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Seca histórica custou R$ 1,4 bilhão a mais para indústria do Amazonas

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16/01/2024 09:54

A seca histórica que castigou o Amazonas no ano passado deixou marcas na indústria local, gerando custos extras de R$ 1,4 bilhão para as empresas que tiveram suas produções reduzidas devido à falta de insumos e a dificuldade no escoamento dos produtos para o resto do país.

A queda de 83% na importação de insumos via modal aquaviário, revelada pelo ComexStat, plataforma do governo brasileiro que trata sobre exportação e importação, refletiu diretamente nos custos das empresas, obrigadas a buscar alternativas mais caras, como o transporte aéreo.

Em outubro, as importações no Amazonas despencaram 49,79%, representando uma queda de 5,7% na indústria em relação ao mesmo período de 2022, segundo o IBGE. As que dependem de transporte hidroviário foram ainda mais acentuadas, com redução de 73,82%.

Em valores, isso representa uma queda de US$ 1,097 bilhão (R$ 5,32 bilhões) para US$ 604 milhões (R$ 2,9 bilhões).

A produção industrial de novembro também registrou uma queda de 4,2%, apontando para uma diminuição de 10,3% na comparação com 2022.

Além disso, a seca também contribuiu para o aumento dos preços do ar-condicionado, segundo dados do IPCA. No acumulado de 2023 até novembro, o preço do eletrodoméstico subiu 13,97%.

Mesmo com o início das chuvas, o estado ainda enfrenta problemas, com 62 municípios em situação de emergência, mostrando que os desafios econômicos persistem, apesar da normalização gradual dos níveis dos rios que vem ocorrendo.

Para Lúcio Flávio Morais de Oliveira, presidente-executivo do CIEAM, a competitividade do Amazonas só vai melhorar quando cada um dos modais tiver a capacidade de transportar todas as potencialidades da região.

“Enquanto não houver um plano de ação e um enfrentamento com o investimento de 2,5% do PIB do Amazonas ao ano, não conseguiremos mudar a nossa condição que vai além da conectividade, mas para ganho de tempo e redução de custos.” afirmou o executivo.

Além disso, o executivo do CIEAM defende a construção de um Plano Amazonense de Logística e Transportes (PALT), complementando o Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT).

“São enviados sempre recursos para emergência, de difícil acesso. Recursos para ações efetivas nunca aparecem nos orçamentos públicos federais para a transformação dos rios em hidrovias eficientes, com ênfase em mapeamento, batimetria, dragagem, derrocagem, balizamento e sinalização.” concluiu Lúcio Flávio.

Fonte: RealTime1

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