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Indústria e varejo surfam na onda do ‘El Niño” e vendas disparam

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02/10/2023 10:44

Marcado por temperaturas mais altas que o ano anterior, em virtude do fenômeno climático El Niño, o segmento varejista aponta um dinamismo e evolução das vendas de produtos relacionados ao calor em relação aos meses anteriores e também versus 2022. Mas não é só isso: fabricantes de algumas marcas, apontam que a venda de itens como ar- condicionado e ventilador tem superado a produção.

O que é confirmado pelo presidente da Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos), Jorge Nascimento. “Com o verão mais intenso na região Sul e Sudeste do país, na verdade, com o inverno bem quente nessas regiões, que são os grandes centros consumidores do Brasil, a gente tem aí uma experiência de um crescimento muito grande no consumo de ventiladores e ar-condicionados. Com essa mudança na temperatura faz com que, naturalmente, as empresas, o consumidor busque por esses produtos”.

Embora ele não tenha citado o percentual de crescimento para as produções das indústrias neste período, ele destaca que a região Norte, também está registrando um consumo muito grande desses dois produtos. “É uma tendência, é mais do que uma tendência, eu vejo como uma realidade para esse momento de verão rigoroso que o país está passando”.

Empresas como Ventisol, líder em ventilação industrial e residencial, Britânia, LG do Brasil, Mondial e Philco, registraram uma rota de vendas superior à do ano passado. 73%, 25%, 98%, 42%, respectivamente.

A indústria busca fazer ajustes para o tamanho do mercado brasileiro do setor em 2023. São vendidos cerca de 18 milhões de ventiladores e 5,5 milhões de ares-condicionados por ano. Mas os executivos acreditam que, no verão, a partir do final de dezembro, a demanda pode ser maior do que a oferta.

O incremento exponencial no processo produtivo das fabricantes, atrelado a demanda, corrobora com os dados comparativos citados pela Eletros. Onde o ano de 2022 foi o pior ano dos últimos 10 anos na produção do setor eletroeletrônico e eletrodoméstico do Brasil. “Só para você ter uma ideia, a produção de ar-condicionado ano passado teve uma queda em alguns momentos do ano de 35%, o ar-condicionado de janela chegou a cair 60%. Então nós tivemos um ano de 2022 ruim para o nosso setor. A expectativa para esse ano, 2023, é a gente crescer em torno de 5,10%, mas comparado a uma base, que é a base de 2022, péssima, muito ruim, mas há uma expectativa de crescimento mesmo diante dessa base ruim. Contudo, o crescimento que a gente deve ter esse ano ainda é bem inferior à pré-pandemia lá em 2019, a gente deve ficar abaixo de 2019 em torno de 5%”, explicou Jorge Nascimento, representante da entidade.

Ele reiterou que a indústria produz mais para que na chegada dessa estação do ano, o varejo faça o seu estoque para atender a demanda e garantiu que não há risco de desabastecimento por falta de produto.

Incremento de até 45%

Somente em setembro, a onda de calor refletiu alta de 20% nas comercializações de ventiladores na rede varejista Bemol em comparação a igual período do ano passado. Os ventiladores de parede lideraram o aumento com um crescimento de aproximadamente 70%, outro produto que também apresentou aumento foi o ventilador de coluna. “Isso mostra nosso compromisso em fornecer produtos de alta qualidade para garantir o conforto dos nossos clientes”, disse a gestora da categoria de ventilação, Samara Silva.

A procura por produtos de refrigeração este ano superou o ano anterior, com um impressionante crescimento maior que 40% nas vendas de aparelhos Split e ar-condicionado de janela. “É interessante notar que, mesmo com o avanço das compras online, as lojas físicas ainda lideram com uma preferência de 80% entre os consumidores”.

Os produtos mais populares no ambiente online incluem o ar-condicionado de janela de 7500 BTUs, seguido pelo Split de 12000 BTUs.

A equipe se preparou para atender a essa alta demanda, porém, até mesmo as indústrias não previam um verão tão escaldante, resultando em uma procura que superou a capacidade fabril. “No entanto, a Bemol mantém um estoque abastecido com as principais marcas, garantindo que nossos clientes tenham acesso aos produtos de refrigeração de qualidade que precisam para enfrentar o calor”.

Segundo ela, para atender à demanda sazonal, é necessário fazer o planejamento em junho, tudo isso, para garantir o abastecimento nos meses de verão amazônico, quando ocorrem os picos de ondas de calor, período em que ocorre também o fenômeno El Niño.
Para manter os preços competitivos no mercado, a empresa realiza negociações com os parceiros para oferecer uma grande variedade de produtos para os clientes, permitindo que o consumidor tenha o produto que se encaixe no que ele está buscando, seja modelo específico ou potência do produto.

Devido à alta demanda nas vendas, as promoções serão limitadas, especialmente para os modelos de maior capacidade, como os de 22000 BTUs até 36 BTUs. “Atualmente, não temos planos imediatos de aumentar ou reduzir os preços, pois nossa programação já foi cuidadosamente planejada, considerando nosso volume de compras e nosso compromisso com o fornecimento estável”.

O diretor de vendas e operações da NovoMundo.com, João Ferreira Silva, disse que houve um crescimento substancial e acima da média dos anos anteriores em todos os canais de vendas. O produto mais procurado são os aparelhos de ar-condicionado de 9000 BTUs, seguidos por ventiladores de mesa de 30 e 40 centímetros. A categoria de ar-condicionado teve um crescimento médio de 90% em relação ao ano anterior, e a de ventilação teve um crescimento de 45%.

Ele também garante que há um bom estoque, com programação de recebimento semanal, mas as indústrias já sinalizaram que, mantendo a demanda atual, pode ocorrer falta.

Saldões e promoções fazem parte da estratégia para impulsionar ainda mais as vendas. “Apesar da grande demanda, o consumidor será sempre muito disputado! Aumentaremos nosso investimento em mídia nos próximos meses, com fortes campanhas e muitas ofertas”, contou.

O valor dos produtos como o ar-condicionado tem um valor médio de R$ 1.999 e os ventiladores têm um valor médio de R$ 199.

“Apesar da forte demanda, há flutuação com redução de preços. O consumidor é sempre bastante disputado, por isso é necessário criar campanhas de mídia criativas e ofertas atrativas para despertar o interesse do consumidor que sempre pesquise antes de fazer a compra”.

A varejista Casas Bahia segue a mesma rota em relação às vendas e tem registrado grande aumento de procura por ventiladores, ar-condicionado e climatizadores. O aumento da procura está em torno de 40% em setembro.

“Todas as lojas estão abastecidas e com estoques para atender o aumento da demanda.Outra vantagem para os consumidores é aproveitar os saldões que a empresa vem fazendo até o dia 30 de setembro”, informou Manoel Júnior, gerente regional das lojas Casas Bahia.

Em Manaus, as nove lojas localizadas em Manaus e na unidade de Itacoatiara, todas no Estado do Amazonas, estão com ação de venda de produtos de saldo. Para saber qual o endereço mais próximo, acesse o site www.casasbahia.com.br Para o pagamento de suas compras, os consumidores podem contar com o cartão e Carnê Casas Bahia.

Fonte: SIMMMEM

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