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Guerra comercial entre EUA e China abre mais espaço para a soja brasileira

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05/04/2018

Notícia publicada pelo jornal O Estado de São Paulo

A guerra comercial entre China e EUA ganhou mais um capítulo, ontem, com o governo chinês impondo novas tarifas contra produtos americanos. Em resposta ao protecionismo de Donald Trump, a China elevou as tarifas sobre a soja produzida nos EUA, abrindo mais espaço para outros países produtores, principalmente o Brasil.

A China é o maior importador mundial de soja. No ano passado, comprou 95,5 milhões de toneladas – aproximadamente US$ 40 bilhões. Cerca de 30% da soja cultivada nos EUA é exportada para a China, onde o grão é transformado em óleo e a sobra de farelo de soja é usada como ração para suínos, frangos, gado e peixes.

Com a nova tarifa de 25%, a previsão do Ministério do Comércio da China é de que esse mercado seja ainda mais ocupado pelo produto brasileiro – que já tem uma participação relevante no país asiático. Em 2012, o País superou os americanos e passou a ser o maior exportador do produto para o mercado chinês. Em 2017, as vendas brasileiras atingiram um recorde para a China, com o embarque de 53,7 milhões de toneladas. Isso representou quase 55% das importações de Pequim. Os americanos exportaram 33 milhões de toneladas, 34% do mercado chinês e o menor volume desde 2006.

A decisão da China coincide com o momento em que o Brasil está em plena colheita de uma safra recorde, diz o analista Aedson Pereira, da consultoria IEG FNP. “Já se acreditava que a exportação do Brasil seria recorde, porque a produção foi muito boa, mas a China vai potencializar isso.” Ele pondera, no entanto, que o País não tem como substituir as cerca de 30 milhões de toneladas que seriam adquiridas dos EUA. O Brasil não tem esse volume adicional e a Argentina tem problemas com sua safra neste ano. “A China não tem a quem recorrer. Pode ser um tiro no pé.”

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