28/02/2024 12:20
Nova política industrial dialoga com o Plano de Transformação Ecológica, visando o desenvolvimento sustentável e a redução dos impactos no meio ambiente e, por isso, a Amazônia é um ecossistema fundamental neste processo
O Secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC, Uallace Moreira Limam, afirmou que a Amazônia é essencial para transformação digital, bioeconomia e transição energética. Os desafios para economia brasileira na Nova Política Industrial foram abordados durante o Diálogos Amazônicos, promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FVG) na noite desta segunda-feira (26/2).
Moreira afirmou que a nova política industrial dialoga com o Plano de Transformação Ecológica, visando o desenvolvimento sustentável e a redução dos impactos no meio ambiente e, por isso, a Amazônia é um ecossistema fundamental neste processo.
“Uma das missões da nova indústria Brasil é tratar bioeconomia, descarbonização e transição energética. Nesta missão, a Amazônia tem um papel muito importante e, por isso, temos o Fundo Verde, o Plano Mais Produção com a indústria mais verde. Além disso, temos a regulamentação de investimento em P&D na Zona Franca de Manaus (…) a gente tem aprimorado esse instrumento de caráter mais regulatório para fortalecer esse investimento, ter maior transparência na aplicação e efetividade do investimento desses recursos”, explicou.
Outro ponto citado por Uallace é o investimento feito para valorização dos produtos da região e desenvolvimento de bionegócios como a criação do Programa Selo Amazônia e a retomada do Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), que antes tinhas suas atividades limitadas por estar vinculado à Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).
“A gente reformulou o CBA frente aos novos desafios, às novas riquezas”, garante o secretário.
Amazônia e seu desafio para o desenvolvimento
Para o diretor de Desenvolvimento Industrial e Economia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Rafael Lucchesi, é necessário que o país pense um caminho que permita o impulsionamento da ‘floresta de pé’ sem que haja a devastação ocasionada pelas atividades extrativistas.
O diretor deu destaque à biotecnologia que, segundo ele, tende a crescer cerca de 16% em todo o mundo, representando até 2028 uma cadeira de valor de R$ 2,5 trilhões.
“Precisamos incentivar isso com a atividade de cosméticos, de fármacos (…) Isso vai exatamente ao encontro da transição ecológica da bioeconomia. O Brasil também tem um enorme potencial de biomassa, mas também aerogeradores, energia solar e isso vai mover muito o futuro. Da mesma maneira que a Amazônia pode ser a nossa grande missão de bioeconomia, de biotecnologia, de bioigrediente, o Nordeste pode ter um enorme ‘bum’ de biomassa, energias renováveis e isso cria uma regularização territorial para a construção do futuro do Brasil”, reforçou Lucchesi.
Fonte: Real Time 1