03/01/2018
Notícia publicada pelo Jornal do Commercio
Com a melhora dos indicadores da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) no fim de outubro, a expectativa é de que as indústrias do PIM (Polo Industrial de Manaus), retomem sua produção em janeiro de forma gradativa mantendo ou elevando os patamares registrados, metas que já podem começar a ser percorridas com o fim do período de férias.
Segundo os indicadores, o setor industrial obteve um aumento de 9,01% do seu faturamento em relação a 2016. Para o vice-presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), Nelson Azevedo, há uma grande perspectiva de produção para o resto do ano, principalmente nos setores de eletnxletninico, telefonia celular e duas rodas.
"Muitas empresas só retomam suas atividades a partir do dia 8. Estamos com uma grande capacidade de produzir, mas que se encontra ociosa. As férias foram a estratégia usada para mantermos os trabalhadores em seu postos", disse. Mesmo com o nível estável de ociosidade, de acordo com registros do ICI (Índice de Confiança da Indústria) computados em dezembro do ano passado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), o otimismo em relação à recuperação da indústria progrediu 1,3 pontos, a maior escala desde janeiro de 2014 quando teve um registro de 100,1 pontos.
Esses indicadores representam um otimismo para mais investidores e refletem também no setor de duas rodas, que segundo registros da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), projetou um crescimento de 5% na produção em 2018.
"Esses números nos levam a crer que o setor de duas rodas contribuirá muito para alavancar a produção no início do ano. Além disso esperamos que, com a votação para aprovar a reforma da previdência em fevereiro, os empresários voltem a investir cada vez mais no PIM, porque crescimento só acontece com investimento", disse Azevedo. Já o Nuci (Nível de Utilização da Capacidade Instalada) registrou um aumento de 0,3% de novembro a dezembro, encenando 2017 com média de 74,4%, número muito abaixo em relação a média histórica de 80%, porém com um ligeiro crescimento em relação a 2016 que registrou 73,9%.