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Brasil destaca-se com matriz elétrica limpa e renovável e PIM segue modelo

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31/05/2024 10:48

A matriz elétrica brasileira sobressai-se globalmente por sua predominância de fontes renováveis, consolidando sua posição como líder em energia limpa. O dado foi evidenciado na 4ª Reunião de Comissão CIEAM de Transição Energética, em 17/05/2024, coordenada pelo conselheiro Ronaldo Gerdes, que enquanto a média mundial de energia proveniente de fontes renováveis é de cerca de 20%, o Brasil apresenta uma notável matriz com aproximadamente 80% de eletricidade gerada a partir de fontes renováveis, sendo 65% provenientes de hidrelétricas. Esses dados conferem ao país uma vantagem competitiva em relação a outras nações, ainda majoritariamente dependentes de fontes fósseis como carvão e petróleo.

A matriz elétrica brasileira destaca-se mundialmente por sua alta porcentagem de fontes renováveis. Enquanto a média global de energia proveniente de fontes renováveis gira em torno de 20%, o Brasil apresenta uma matriz significativamente mais limpa. Cerca de 80% da eletricidade brasileira é gerada por fontes renováveis, com 65% oriunda de hidrelétricas. Este dado coloca o país em uma posição competitiva vantajosa em relação ao restante do mundo, que ainda depende em grande parte de fontes fósseis como carvão e petróleo.

Transição energética e os desafios do Brasil

O Brasil enfrenta o desafio de reduzir sua dependência de fontes fósseis. A matriz elétrica brasileira, predominantemente hidrelétrica, é complementada por fontes de energia renovável como solar e eólica, que vêm ganhando força significativa. No entanto, ainda há uma dependência de termelétricas, especialmente na Amazônia, onde a infraestrutura é limitada.

Fontes de geração e transmissão de energia

A geração de energia no Brasil é geograficamente dispersa, o que requer uma robusta rede de transmissão para levar energia das usinas até os centros consumidores. Exemplo disso é a energia gerada em Itaipu, que precisa ser transmitida para grandes centros consumidores como São Paulo. A Região Amazônica, por sua vez, apresenta desafios adicionais devido à dificuldade de integrar suas áreas remotas ao sistema interligado nacional.

Crescimento das energias solar e eólica

Nos últimos anos, o Brasil tem visto um crescimento exponencial na geração de energia solar e eólica. A energia eólica, que era praticamente inexistente em 2010, hoje representa 13% da matriz energética. A energia solar também se destaca, passando de uma participação nula para 8% em poucos anos. Essa expansão reflete a abundância de recursos naturais do país e seu potencial para liderar em energias renováveis.

Papel das baterias e da digitalização

Com a crescente participação de fontes intermitentes como solar e eólica, o armazenamento de energia se torna crucial. As baterias, especialmente as de lítio, estão ganhando destaque por sua capacidade de armazenar e liberar energia conforme necessário, garantindo a estabilidade da rede. A digitalização e a utilização de tecnologias inteligentes também são essenciais para a gestão eficiente do sistema elétrico nacional.

O futuro da energia no Brasil

A tendência é que a geração descentralizada, com consumidores produzindo sua própria energia, continue a crescer. Esse movimento, aliado ao desenvolvimento de novas tecnologias de armazenamento, como hidrogênio verde, promete transformar o cenário energético brasileiro. A matriz energética do Brasil, tradicionalmente baseada em grandes hidrelétricas, está se diversificando e adaptando-se às novas demandas por sustentabilidade e eficiência.

Exemplo da comunidade de Santa Helena, no rio Negro

A comunidade de Santa Helena, situada no rio Negro, tem se destacado pela implementação de um projeto de energia renovável que substitui o uso do diesel por fontes fotovoltaicas. Este esforço faz parte de uma iniciativa maior para promover a transição energética no Brasil, especialmente em áreas remotas.

Santa Helena, que antes dependia exclusivamente de geradores a diesel, agora utiliza quatro contêineres de energia solar com baterias, mantendo o diesel apenas como backup. Esta mudança não só reduziu os custos com combustível, mas também melhorou a disponibilidade de energia para os moradores, permitindo um desenvolvimento mais sustentável da região.

Projetos semelhantes têm sido implementados em outras áreas remotas, como no Estado de Roraima e na região de Carauari, no Amazonas, onde a produção de óleo de andiroba por uma empresa de cosméticos é feita com 100% de energia renovável. A adoção de energia solar e baterias tem sido crucial para garantir uma fonte de energia confiável e limpa, mesmo em locais onde a infraestrutura é limitada.

A transição energética no Brasil é complexa, mas essencial para o desenvolvimento econômico sustentável. O país possui uma matriz energética predominantemente renovável, graças às hidrelétricas e ao aumento significativo da energia eólica e solar nos últimos anos. No entanto, há desafios logísticos na Amazônia, onde a energia solar tem um potencial superior ao de países como a Alemanha.

A UCB tem desempenhado um papel fundamental nessa transformação, liderando esforços para integrar soluções de armazenamento de energia no sistema elétrico nacional. A UCB e outras empresas do setor têm trabalhado para convencer o governo da importância de incluir baterias nos leilões de capacidade de reserva, um passo crucial para assegurar a estabilidade do fornecimento de energia durante picos de demanda.

Nesta apresentação, Marcelo Rodrigues, vice-presidente de Novos Negócios & Soluções da UCB, destacou a importância de transformar o modelo econômico para um de baixo carbono, onde a energia renovável é uma ferramenta vital. Ele enfatizou que a energia limpa pode ser um diferencial competitivo para atrair indústrias para o Brasil, aproveitando a matriz energética sustentável do país.

“A diferença de você vender um produto, um algodão, produzido com diesel ou com energia solar e bateria, vai fazer diferença no mercado. Um produto chinês, ele deveria custar quatro vezes mais se ele reproduzir com carvão, a Zona Franca de Manaus tem que querer energia limpa e vender isso como diferencial competitivo”, disse Marcelo sobre o diferencial no uso de energia limpa.

O sucesso desses projetos na Amazônia e em outras regiões remotas reforça a viabilidade e a importância de investir em energias renováveis e soluções de armazenamento. Este caminho não só atende às necessidades locais de energia, mas também contribui para um futuro mais sustentável e resiliente.

O uso de baterias para garantir a continuidade energética em momentos críticos também foi mencionado como uma alternativa viável, especialmente para indústrias que não podem sofrer interrupções. A necessidade de investimentos em infraestrutura energética foi reforçada, com a sugestão de um esforço conjunto entre a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e outras entidades.

A gravação completa da reunião está disponível na área restrita do associado. Acesse com login e senha. Caso ainda não tenha se cadastrado, clique aqui e entre em contato com o Suporte (informacoes@cieam.org.br).

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