10/07/2018
Notícia publicada pelo jornal Acrítica
As projeções para a inflação neste ano continuaram em trajetória de alta, com novas reduções nas contas para a atividade, mostrou a pesquisa Focus do Banco Central divulgada ontem.
Ao mesmo tempo, o grupo dos economistas que mais acertam as previsões, o chamado Top-5, reduziu novamente o cálculo para a taxa básica de juros no final de 2019, passando a vêla em 7,75%, sobre 7,88% na leitura anterior, no cálculo de médio prazo.
Para 2018, a expectativa do Top-5 segue sendo de uma taxa a 6,50% no fim do ano. A mediana geral para a Selic, contudo, seguiu sem alterações. A visão dos economistas é de que a taxa básica terminará este ano a 6,5% e 2019 a 8%.
POLÍTICA MONETÁRIA
Diante das incertezas que rondam a economia brasileira, o BC decidiu não se comprometer com sinalizações sobre seus próximos passos na política monetária, mas reafirmou que ela tem foco exclusivo na inflação, seus balanços de risco e atividade econômica, segundo a ata de seu último encontro. Ainda segundo o Focus, estimativa geral de alta do IPCA chegou agora a 4,17% em 2018, sobre 4,03% na semana anterior, com a conta para 2019 permanecendo em 4,10%.
CENÁRIO
Sobre a atividade econômica, o
cenário ficou mais pessimista
uma vez que a projeção para a
expansão do Produto Interno
Bruto (PIB) em 2018 foi reduzida
a 1,53%, ante 1,55% antes. Para
o ano que vem, a expectativa
continua sendo de um avanço
de 2,50%.
Os economistas pioraram
sua visão para o crescimento industrial
em 2018 a 2,65%, contra
3,17% antes. Para o próximo
ano, o ajuste também foi para
baixo, mas em menor intensidade:
3,05%, ante 3,10% no levantamento
anterior.
Para o dólar, os especialistas
consultados no levantamento
semanal veem a moeda encerrando
este ano a R$ 3,70 reais,
patamar que ficou inalterado em
relação à semana anterior. Para
o ano que vem, a estimativa também
permaneceu em R$ 3,60.
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Alcance da metade de inflação
Para as instituições financeiras, o IPCA em 2019 será 4,10% (mesma estimativa há 3 semanas) e 4% em 2020 e em 2021. Essas estimativas estão abaixo da meta que deve ser perseguida pelo BC. Neste ano, o centro da meta é 4,5%, com limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a previsão é 4,25%, com intervalo entre 2,75% e 5,75%.