10/12/2017
Notícia publicada pelo portal Engeplus
Veículos elétricos e híbridos, revolução digital, conectividade, indústria 4.0 (robotização, internet das coisas, inteligência artificial, impressora 3D) e o aumento das barreiras ao comércio são algumas das tendências globais do setor automotivo que desafiam a indústria do futuro. Os apontamentos estão em estudo que está sendo elaborado pela Apex-Brasil em parceria com o Sindipeças. Os dados foram apresentados a indústrias do segmento, na última sexta-feira, dia 8, na reunião da Câmara de Desenvolvimento da Indústria Automotiva, da FIESC, realizada em Florianópolis.
De acordo com um dos autores do estudo, Aloísio Buoro, o trabalho mostra uma análise do
mercado externo especialmente para compreender as necessidades de exportação e de que
forma isso vai afetar a indústria automotiva daqui para frente. “A Ásia-Pacífico (China) se
consolida como novo polo dinâmico da economia global. Estados Unidos e Europa perdem
importância em relação aos demais mercados. E qual é o nosso olhar para estes outros
mercados? Ainda temos um olhar estereotipado para estes mercados, muito superficial, sobre
estas realidades”, alertou Buoro. “Isso impede a gente de entender estes mercados como
oportunos e acredito que a indústria automobilística é a mais global”, acrescentou. Buoro
apresentou ainda números relacionados à exportação de veículos, incluindo volume e principais
destinos.
O presidente da FIESC, Glauco José Côrte, lembrou a diversidade da indústria catarinense, o
que favorece atender as demandas do setor. Ele citou ainda o esforço do segmento para
enfrentar o cenário econômico difícil que o Brasil atravessa nos últimos anos. “O setor também
sentiu os efeitos dessa retração, mas houve grande esforço no sentido de evitar desligamento
de trabalhadores e fechamento de unidades”, afirmou, lembrando que a FIESC realizou em
2017 encontros em todas as regiões do Estado para disseminar os conceitos da indústria 4.0,
com a participação de aproximadamente 4 mil pessoas. “Também temos qualificado os nossos
trabalhadores para se ajustar a esse novo mundo do trabalho em que a tecnologia provoca uma
transformação muito rápida e profunda. Queremos estar alinhados com as necessidades do
setor e caminhar juntos”, salientou.