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Produção de motocicletas em agosto alcançou 164.008 unidades

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15/09/2023 10:30

A indústria de motocicletas do PIM bateu novo recorde e atingiu o melhor resultado do ano, em agosto. O Polo Industrial de Manaus fabricou 164.008 unidades, superando em 12,4% a marca de 12 meses atrás (145.852), no melhor desempenho para o mês desde 2012. A alta em relação a julho (122.923), que teve dois dias úteis a menos, foi de 33,4%. Em oito meses, o parque fabril da capital amazonense já soma 1.051.422 motocicletas produzidas e incremento de 14%. Os números foram divulgados pela Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), nesta quarta (13).

As vendas domésticas também sustentaram saldo positivo, registrando o melhor dado para agosto desde 2011, e já com o abastecimento regularizado. O dado negativo veio novamente das exportações, que voltaram a desacelerar. Diante disso, a entidade empresarial manteve seus números para 2023. A projeção da Abraciclo é de fechar o ano com elevação de 10,4% na quantidade de motos produzidas (1.560.000) e expansão de 10,9% no número de emplacamentos (1.511.000). A estimativa em relação às vendas externas ainda aponta para queda de 11,5% e 49.000 unidades remetidas ao estrangeiro.

“Esses números estão dentro da estimativa da Abraciclo e apontam para um crescimento constante e consolidado da indústria de motocicletas. Porém, continuamos atentos ao cenário macroeconômico nacional e internacional”, explica Marcos Bento, presidente da Abraciclo”, declarou o presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares, Marcos Bento, em texto distribuído pela assessoria de imprensa da entidade.

Em vídeo repassado pela assessoria de imprensa, o dirigente informa que o aumento de produção foi acompanhado pela normalização do abastecimento das concessionárias, dando fim às filas de espera no varejo. O presidente da Abraciclo ressalta, no entanto, que “dependendo do modelo, versão e cor”, “casos específicos” de escassez de produtos “podem acontecer”. Principalmente no caso da categoria Scooter.

Varejo e exportações

O volume comercializado no varejo interno cresceu 16% entre julho (123.085) e agosto (142.770). A comparação com o mesmo mês de 2022 (118.545) apontou acréscimo de 20,4%. Em oito meses, os emplacamentos avançaram 21,3% e totalizaram 1.045.925 unidades – contra as 862.609 registradas em igual período de 2022. O Sudeste concentrou 38,1% (398.900) das vendas do acumulado do ano. Na sequência estão o Nordeste (30,6% e 320.400), o Norte (12,9% e 134.600), o Centro-Oeste (9,6% e 100.700) e o Sul (8,7% e 91.300). A maior taxa de crescimento veio novamente dos Estados nortistas (+27,7%), seguidos de perto pelo Nordeste (+25,7%).

Motos de baixa cilindrada (até 160) representaram 81,6% (853.400) das vendas de janeiro a agosto. Os modelos de 161 a 449 cilindradas responderam por 15,2% (159.400) – e a maior alta (+32,9%). Os veículos acima de 450 cilindradas contribuiram com 3,2% (33.100). A categoria Street contribuiu com 51% (72.743) dos licenciamentos, sendo seguida pela Trail (26.245 e 18,4%) e pela Motoneta (20.235 e 14,2%). Em relação a julho, houve alta para nove das 12 categorias listadas, com destaque para a Motoneta (+35,5%). A variação anual foi positiva para oito segmentos, sendo que a maior taxa de expansão veio da divisão minoritária dos Triciclos, que escalou 43,6% na produção (168).

Em contrapartida, as exportações, seguem em baixa. Embora tenham acelerado 8,4% entre julho (3.176) e agosto (3.443), ainda se mantêm 55,9% abaixo do dado de 12 meses atrás (7.807). Conforme o portal Comex Stat, os principais destinos foram EUA (1.020), Colômbia (932) e Argentina (524). Já o acumulado do ano (27.152) ficou negativo em 28,3%. Em entrevista coletiva concedida em junho, Marcos Bento assinalou que um dos fatores que contribuem para a retração nas vendas externas é a “desarmonia da legislação brasileira de emissões”, em relação aos destinos dos embarques.

“Bom momento”

As principais montadoras do PIM também comemoraram. Procurado por meio de sua assessoria de imprensa, o vice-presidente industrial da Moto Honda, Julio Koga, informou que a unidade fabril da multinacional japonesa em Manaus produziu mais de 794 mil unidades, de janeiro a agosto de 2023, o que corresponde a um crescimento de 9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo o dirigente, somente em agosto, mais de 127 mil unidades de motocicletas saíram das linhas de produção da fábrica local da Honda.

“A produção acompanhou a tendência dos resultados comerciais, uma vez que a demanda pela motocicleta segue aquecida. A projeção de produção para 2023 é de um crescimento gradual e consistente, com um volume mais de 10% superior ao ano de 2022. É um resultado positivo, que demonstra o quanto a demanda por motocicletas está aquecida, tanto em função do setor de entregas, quanto a busca por modais de transporte individuais e ainda pela procura por uma opção de mobilidade mais econômica”, afiançou.

Também por intermédio de sua assessoria, o gerente de Relações Institucionais da Yamaha, Afonso Cagnino, também avaliou que o mercado de motocicletas se encontra em um “bom momento”, o que é confirmado pelo recente aumento de projeção da Abraciclo para a produção de 2023, pela contratação “constante” de novos colaboradores para a fábrica. Segundo o dirigente, ainda há reflexos da pandemia nas cadeias globais de fornecimento e transporte, mas as empresas do PIM já ajustaram seus planos de produção ao cenário atual, evitando paradas técnicas.

“Em termos de conjuntura, a estabilidade dos indicadores macroeconômicos e a redução da taxa básica de juros, são fatores favoráveis ao setor. A demanda aquecida atual está dentro do que foi planejado para o ano. A Yamaha vem ajustando suas projeções de produção e vendas para atender à crescente demanda de mercado. A expectativa para os próximos meses é que as projeções positivas se confirmem para que o segmento encerre o ano de 2023 em alta”, arrematou.

Fonte: Jornal do Commercio

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