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Pauta de R$ 1,73 bilhão no CAS

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30/04/2024 10:20

O Conselho de Administração da Suframa avalia, nesta terça (30), uma pauta com 26 projetos industriais e de serviços, que somam R$ 1,73 bilhão em investimentos (o equivalente a quase US$ 338 milhões). As propostas listadas para a 314ª Reunião Ordinária do CAS são de implantação de novos negócios (13) e também de diversificação e atualização (13) de linhas de produção de empresas já instaladas no Polo Industrial de Manaus. Caso implementadas, as iniciativas, que abrangem diversos segmentos, como eletroeletrônico, metalúrgico e termoplástico, devem gerar 1.028 novas vagas e faturamento, dentro de um prazo legal de até três anos.

As proposituras vieram em menor número do que no encontro anterior, realizada dois meses atrás, mas o volume injetado é maior. Em fevereiro, os conselheiros deliberaram sobre 33 projetos, que totalizavam R$ 1,20 bilhão em investimentos (ou US$ 249 milhões) e 1.084 novas vagas –além de R$ 6,30 bilhões em faturamento estimado. Os números são ainda mais fortes do que os da segunda reunião de 2023 (32 projetos, R$ 280,60 milhões e 638 vagas). Na comparação do acumulado do ano, o registro também é de declínio na quantidade de propostas (59), alta nos aportes (R$ 1,93 bilhão) e empate técnico nos postos de trabalho (2.122).

A segunda reunião do CAS neste ano será presidida pelo secretário-executivo do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), Márcio Elias Rosa. O encontro também contará com a participação do superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, além dos demais conselheiros, representantes das entidades de classe e autoridades, entre outros.

A reunião ocorre em mais um ano de expectativas e apreensões para o PIM, já que a reforma Tributária ainda precisa ser regulamentada e está demandando esforço concentrado das lideranças políticas do Amazonas, no Congresso. Em paralelo, todos os atores envolvidos trabalham contra o relógio para minimizar as perdas de uma vazante que se espera tão severa quanto a do ano passado. Lideranças ouvidas pela reportagem do Jornal do Commercio, no entanto, mantêm o otimismo e garantem que os números da pauta confirmam que o investidor continua apostando na ZFM.

Os números mais recentes de desempenho da indústria mostram um cenário positivo no começo do ano. Depois de encerrar 2023 abaixo das expectativas, o faturamento do PIM fechou janeiro com alta de 15,57% em dólares (US$ 3.10 bilhões) e incremento de 12,26% em reais (R$ 15,34 bilhões) –suplantando com folga as depreciações do IPCA e do câmbio. Conforme o IBGE, a indústria amazonense apresentou uma decolagem de 14% na produção do primeiro bimestre, alavancado por sete dos dez segmentos industriais sondados. Há dúvidas, no entanto, se os números não foram inflados pelo represamento logístico gerado pela crise da vazante.

Baterias e celulares

A pauta da 314ª reunião do CAS é diversa, com a introdução de produtos novos e consolidação de segmentos do PIM. Do total de projetos, 17 serão submetidos sob a forma de comunicação, com destaque para a proposta de diversificação/atualização da BYD Indústria de Baterias, com investimentos totais de R$ 169,01 milhões para fabricação de módulo acumulador de energia elétrica para ônibus elétrico utilizando células eletroquímicas. Outra iniciativa na área de diversificação/atualização vem da Cal-Comp, para produção de “telefone celular digital combinado ou não com outras tecnologias”, no valor de R$ 438,25 milhões injetados e abertura de 102 novas vagas.

Entre as iniciativas de implantação, a Flextronics apresentou projeto para produção de “placa de circuito impresso montada (de uso em informática)”, no valor de R$ 688,91 milhões em aportes totais e estimativa de geração de 83 novos postos de trabalho. Entre as demais proposituras de novos negócios que devem se implantar no PIM em até três anos está a da Ecosolys da Amazônia, que planeja fabricar “condicionadores de ar de janela ou de parede com mais de um corpo”, com investimentos totais de R$ 25,64 milhões e criação de 50 empregos.

“Caminho certo”

No entendimento do presidente da Fieam e vice-presidente da CNI, Antonio Silva, os números da pauta do CAS atestam a seriedade do trabalho da Superintendência da Zona Franca de Manaus e a solidez do modelo do Polo Industrial de Manaus, a despeito do momento adverso. O dirigente ressalta, no entanto, que os dados confirmam também que o PIM precisa abrir seu leque de produtos.

“Novamente temos projetos que consolidam os segmentos fabris já implantados no polo, assegurando a excelência desses setores já em operação. É importante que tenhamos novos projetos de setores como eletroeletrônicos e bens de informática, como forma, também, de fortalecer as cadeias de insumos. Em meio às discussões da Reforma Tributária, os números demonstram que o Polo Industrial de Manaus permanece como alternativa viável para novos investimentos e empreendedores”, ponderou.

O vice-presidente da Fieam e presidente do Sindicato da Indústria Metalúrgica, Metalmecânica e de Materiais Elétricos de Manaus, Nelson Azevedo, consideram que a pauta reflete não apenas a expansão e modernização das atividades já existentes, mas também a introdução de novos empreendimentos, mas também indica um “comprometimento robusto” de todos os envolvidos com a evolução do PIM. Para o dirigente, trata-se de um cenário que reforça a credibilidade da Suframa e a eficácia da ZFM como “um mecanismo crucial para redução das desigualdades regionais”.

“A iniciativa de valor agregado desses projetos, desenha um ambiente econômico dinâmico e propício para investimentos. Este cenário fortalece a segurança jurídica na região, como também eleva a confiança dos investidores nacionais e internacionais. É importante e justo reconhecer a retomada da interlocução entre as entidades e as empresas locais e o governo federal. As portas dos gabinetes estão abertas e os servidores se fazem presentes na região, para compartilhar apoio, conhecer as dificuldades, e acolher sugestões. Quem ganha com isso é o avanço da economia”, afiançou.

O presidente da Aficam, Roberto Moreno, assinalou à reportagem do Jornal do Commercio que as novas iniciativas e diversificações de produção a serem ratificadas pelo CAS confirmam uma visão otimista dos empresários em relação às condições econômico-financeiras do PIM para investimentos. E acrescenta que essa crença se mantém, mesmo em detrimento dos desafios logísticos e do “fantasma da estiagem”.

“Isso demonstra também que estamos no caminho certo em defesa de nossas vantagens comparativas em face ao início das regulamentações que a reforma Tributária começa a demonstrar. Sempre mais do que comparar com reuniões anteriores, que trazem indicadores maiores ou menores em termos de valor absoluto, deve-se sempre destacar a importância da continuidade dos investimentos, a criação de emprego e renda para a região. E lembrar sempre, para todo país, o que se dá através de toda a cadeia de comercialização, logística e serviços que os produtos produzidos aqui trazem”, arrematou.

Fonte: JCAM

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