31/10/2023 11:02
Recentemente no Amazonas, duas leis aprovadas – uma estadual e outra municipal, com abrangência em Manaus – vedam a comercialização das tradicionais sacolas plásticas, sendo permitida apenas a distribuição das feitas com materiais biodegradáveis. Proposituras semelhantes estão em vigência em outras localidades brasileiras em um movimento em prol da sustentabilidade e de um incentivo ao consumo consciente.
No Brasil, de acordo com um estudo do WWF, menos de 1,3% do plástico produzido é reciclado. Além dos impactos econômicos, vem crescendo a preocupação com a preservação do meio ambiente. As sacolas comuns do dia a dia, feitas a partir do petróleo, demandam até 400 anos para se decomporem. Ao entrar nos mares, por exemplo, esses resíduos prejudicam a vida marinha e causam consequências graves quando ingeridos por tartarugas ou outros animais.
E é em meio a essa problemática que trago a empresa brasileira Earth Renewable Technologies (ERT), que atua com o desenvolvimento de um bioplástico obtido por meio de uma resina, que mistura materiais orgânicos com a fermentação da cana-de-açúcar (ácido lático, PLA), a qual se decompõe em até seis meses.
Segundo o diretor de Produto e Inovação da ERT, Emanuel Martins, a tecnologia utilizada é uma alternativa que mantém as propriedades do plástico e reduz os impactos ambientais.
“Após ser descartado e sob as condições ideais de compostagem (umidade, calor e microrganismos), esse plástico se transforma completamente em matéria orgânica, ou seja, em adubo para plantas. E mesmo que vá parar em um aterro, o material é capaz de se biodegradar em até 180 dias. Ou seja, se decompõe em muito menos tempo do que o plástico comum e não contamina o solo”, explica.
O processo utilizado no bioplástico da ERT advém de uma pesquisa inicialmente desenvolvida – e posteriormente, patenteada – por cientistas da Universidade de Clemson (EUA). Idealizador da empresa, o empreendedor brasileiro Kim Gurtensten Fabri investiu no projeto científico, permitindo o escalonamento produtivo a níveis comerciais. No ano de 2021, a ERT inaugurou a sua fábrica no Brasil, na cidade de Curitiba/PR.
Desde então, o faturamento da marca cresceu aproximadamente 15 vezes e a capacidade produtiva anual é de 3500 toneladas. Entre os principais clientes da ERT estão a rede de lavanderias 5àSec e o marketplace iFood. A meta é que em 2025 a produção da resina cresça em até dez vezes. Para alcançar tal objetivo, a companhia irá inaugurar em Manaus, no início de 2024, uma fábrica para a produção dos compostos que integram os bioplásticos.
De acordo com o Emanuel, a estimativa é que 100 funcionários sejam contratados para atuar na indústria localizada na metrópole nortista. A planta fabril terá capacidade de processamento de 3500 toneladas/ano.
“Manaus já é um hub de conversão de plástico, sendo a 3ª economia do polo industrial, por isso o potencial de clientes é enorme. Além disso, dentro dos benefícios da operação amazonense está a colaboração com instituições de pesquisa, locais no desenvolvimento de novos plásticos compostáveis e no incentivo da utilização de bioinsumos regionais. Buscamos a evolução contínua dos nossos bioplásticos e incentivamos a bioeconomia local para inserir o Brasil na vanguarda do desenvolvimento sustentável”, finaliza o diretor.
Tecnologia: robô é usado na Amazônia peruana para reflorestamento
Chamado de YuMi um robô está ajudando a reflorestar a Amazônia peruana. Apesar de não ser muito grande e de aparência simples, O YuMI, máquina considerada colaborativa, é um verdadeiro super-herói quando o assunto é proteger a floresta. Desenvolvido pela empresa ABB Robótica, a máquina atua em conjunto com a ONG Junglekeepers, e a missão do prodígio não é nem pouca e nem pequena: o robô está auxiliando na missão de proteger nada menos do que 55 mil acres de floresta amazônica no Peru. Como o YuMi está automatizando tarefas de plantio, o que acelera o processo, a equipe de voluntários concentra tempo e recursos em outras atividades!
Fonte: JCAM