14/06/2023 09:56
A Positivo, conhecida por produtos que vão de computadores a urnas eletrônicas, criou uma nova divisão para atacar o filão da segurança eletrônica para empresas — que engloba categorias como câmeras e alarmes, movimenta R$ 11 bilhões ao ano e tem como líder isolado de um mercado fragmentado a Intelbras.
A entrada da Positivo nesse nicho é a evolução de um negócio iniciado pouco antes da pandemia pela companhia curitibana: a Positivo Casa Inteligente, de dispositivos de automação e segurança com foco no consumidor final. Agora, a empresa quer mudar a ordem de grandeza de suas ambições no segmento, oferecendo soluções mais parrudas para um segmento B2B no qual câmeras e alarmes se tornaram onipresentes.
Batizada de PositivoSEG, a nova unidade de negócios começa com 80 produtos — todos especialmente criados para o segmento —, divididos em quatro categorias: circuitos fechados de TV, tanto analógicos como por IP; alarmes e sistemas de detecção de intrusão; soluções de rede, como switch para câmeras; e acessórios.
O principal desafio da companhia será estabelecer do zero uma rede de intermediários — a miríade de revendedores, instaladores e integradores que faz com que os produtos cheguem aos compradores finais. Como há pouca sobreposição de distribuidores entre as outras unidades da companhia e o novo filão, a Positivo terá praticamente que construir um novo canal em sua rede de distribuição.
Enquanto isso, a Intelbras se apoia em uma rede de milhares de “parceiros” para que o segmento de segurança (para empresas e residências) responda por mais da metade de suas receitas e venda mais de meio bilhão por trimestre.
— Não gostaria de mencionar nenhum competidor, mas a gente sabe que tem um grande player nesse mercado. E a gente quer ter uma participação importante em alguns anos, para que esse segmento tenha um peso significativo no nosso balanço. É, afinal, um mercado com grandes oportunidades, que cresce 15% ao ano — conta José Ricardo Tobias, diretor da PositivoSEG.
Inicialmente, todos os produtos serão importados, mas a Positivo planeja iniciar a fabricação em Manaus já no segundo semestre, começando por equipamentos de áudio e vídeo, que contam com benefícios na Zona Franca.