04/04/2018
Notícia publicada pelo site D24AM
O aumento de 41,1% na produção de televisores do Polo Industrial de Manaus (PIM) em ano de Copa do Mundo ajudou fortemente no crescimento da atividade industrial do País, em fevereiro, em comparação a igual mês do ano passado. De acordo com os dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no primeiro bimestre, a produção brasileira cresceu 4,3%, a maior alta no período desde 2011.
O estudo indicou que, entre os Bens de Consumo Duráveis, categoria que
abrange o segmento de eletroeletrônicos e o setor automobilístico, um dos
destaques foi o aumento da produção de televisores.
De acordo com o gerente da pesquisa, André Macedo, “esse crescimento já era esperado, porque, tradicionalmente, há uma produção expressiva de TVs nos três meses antes da Copa do Mundo”, que começa em junho, na Rússia, para terminar em julho.
Para o Macedo, de modo geral, “o aumento na massa salarial, a melhora gradual nos índices de ocupação e a redução das taxas de juros do comércio são fatores que ajudaram na melhora da indústria nesses últimos meses”.
De acordo com o IBGE, o crescimento de 2,8% na comparação fevereiro 2018 sobre igual mês do ano passado representou a décima taxa positiva consecutiva, impulsionada pela alta de 15,6% na produção de Bens de Consumo Duráveis. Já o acumulado nos últimos 12 meses avançou 3%, também o melhor resultado desde os 3,6% de junho de 2011.
Os dados indicam que o crescimento de fevereiro ocorre depois de uma queda de 2,2% em janeiro, comparativamente a dezembro do ano passado, interrompendo uma série de quatro resultados positivos consecutivos.
O crescimento de 4,3% no índice acumulado da indústria nos dois primeiros meses deste ano, diante de igual período de 2017, reflete resultados positivos nas quatro grandes categorias econômicas, 21 dos 26 ramos, 57 dos 79 grupos e 57,4% dos 805 produtos pesquisados pelo IBGE.
Entre as grandes categorias econômicas, o perfill dos resultados para o primeiro bimestre do ano mostrou maior dinamismo para Bens de Consumo Duráveis, com expansão de 17,9%, e Bens de Capital: 12,6%.
No caso de Bens de Capital, a influência ficou
por conta de equipamentos
de transporte, com expansão de 22,7%, para construção (65,7%) e de uso
misto (24,7%). Os setores de Bens Intermediários (2,9%) e de Bens de
Consumo Semi e Não Duráveis (2,2%) também acumularam taxas positivas
no ano, embora abaixo da média nacional de 4,3