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Mais ciência para salvar a Amazônia

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11/05/2018

Notícia publicada pelo jornal Acritica

O seminário, realizado na Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fiam), pela Associação Pan Amazônia em parceria com a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) e o Instituto de Pesquisas em Relações Internacionais (IPRI) do Ministério das Relações Exteriores (MRE), encerra hoje.

39,6% Foi o corte no orçamento do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa)­ um dos mais importantes da região amazônica­ este ano, comparado ao ano anterior.
Os cortes orçamentários na área de ciência, tecnologia, inovação e desenvolvimento no Brasil ameaçam o futuro das pesquisas.

O tratado Ricupero não pôde comparecer pessoalmente ao seminário,mas gravou mensagem ma coisa para a Amazônia, de acordo com Ricupero.

“É claro que a Amazônia faz parte também desse estudo do IPCC, mas parte incompleta porque é apenas a Amazônia e só o aspecto climático, não se olha a biodiversidade, o problema dos rios, e outros aspectos. Nós termos que ter um mecanismo espontâneo, da sociedade civil para reunir, fomentar, promover e desenvolver o conhecimento da Amazônia”, declarou. Presidente da Pan Amazônia ressaltou a importância da região como moderadora do clima no mundo Jair Araújo.

ÓRGÃO INTERNACIONAL

O embaixador defendeu ainda a criação de um mecanismo para a Amazônia comparado ao Painel Intergovernamental sobre Mudanças do Clima (IPCC), principal organismo de avaliação das mudanças climáticas em âmbito global. Conforme ele, embora tenha certo grau de ligação com os governos, que nomeiam os cientistas e pesquisas, o IPCC é, sobretudo, conduzido pelos homens do conhecimento, que reúnem todas as pesquisas que se fazem sobre as mudanças climáticas e periodicamente produzem um relatório que é o estado da arte nesse campo.

“Ar condicionado do planeta’

A presidente da Associação Pan Amazônia, Rosalía Arteaga, disse durante o seminário que o pacto amazônico foi pioneiro na questão de reconhecer a importância que o tem a ambiental tem no mundo. Conforme ela, quando o TCA foi assinado se falava muito sobre a Amazônia como pulmão da humanidade, depois as pesquisas falaram que as florestas maduras con somem quase a mesma
quantidade de oxigênio, então não é mais o pulmão do planeta, mas sim o ar condicionado do planeta.

“Se nós não tivermos a Amazônia com todas as florestas, boa parte dos Estados Unidos será um deserto. Se nós não tivermos o grande moderador do clima no mundo o que aconteceria nos polos, na Europa, na Ásia, na África? Então, a Amazônia é importante para o planeta inteiro como esse grande moderador do clima”, disse.

Ela falou ainda da importância de considerar a Amazônia não como território isolado, que surge por geração espontânea. O relacionamento com o andino amazônico é importantíssimo. “Se nós não considerarmos o andino amazônico a Amazônia não existe porque boa parte da água que temos na Amazônia vem dos Andes. Boa parte da biodiversidade que é arrastada pelas correntes dos rios vem dos países andinos. Se fecha as torneiras lá, os problemas surgem aqui, nas cidades amazônicas", ressaltou.

Para ela, o futuro da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) tem que ser "olhar para os Andes". "O que está acontecendo ali, quais são os problemas que nos Andes emergem e quais são as soluções que devem se dá lá para não termos problemas nas cidades amazônicas", apontou.

A preocupação pelo TCA que está vigente através da OTCA, de acordo com a presidente da Associação PanAmazônia, tem que ser o fortalecimento da personalidade e da identidade da panamazônica. "Temos que fortalecer as organizações que fazem parte da panamazônia, as parcerias com as instituições acadêmicas, os parlamentares. Agir juntos tem uma força muito importante".

Dando voz aos povos amazônidas

Rubens Ricupero, que é membro da Associação Pan Amazônia e ex-secretário-geral da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), explicou que quando o Tratado de Cooperação Amazônica (TCA) foi negociado nos anos 1970, o objetivo era aproximar as populações amazônicas dos diversos países que fazem parte dessa região.

Na época, conforme ele, o que os impulsionou acima de tudo foi a ideia de que a sociedade civil, as mulheres e os homens que vivem na Amazônia é que deveriam ser os
atores do seu próprio destino, não os Estados, os governos que são distantes, não conhecem a realidade dessas populações.

“E para nossa alegria hoje, 40 anos depois, o que nós vemos na Pan Amazônia é justamente esse fruto, o desejo da sociedade civil de reunir brasileiros, bolivianos, peruanos, equatorianos, colombianos, venezuelanos, habitantes do Suriname, das Guianas, todos irmanados por essa mesma preocupação de desenvolver uma política adequada para a região amazônica”, disse o ex-ministro.

O Tratado de Cooperação Amazônica (TCA) foi assinado em 1978 pelos países amazônicos. É um instrumento de orientação para que a cooperação regional promova ações voltadas para o desenvolvimento da Região Amazônica. acontecendo ali, quais são os problemas que nos Andes emergem e quais são as soluções que devem se dá lá para não termos problemas nascida nas cidades amazônicas”, apontou.

A preocupação pelo TCA que está vigente através da OTCA, de acordo com a presidente da Associação Pan Amazônia, tem que ser com o fortalecimento da personalidade e da identidade da pan amazônica. “Temos que fortalecer as organizações que fazem parte da pan amazônia, as parcerias com as instituições acadêmicas, os parlamentares. Agir juntos tem uma força muito importante”.

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