30/04/2018
Matéria publicada pelo Jornal Acritica
O Brasil encerrou o primeiro trimestre de 2018 com taxa de desemprego de 13,1 por cento, a mais alta desde maio do ano passado, em meio ao aumento da dispensa de trabalhadores diante de uma economia que vem mostrando menos força do que o esperado.
O número de trabalhadores formais também recuou e foi ao menor nível em seis anos, ao mesmo tempo em que a renda também perdeu força.
A taxa de desemprego na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua havia ficado em 11,8 por cento no quarto trimestre de 2017 e 12,6 por cento nos três meses até
fevereiro, mostrou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.
Com isso, o desemprego do primeiro trimestre é o mais elevado desde o período encerrado em maio passado, de 13,3 por cento, e ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de 12,9 por cento
Agora.
"O Brasil continua em crise econômica, com crise política e novidades a cada dia.
Essa configuração gera instabilidade no mercado de trabalho, que não está tendo força suficiente para efetivar no primeiro trimestre a entrada desses temporários (de final de ano)", explicou o
coordenador do IBGE, Cimar Azeredo.
No primeiro trimestre, o país tinha 13,689 milhões de desempregados, ante 13,121 milhões nos três meses até fevereiro e 12,311 milhões no quarto trimestre de 2017, alta 11,2 por cento.
Já o contingente de pessoas ocupadas no período era de 90,581 milhões, de 91,091 mi.
Destaque
O rendimento médio do trabalhador foi de R$ 2.169 nos três meses até março, sobre R$ 2.173 no quarto trimestre. A dificuldade da economia de engatar movimento sustentado de alta vem levando economistas a reduzirem suas projeções de crescimento do PIB este ano a 2,75%.