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Liminar suspende greve

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30/05/2018

Notícia publicada pelo jornal Acrítica

A ministra Maria de Assis Calsing, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), decidiu há pouco impedir o início da greve dos petroleiros que trabalham em refinarias da Petrobras, prevista para começar hoje.

No Amazonas, o movimento grevista vai afetar a produção na Refinaria Isaac Sabbá (Reman), responsável pelo abastecimento de combustível em Manaus.

A liminar foi concedida a pedido de Advocacia-Geral da União (AGU). Para a advocacia, a greve dos trabalhadores, em meio ao quadro de desabastecimento provocado pela paralisação de caminhoneiros, trará prejuízos gravíssimos à sociedade, tendo em vista o potencial para prejudicar

o abastecimento do mercado interno de gás natural, petróleo e seus derivados.

Em nota, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) informou que a paralisação dos petroleiros pretende pressionar o governo federal a reduzir os preços do gás de cozinha e dos combustíveis, também é uma manifestação contra a eventual proposta de privatização da Petrobras e a gestão do presidente da empresa, Pedro Parente.

"A greve de advertência é mais uma etapa das mobilizações que os petroleiros vêm fazendo na construção de uma greve por tempo indeterminado, que foi aprovada nacionalmente pela categoria",

Movimento Os petroleiros realizaram, no domingo, atrasos e cortes de rendição nas quatro refinarias e fábricas de fertilizantes: Rlam (BA), Abreu e Lima (PE), Repar (PR), Refap (RS), Araucária Nitrogenados (PR) e Fafen Bahia. diz o comunicado da FUP.

O movimento recebeu, ontem, apoio de seis entidades sindicais: Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central e Central dos Sindicatos do Brasil (CSB) .

Com críticas ao governo federal e apoio à paralisação dos caminhoneiros, encerrada após acordo no último domingo (27), os líderes das centrais sindicais reiteram a relevância da Petrobras na economia nacional e seu papel estratégico. Em nota, as entidades destacam a importância da estatal.

"A Petrobras é uma das mais importantes empresas dos brasileiros com um incomensurável papel na economia do país, considerando-se tanto na área de investimentos como no processo de valor dos combustíveis. É importante proteger e desenvolver o papel estratégico das empresas públicas - Petrobras, sistema Eletrobras e bancos públicos, entre outros - para a promoção dos desenvolvimentos econômico e social.

"No comunicado, as entidades sindicais anunciam que no próximo dia 6, às 10h, no Sindicato dos Químicos, em São Paulo, haverá um encontro de lideranças para debater uma agenda da classe trabalhadora com propostas para discussão durante a campanha eleitoral.

"A história tem revelado a importância de entidades sindicais fortes e representativas como fator de equilíbrio e bom senso nas negociações em todas as partes do mundo", diz o comunicado.

O texto acrescenta ainda: "As centrais sindicais, legítimas representantes dos trabalhadores, têm propostas que visam um país com crescimento da economia, dos empregos e de renda para todos, além do fortalecimento das entidades sindicais visando negociações equilibradas, o fortalecimento e a ampliação de políticas sociais, em prol da eliminação da

desigualdade social e da renda".

O documento é assinado pelos presidentes Vagner Freitas (CUT), Paulo Pereira da Silva, Paulinho da Força (Presidente da Força Sindical), Ricardo Patah (UGT),Adilson Araújo(CTB),José Calixto Ramos (Nova Central) e Antonio Neto (CSB).

`Movimento político e oportunista'

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, classificou como "política"a paralisação de 72 horas dos petroleiros, anunciada para hoje.

Parente disse que o movimento não apresentou uma pauta reivindicatória e que houve um acordo, no ano passado, com vigência de 24 meses, incluindo reajuste salarial.

"Houve uma convocação de greve por parte de alguns sindicatos para três dias a partir de amanhã.

Não existe pauta reivindicatória porque a pauta reivindicatória é muito mais de natureza política do que propriamente uma pauta de caráter de vantagens incluindo remuneração", afirmou Parente, ao participar de uma teleconferência com investidores e analistas de bancos.

Parente disse que foi encaminhada ontem (28) uma carta aos funcionários da Petrobras, alertando sobre os riscos de uma paralisação para o país e a sociedade. "Fizemos uma carta de toda a diretoria a toda a nossa força de trabalho, que é uma força de trabalho, que tem operado nessa situação de crise com extrema dedicação engajamento e visão da relevância de preservarmos e minimizarmos os riscos para a operação da empresa", disse.

Paralelamente, Parente afirmou que a Petrobras intensificou a comunicação com os empregados para evitar eventuais prejuízos, se a paralisação for deflagrada.

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