19/04/2024 11:29

Por Priscila de Assis

O Comando Militar da Amazônia (CMA) promoveu, na terça-feira (17), um encontro com representantes da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas) e do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas) para discutir os benefícios econômicos e de sustentabilidade na colaboração entre as empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) e o Exército Brasileiro.

No ‘Seminário Oportunidades para as Empresas do Polo Industrial de Manaus no contexto da Base Industrial de Defesa (BID)’, o General de Exército Ricardo Costa Neves, comandante do CMA, apresentou o planejamento estratégico do Exército e as modalidades legais para as empresas participarem de licitações na BID. Ele ressaltou a importância dessa parceria entre as Forças Armadas e a sociedade civil.

O presidente do Conselho Superior do Cieam, Luiz Augusto Rocha, também diretor presidente da empresa BDS (Bicho da Seda), enfatizou que essa parceria fortalece a economia local e gera empregos para a população.

“É uma iniciativa que estamos tendo. O CMA resolveu fazer justamente para aproximar as demandas das Forças Armadas com o empreendedorismo e a capacidade de produção aqui de Manaus. Então, a ideia é justamente mostrar o que é essa base de indústria de defesa e como funciona, quais são as oportunidades de negócio para a região e como isso pode gerar emprego e avanço tecnológico”, esclareceu o General Neves.

Rocha destacou: “Como é importante esse evento no Comando Militar da Amazônia, porque sempre menciono que as Forças Armadas brasileiras são usuárias. Temos 400 mil usuários, nenhuma indústria, nenhuma empregadora, nem a Petrobras, ninguém no Brasil tem tantos usuários de produtos que podem ser adquiridos, fornecidos por empresas brasileiras e amazonenses. Então, penso que essa é uma enorme oportunidade para a indústria e louvo a iniciativa do CMA, que realiza essa aproximação de maneira muito intensa, cordial e eficaz.”

Novidades no Mercado Aéreo

Durante o seminário, a startup Aero River apresentou o ‘Volitan’, o primeiro veículo de efeito solo do Brasil, adaptado para as condições da Amazônia. O cofundador da empresa, Túlio Condé, destacou o interesse do Exército em utilizar o Volitan como transporte de apoio logístico, transformando a logística amazônica.

“O veículo aéreo é próprio para a Amazônia. Então, como é um veículo próprio para a Amazônia, tem um interesse muito grande do Exército para utilizá-lo como transporte de apoio logístico, propiciando uma transformação na logística amazônica, porque a gente está falando de um veículo semelhante a um barco, que é mais barato do que uma lancha jato, é três vezes mais veloz do que o barco mais rápido. Neste cenário, o impacto econômico vai garantir que reduza os custos para a logística do quartel, para o transporte dos militares”, afirmou Condé.

Além da Aero River, o seminário contou com a presença de representantes da Suframa, Agência de Inovação da UEA (Universidade do Estado do Amazonas), Instituto de Computação da Ufam (Universidade Federal do Amazonas), Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), FGV (Fundação Getúlio Vargas), Sedecti (Secretaria de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) e Moto Honda.

Fonte: JCAM