27/06/2023 14:19
A Yara Couro da Amazônia, startup que desenvolveu uma tecnologia que transforma o resíduo da pele do peixe em couro, recebeu um aporte de R$ 2 milhões. O investimento foi feito pelo Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio), coordenado pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e executado pelo Instituto de Desenvolvimento da Amazônia (Idesam), com apoio da Digiboard.
"Sempre tive vontade de empreender, mas queria fazer algo que realmente causasse um impacto positivo e retornasse à região tudo que ela me deu", conta Bruna Freitas, fundadora e CEO da companhia, em entrevista ao Startups. Nascida no Amapá, a empreendedora viu na Yara a possibilidade de criar um produto inovador, tecnológico e que fomente o desenvolvimento sustentável global, além de conectar os setores de seu interesse como moda, design e revestimentos.
A tecnologia baseia-se no desenvolvimento do "Green Leather", couro produzido de forma mais sustentável em toda a cadeia, da aquisição das peles do peixe ao beneficiamento do produto final. A companhia evita que a matéria-prima vire lixo e seja descartada incorretamente, e inclui na produção ingredientes orgânicos da própria floresta. A missão é desenvolver a cadeia do pescado de ponta a ponta e tratar a pele do peixe não como resíduo, mas como matéria-prima para criar produtos com a identidade da Amazônia nas indústrias de moda e revestimento.
"Queremos evoluir a cadeia de pescado de forma sustentável. Para isso, reunimos pares importantes na cadeia produtiva como as aldeias indígenas, os frigoríficos e as comunidades pescadoras para elaborar uma solução de ponta a ponta, que de fato foi pensada em ser o mais sustentável possível. Utilizamos recursos e ingredientes da floresta, que tem a identidade da Amazônia. Muitas vezes a pele de peixe é descartada incorretamente, e a Yara evita que elas virem lixo, transformando o que seria resíduo em matéria prima, trabalhando tecnologicamente para que elas tenham um destino correto", pontua Bruna.
Fonte: Terra