produtos estratégicos de defesa, como conjuntos operacionais e camuflados, que atendem às rigorosas exigências das Forças Armadas brasileiras”.
Por Alfredo Lopes e Luiz Augusto Barreto Rocha - Coluna Follow-up 11.07.2024
Fundada em 1988 na Zona Franca de Manaus, a BDS (Brasília Defense & Security) alcançou um novo patamar em 2023, consolidando-se como a segunda maior fabricante de roupas profissionais do Brasil. A empresa lidera o mercado nas regiões Norte e Nordeste há mais de uma década. Em 2019, a BDS fez história ao se tornar a primeira Empresa Estratégica de Defesa (EED) brasileira no segmento de confecção. A partir de 2020, a BDS destacou-se como pioneira no fornecimento por Termo de Licitação Especial (TLE) para a Marinha e o Exército brasileiros. Com a certificação ISO 9001:2019, a trajetória da BDS reflete um compromisso contínuo com a excelência, inovação e liderança no mercado de vestuário profissional.
Lei de Defesa 12.598/2012 e a Tríplice Hélice
A BDS representa um caso exemplar do impacto positivo proporcionado pela Lei de Defesa nº 12.598/2012, que tem como objetivo fortalecer a Base Industrial de Defesa (BID) e promover a inovação tecnológica. Situada no coração da maior floresta tropical do planeta, a Amazônia, a BDS aproveita a singularidade de sua localização para integrar sustentabilidade e inovação em suas operações. A empresa adota o modelo da Tríplice Hélice, que envolve uma estreita colaboração entre governo, indústria e centros de pesquisa. Este modelo colaborativo permite à BDS desenvolver tecnologias de ponta e soluções estratégicas que atendem às rigorosas exigências de defesa nacional, ao mesmo tempo em que respeitam e preservam o meio ambiente amazônico. A BDS, como indústria diferenciada na Amazônia, contribui para sua proteção e também demonstra como a inovação pode ser aliada da sustentabilidade, criando produtos que são tecnologicamente avançados e ambientalmente conscientes.
Missão 6 do MDIC: Tecnologias para a Soberania Nacional
A BDS está alinhada com a Missão 6 do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), focada em tecnologias de interesse para a soberania e defesa do país. A Nova Indústria Brasil (NIB) recomenda o desenvolvimento de produtos estratégicos com amplas dimensões e setores, como as áreas de energia nuclear, sistemas de comunicação e sensoriamento, sistemas de propulsão e veículos autônomos, visando a autonomia na produção e a promoção do avanço tecnológico. Além disso, recomenda uma série de produtos que aproveitam as vocações da sóciobiodiversidade, onde a bioeconomia surge como a vocação mais coerente.
Crescimento e Inovação
Desde 2019, a BDS se destaca como a primeira Empresa Estratégica de Defesa (EED) no segmento de confecção, sendo pioneira no fornecimento por Termo de Licitação Especial (TLE) para a Marinha e o Exército brasileiros. Com a certificação ISO 9001:2019, a trajetória da BDS reflete um compromisso contínuo com a excelência e inovação. Um dos maiores marcos na história da BDS foi a homologação de seus produtos como Produtos Estratégicos de Defesa (PED).
Nanotecnologia e Conforto
Para quem não conhece a diversificação fabril da ZFM, a BDS, empresa amazonense localizada no Polo Industrial de Manaus (PIM), tornou-se a primeira no país no segmento a ter um produto homologado pelo Ministério da Defesa e a realizar seu fornecimento por TLE. Em novembro de 2021, a BDS lançou no varejo e online os conjuntos PED “PED Conjunto Operativo” e “PED Conjunto Camuflado Coyote” da Marinha do Brasil, ambos com tecnologias avançadas como proteção retardante a chama e arco elétrico, além de proteção antimicrobiana, solar e anti vetor, ação anti-infravermelho, alta solidez e nanotecnologia.
Proteção da Floresta, Defesa das Pessoas
A BDS, ao oferecer seus produtos com qualidade de classe mundial, gera e induz emprego e renda por toda a Amazônia. E, ao fazer isso, reduz o uso direto da floresta como mecanismo social de subsistência. Ao mesmo tempo, a empresa tem uma atuação nacional, atendendo as três Forças Armadas e as Forças de Segurança. Entre os projetos de destaque, está o desenvolvimento de uniformes camuflados de alto desempenho para os Fuzileiros Navais e o Exército Brasileiro, e o macacão de voo da Força Aérea Brasileira. Estes projetos são resultado de parcerias estratégicas com o SENAI CETIQT e outras instituições, promovendo a inovação e a qualidade. Ou seja, é a indústria guardiã da floresta e também produz qualidade fabril de ponta nos uniformes da defesa das Forças Armadas e de Segurança.
Núcleo de Projetos de Defesa e Segurança
Em 2023, a BDS consolidou seu Núcleo de Projetos de Defesa e Segurança, fortalecendo sua capacidade de desenvolver soluções tecnológicas avançadas. Este núcleo é responsável pela criação de produtos estratégicos de defesa, como conjuntos operacionais e camuflados, que atendem às rigorosas exigências das Forças Armadas brasileiras. A empresa está comprometida em promover o avanço tecnológico e a pesquisa no setor de defesa, assegurando que o país esteja preparado para enfrentar desafios estratégicos com soluções inovadoras e de alta qualidade.
Na Botânica e na Indústria Têxtil
BDS é a abreviatura do bicho-da-seda que, na botânica e na indústria têxtil, é uma larva ou uma mariposa doméstica, considerada o principal produtor dos fios de seda há pelo menos 5.000 anos a.C. Uma cadeia produtiva antológica e, por que não dizer, sagrada. Sua transcendência ilustra, também, a aura do mistério e fascínio amazônico, o fascínio de suas riquezas naturais e a necessidade do trato imperativo da sustentabilidade como premissa da prosperidade na geração das oportunidades.
(*) Alfredo é consultor do CIEAM e Luiz Augusto é presidente da BDS e do Conselho Superior da Entidade.
Coluna Follow-up é publicada as quartas, quintas e sextas-feiras no Jornal do Commercio do Amazonas, sob a responsabilidade do CIEAM e coordenação editorial de Alfredo Lopes, editor do portal BrasilAmazoniaAgora
Fonte: BrasilAmazôniaAgora