27/06/2023 12:57
Uma nova pesquisa da Organização Meteorológica Mundial (OMM), da ONU (Organização das Nações Unidas), alerta que todos os habitantes do planeta sofrerão com altas temperaturas, de forma inédita, entre os anos de 2023 e 2027, e o impacto será bem mais sentido em algumas localidades do que em outras. No Brasil, por exemplo, a perspectiva é de declive no volume de chuvas, até mesmo para a Amazônia, com provável impacto na agricultura e na indústria nacional.
Tal dado chama atenção por vários motivos. O primeiro é que a força das águas corresponde a 67% da geração de energia elétrica no Brasil, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Ademais, o parque industrial brasileiro, que pertence à nona economia mundial e responde por 22,7% do PIB (Produto Interno Bruto), depende, e muito, da energia elétrica para manter suas atividades. Para se ter uma ideia, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), as fábricas brasileiras respondem por mais de 30% do consumo final de energia no país, sendo que muito desse recurso é desperdiçado.
Focado em reverter esse cenário com ações de sustentabilidade, Andrey Delabona Marques, promotor técnico comercial da Reymaster Materiais Elétricos, ressalta a importância da eficiência energética na indústria: “E neste aspecto vem ganhando força as soluções de automação industrial. As empresas estão percebendo que, ao adotá-las, não estão somente cumprindo regulamentações ambientais. Pelo contrário: elas estão fazendo um investimento estratégico nelas mesmas, o que traz benefícios a longo prazo”.
Historicamente, ele conta, que muitos estabelecimentos enxergavam a implementação de sistemas de automação como um custo adicional, pois envolvia gastos com aquisição de equipamentos, treinamento de pessoal e alterações nos processos produtivos. No entanto, esse ponto de vista está mudando à medida que se torna mais evidente que a eficiência energética é fundamental para a competitividade e a sustentabilidade dos negócios. “A automação industrial possibilita a realização de mais tarefas com menos recursos, permitindo que os processos de fabricação, engenharia, logística e geração de energia operem com maior eficiência e produtividade”.
E toda essa automação se dá através da integração de sistemas avançados de controle, monitoramento e otimização, os quais permitem, juntos, reduzir o desperdício de energia, identificar pontos de ineficiência e implementar melhorias contínuas. Um exemplo prático disso são os sistemas de controle inteligentes que ajustam automaticamente o consumo de energia com base nas demandas de produção em tempo real, como o controlador S7-1500 da Siemens que, ao agir em combinação com inversores de frequência, oferece eficiência energética de ponta e um controle preciso dos motores elétricos, evitando todo tipo de desperdício de energia.
Ademais, como os inversores ajustam dinamicamente a velocidade do motor de acordo com a demanda real, outra vantagem é que eles impedem operações fixas e inadequadas que resultam em consumo excessivo. “O controlador S7-1500 ainda pode ser expandido com o módulo Energy Meter, fornecendo informações precisas e em tempo real sobre o consumo de energia, otimizando o desempenho energético ao ajustar automaticamente a velocidade dos motores, desligando dispositivos desnecessários e identificando anomalias ou picos de consumo para tomar medidas corretivas imediatas”, salienta Andrey, enaltecendo que a integração do controlador com inversores de frequência e o módulo Energy Meter proporciona uma gestão completa da eficiência energética em toda a planta industrial. “Com base nas informações coletadas, é possível tomar decisões inteligentes para maximizar a economia de energia, reduzir custos operacionais e minimizar o impacto ambiental, garantindo o desempenho otimizado dos motores elétricos, mas também promovendo a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental na indústria”.
Outro benefício não menos importante dessa integração de sistemas, em prol da eficiência energética, é o uso de análise de dados para otimizar e fazer mais com menos. Tudo porque, com a coleta de informações em tempo real, as empresas podem identificar padrões de consumo, prever demandas futuras e tomar decisões para otimizar o uso de energia. Algoritmos avançados de inteligência artificial são capazes de identificar gargalos e pontos de ineficiência nos processos, permitindo ajustes rápidos e precisos, que evitam retrabalhos e falhas.
“Diante desse quadro, é fundamental que as empresas mudem suas perspectivas em relação à automação industrial. Em vez de enxergá-la como custo, ela dever ser percebida como investimento estratégico que proporciona vantagens competitivas ao reduzir gastos, aumentar a produtividade e fortalecer a sustentabilidade do negócio. Aqueles que adotam uma abordagem proativa para melhorar a eficiência energética estarão mais bem posicionados para enfrentar os desafios futuros e se destacar em um cenário empresarial cada vez mais consciente dos aspectos ambientais”, finaliza o promotor técnico da Reymaster.
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