02/04/2018
Notícia publicada pelo site JC Online
Os robôs que empilham vidro na Vivix, em Goiana, na Zona da Mata do Estado, trabalham 24 horas, sete dias por semana e não vão parar até atingir a vida útil prevista de quinze anos. Semelhantes a braços gigantes com capacidade de levantar até 450 quilos, trazem mais eficiência. “Os robôs têm seis articulações com movimentos simultâneos. A estimativa é que empilhamos 10 mil chapas de vidro por dia”, explica o gerente industrial, Sérgio Lemos.
Os robôs são apenas uma parte da fábrica construída sobre o
conceito da indústria 4.0, que digitaliza o processo produtivo.
Mas certamente é uma das mais interessantes para os leigos
que vêem as máquinas ultrapassarem a capacidade humana.
Hoje, a robotização está mais presente no setor industrial, que
instala 1,5 mil robôs por ano. Em Pernambuco, a Vivix é apenas
um exemplo de empresa que persegue a nova revolução
industrial.
No País, cerca de 60% dos robôs estão na indústria automotiva.
A fábrica mais moderna da FCA no mundo, em Goiana, garantiu
ao Estado o status de marco da indústria 4.0 no Brasil. O Polo
Automotivo Jeep já nasceu dentro do conceito. Só na parte de
funilaria existem mais de 600 robôs.
“A principal característica da indústria 4.0 é a integração. O
pedido do cliente é enviado para a funilaria de forma com que
os robôs produzam as peças do veículo, depois a carroceria vai
para pintura, em que é imputada ao robô a cor escolhida pelo
cliente, e segue para a montagem, onde temos mais trabalhos
manuais. Cada carro nasce para um cliente. Por trás, tem um
sistema que conduz tudo. Os robôs vieram para somar forças
com os humanos”, explica o gestor de ICT, Thiego Oliveira.
Para o consultor de automação industrial da gerência de
Inovação e Tecnologia do Senai Pernambuco, Oziel Alves, a
quarta revolução industrial é uma forma de acirrar a
concorrência. “A competitividade aumentou bastante, é preciso
atender às normas e exigências do consumidor. Por isso, as
empresas são forçadas a implantar tecnologia, como a robótica,
para atender à demanda em grande escala”, explica. Quem não
se atualizou fechou as portas.