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Agenda ESG na Amazônia: as premissas e ações compartilhadas no Polo Industrial de Manaus - Parte II

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21/09/2023 10:38

“Três empresários do CIEAM apresentaram suas boas práticas ESG no evento CIEAM/ SUFRAMA. Sergio Capela, diretor da Visteon; Hamzah Ahmad Nasser, diretor da Electrolux; e Dahlson Bisker de Abreu, gerente da Tutiplast. Casos de sucesso de empresas que têm implementado a Agenda ESG com medidas eficazes para reduzir o impacto ambiental, promover a inclusão social e garantir uma gestão transparente e ética, participativa e, numa palavra, mutualista, ou seja, ações compartilhadas em que todos saem ganhando.”

Por Alfredo Lopes (*)

Coluna Follow-up - BrasilAmazoniaAgora

Os autores da Biomimética, área da bioeconomia que baseia seus pressupostos operacionais na imitação das soluções oferecidas pela Natureza, começaram a sistematizar suas práticas tão somente depois de repetidas observações das espécies em interação em seu habitat natural. E o principal ativo dessa descoberta é o Mutualismo. Trata-se de uma relação biológica ou ecológica entre indivíduos de diferentes espécies em que todos acabam sendo beneficiados. Um exemplo clássico ocorre entre os fungos e as bactérias, ou - Procurando Nemo - entre o peixe palhaço e as anêmonas. Ou seja, quem compartilhar talentos, repertórios ou substâncias recebe benefícios, no mínimo, equivalentes.

Numa comparação apressada, se considerarmos essa dinâmica colaboracionista dessas dessas espécies com empresas em processo de adoção da Agenda ESG em movimentos, suas semelhanças são maiores do que os universos específicos que as distinguem. As observações que se seguem buscam demonstrar que as premissas e ações compartilhadas na Agenda ESG no polo industrial de Manaus tem uma inspiração inconsciente facilmente encontrável nos movimentos do mutualismo das espécies da Amazônia em que pessoas vivem, trabalham, produzem e começam a descobrir as vantagens de sua prospecção e proteção florestal.

Um evento marcante para implantação em grande estilo da Comissão ESG, ocorreu na semana que antecedeu a celebração do 44º ano do CIEAM, dia 27 de Julho, na Suframa, ESG e as boas práticas das indústrias do Polo Industrial de Manaus, um programa preparado em conjunto com a Suframa, numa sexta-feira à tarde, com o auditório lotado, o que seria, em princípio,absolutamente improvável.

Foi a mais importante iniciativa a reunir o novo gestor da Suframa, Bosco Saraiva, e o início do novo Conselho do CIEAM sob a batuta de Luiz Augusto Rocha. Três empresários apresentaram suas boas práticas ESG no evento CIEAM/SUFRAMA.

Sergio Capela, diretor da Visteon; Hamzah Ahmad Nasser, diretor da Electrolux; e Dahlson Bisker de Abreu, gerente da Tutiplast. Casos de sucesso de empresas que têm implementado a Agenda ESG com medidas eficazes para reduzir o impacto ambiental, promover a inclusão social e garantir uma gestão transparente e ética, participativa e, numa palavra, mutualista, ou seja, ações compartilhadas em que todos saem ganhando.

Sob a mediação de Régia Moreira, conselheira e coordenadora da Comissão ESG do CIEAM, o empresário Sérgio Capela, em sua palestra, resumiu: “É de extrema importância que o setor empresarial, o poder público, o universo acadêmico e a sociedade entendam a importância do ESG para o nosso mundo e o nosso futuro.

Antes de mais nada é bom lembrar que isso não é uma moda ou uma onda, mas sim uma tendência, um caminho sem volta, o qual todos devem adotar. O ESG é pautado pelo mercado financeiro, portanto, cada vez mais as organizações irão adotar em suas políticas, práticas e planos de ações pautados nos 3 pilares (ESG) visando à atração continuada de investimentos.

Desta forma, entendendo a importância de se ter uma organização que atenda de forma consolidada às práticas ESG, o investidor se sente seguro em investir sabendo que os riscos serão mínimos. Assim ganha o investidor, ganha a empresa, ganha o consumidor final, ganha a sociedade como um todo e, finalmente, ganha todo o planeta com ações estratégicas em práticas de sustentabilidade, com ações ambientais e sociais, assegurando as determinações e políticas de governança”.

O superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, foi direto ao ponto, ao destaca a importância de discutir práticas referentes à questões ambientais, de impacto social e de aprimoramento da governança. “ESG é um conjunto de padrões que as empresas conscientes usam para operar, de maneira que protege o meio ambiente, beneficia a sociedade com medidas de inclusão e diversidade, e também opera com governança corporativa sólida.

É um conceito cada vez mais relevante, à medida que consumidores e investidores esperam que as empresas demonstrem compromisso com a sustentabilidade. Agradecemos a valiosa parceria do Cieam para trazer esse oportuno debate para a Zona Franca de Manaus”. Algumas ações começam a surgir, não apenas para investigar o universo e a dinâmica no cotidiano das empresas na adoção da Agenda ESG. Régia Moreira destaca a boa vontade com que está sendo tratada a iniciativa dessa pesquisa, à disposição da partilha e do acolhimento. “Nossa empresa está na Amazônia há duas décadas, e pode testemunhar a mudança de paradigmas e atitudes. Vários fatores que contribuíram par virar a chave, mas com certeza as portas e os braços estão mais abertas, as Comissões muito concorridas e à disposição da partilha virou um sentimento e uma atitude que cresce e aparece”.

Recentemente, uma das reuniões da Comissão ESG se deu nas dependências da fábrica, a IMPRAM, e de acordo com sua gestora, a Horta da empresa, uma iniciativa coletiva deu o que falar e compartilhar ações e informações. “E tudo apenas começa, vem muita novidade por aí”, arrematou Régia.

(*) Esta Coluna é publicada às quartas, quintas e sextas-feiras, no Jornal do Commercio, sob a responsabilidade do CIEAM e coordenação editorial de Alfredo Lopes.


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