05/02/2018
Notícia publicada pelo portal D24AM
O prazo dado pelo Ministério Público Estadual (MPE) para que a
Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Fucapi)
apresente um novo investidor, a m
de evitar o pedido de falência da
instituição, foi prorrogado até o nal
de fevereiro deste ano. A informação foi
conrmada
pelo Conselho Diretor da Fucapi, por meio de assessoria de
imprensa, nesta quinta-feira (1º).
Segundo a Fucapi, em reunião realizada nesta quinta-feira, no MPE, cou
acertado um prazo até o nal
de fevereiro para que a instituição conclua a
negociação em andamento junto a um grupo de investidores. “Salientamos
que as negociações estão em fase avançada, restando, trâmites burocráticos a
serem vencidos”, informou.
A Fundação já acumula uma dívida de aproximadamente R$ 100 milhões,
segundo relatório apresentado, no último dia 12, pelo órgão ministerial. O MP
estuda pedir a falência ou extinção da Fucapi em uma ação civil pública
Segundo a promotora de Justiça e titular da 47ª Promotoria de Justiça
Especializada em Fundações e Massas Falidas, Kátia Maria Araújo, responsável
pela ação, a Fucapi não havia apresentado nenhum novo mantenedor até a
última quarta-feira, prazo dado por ela informalmente à fundação.
A Fucapi informou também, ao Portal D24AM, que está certa do
prosseguimento dos serviços e que haverá continuidade da instituição.
Para a promotora de Justiça e titular da 47ª Promotoria de Justiça Especializada
em Fundações e Massas Falidas, Kátia Maria Araújo, o levantamento realizado
pelo MP não deixa dúvidas de que a instituição não tem condições de
continuar as atividades. Dos mais de R$ 100 milhões em dívidas, metade do
valor corresponde a débitos trabalhistas e de fornecedores, conforme apontou
o relatório apresentado no dia 12 de janeiro.
“Aquele resumo que apresentei do relatório do setor de contabilidade a
Fucapi, mostra que a instituição está sem uxo
de caixa e não tem como pagar
salários e fornecedores que estão atrasados. Li aqui que chega perto dos R$ 50
milhões – fornecedor e servidores – e somado as dívidas trabalhistas de ações
da Justiça, ações do Ministério Público Federal e sco
municipal já ultrapassa
os R$ 100 milhões”, disse.
A promotora estuda pedir o bloqueio dos bens pessoais da diretoria executiva
e do um conselho de administração. “O MP está analisando esse ponto com
zelo para fundamentar bem o pedido, sendo possível até o bloqueio dos bens
pessoais de diretores e conselheiros administrativos, o que deve sair em
breve”, garantiu Araújo.
A fundação já divulgou o início do ano letivo para o próximo dia 19 de
fevereiro, segundo consta no site da instituição, mesmo depois da divulgação
do relatório sobre as dívidas da Fucapi. De acordo com a promotora, o MP já
emitiu alerta e comunicou em todas as mídias o risco em se fazer novas
matrículas na instituição, por causa da situação nanceira
da entidade.
“Diante da atual situação de risco à continuidade da prestação de serviços pela
Fucapi. Um dos pontos analisados pelo MP-AM é garantir que o estudante que
já estava na Fundação conclua o seu curso já em andamento”, disse.
A promotora informou ainda que tem recebido reclamações de funcionários que ainda não receberam salários referentes a novembro e dezembro de 2017, e janeiro de 2018. De acordo com o órgão, os casos foram encaminhados para o Ministério Público do Trabalho, que é a instituição competente para esse tipo de demanda.