25/07/2018
Notícia publicada pelo portal D24AM
A produção industrial voltou a crescer em junho e o setor
reverteu boa parte das perdas registradas em maio em decorrência da
paralisação dos caminhoneiros. As informações são da Sondagem
Industrial de junho, divulgada, nesta terça-feira (24), pela Confederação
Nacional da Indústria (CNI).
De acordo com o estudo, o índice de evolução da produção chegou a 50,8
pontos em junho, superior aos 41,6 pontos registrados em maio e pouco
acima da linha divisória dos 50 pontos do estudo que separa a queda do
aumento da atividade.
A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) também subiu em junho e ficou
em 66%, três pontos porcentuais acima do dado de maio, voltando ao nível
de abril, antes da paralisação.
Outro dado positivo destacado no levantamento é o índice de estoques
efetivos em relação ao planejado, que caiu de 53,3 pontos em maio para
50,4 pontos em junho, um indicativo de que a indústria conseguiu ajustar
os estoques que se acumularam com a greve dos caminhoneiros.
Mesmo com a recuperação pós-paralisação, o índice de evolução do
número de empregados se mantém em baixa, cando
em 48,1 pontos em
junho, ainda menor que o de maio, de 48,3 pontos. Os indicadores da
pesquisa variam de zero a cem pontos e, quando estão abaixo de 50
pontos, mostram queda na produção e no emprego.
A Sondagem Industrial de junho mostra uma melhora no otimismo do
empresário. “As expectativas também melhoraram. Há mais otimismo com
relação à demanda futura, compras de matérias-primas e exportações e o
empresário não espera queda do emprego industrial nos próximos
meses”, cita o estudo. Mesmo assim, “a intenção de investir continuou em
queda” e “as condições financeiras
também pioraram, com aumento da
insatisfação com a lucratividade”, acrescenta.
O índice de intenção de investimento na indústria caiu para 49,4 pontos. É
a quinta queda consecutiva do indicador, que está 4,2 pontos abaixo do
registrado em fevereiro. “A baixa disposição para investir reflete
a queda
da confiança
dos empresários no desempenho futuro da economia. Há
muitas incertezas sobre as eleições e, principalmente, sobre os impactos
da tabela do frete e do subsídio ao diesel nos custos da empresa e nas
contas do governo”, avalia o gerente executivo de Política Econômica da
CNI, Flávio Castelo Branco.
Entre os principais problemas enfrentados do setor, segundo a Sondagem,
estão a elevada carga tributária, em primeiro lugar, e a falta de demanda
interna, em segundo