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Comunidade ribeirinha tem rotina transformada pela chegada de energia renovável

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13/06/2023 05:34

Flávia Said

12/06/2023 02:00, atualizado 09/06/2023 20:30

Manaus — Durante o ano mais crítico da pandemia de Covid, em 2020, a comunidade ribeirinha Santa Helena do Inglês (AM), localizada a 60 km da capital Manaus, recebeu uma combinação de painéis solares e baterias de lítio que transformaram a vida dos cerca de 130 habitantes. A comunidade só é acessada por via fluvial (cerca de 3 horas e meia de navegação pelo Rio Negro).

Até então, Santa Helena do Inglês era abastecida apenas com energia elétrica do programa federal Luz para Todos, que funcionava de forma intermitente. Com o projeto, a comunidade passou a ser abastecida diariamente e conseguiu melhorar a infraestrutura local (detalhes sobre isso ao longo da reportagem).

Batizado de Sempre Luz, o projeto-piloto foi implementado pela Unicoba, empresa de armazenamento de energia que tem fábrica na Zona Franca de Manaus (ZFM), em parceria com a Fundação Amazônia Sustentável (FAS).

Como funciona

Santa Helena do Inglês é abastecida por três fontes de energia: a principal é a geração solar fotovoltaica, seguida pelo diesel (que funciona como backup) e pelo linhão do programa Luz para Todos, da Amazonas Energia.

Foram instalados na comunidade 132 painéis solares que fazem a captação de energia solar ao longo do dia e guardam o excedente nas baterias, que descarregam durante a noite e em dias nublados e chuvosos, mantendo a comunidade iluminada.

As placas solares têm potência de 52,8 kW e energia gerada diária de 202,75 kWh. O consumo diário de diesel evitado é de 53,69 litros. Também se evita 143,30 kg de emissão diária de dióxido de carbono (CO2) e 52,30 toneladas de emissão do gás por ano.

Já o sistema de armazenamento é composto por 54 baterias, com capacidade total de 259 kWh.

Todo o sistema é monitorado digitalmente. Há um técnico certificado pela Unicoba que dá o suporte à comunidade. “É uma resposta super eficiente no desafio de levar energia para a Amazônia em pontos remotos do Brasil”, destaca Marcelo Rodrigues, vice-presidente de Vendas e Marketing da Unicoba.

Vinte e oito famílias residem atualmente na comunidade, que se estabeleceu há cerca de 50 anos. Alguns dos comunitários têm ascendência indígena.


Três cadeias produtivas sustentam a economia local: a pesca artesanal, o turismo e o artesanato. Ainda há emprego da agricultura familiar. Entre os produtos, estão a farinha e a tapioca.

Fonte: Metrópoles

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